Fanfic: Aulas Calientes - AyA Ponny

- Certo, certo, compreendo. Não há com o que se preocupar senhor Alfonso, sexo é natural e saudável. Eu sei que as maioria dos pais de primeira viagem ficam assim, paranóicos com o fato de acharem que a criança sente algo durante o ato sexual, mas isso é mito, então não se preocupe. O sangramento é devido a menstruação dela, nenhuma… brincadeira mais empolgada faria aquilo. Sua mulher e seu filho estão ótimos.

Foi um choque.

Uma descarga de mil volts que o deixou pálido, paralisado, sem respiração.

- C-Como é?

Foi tudo o que ele conseguiu balbuciar, a voz era quase uma respiração. O coração dele bata tão forte, tão forte que ele achava que iria sair.

- F-Filho?

- Você não sabia?

A mulher perguntou surpresa e preocupada com a palidez de Alfonso.

Mas ele ainda estava digerindo as primeiras informações.

- F-filho? Você disse filho? Anahi… e eu… um.. um filho?

Ele encarava a mulher como se visse um et.

- Ah! Sim, compreendo. Você não sabia. Então sua namorada também não deve saber. - ela falou como se falasse consigo própria. - Ela ainda está dormindo.

Alfonso parecia fora de órbita. Anahi esperava um filho. E claro que era dele, obvio que era não havia qualquer duvida sobre isso. Ela esperava um filho dele.

- Ela esta mesmo esperando um filho?

Márcia rolou os olhos.

- Sim, ela está grávida de seis semanas.

Um filho. Um filho para coroar todo aquele sentimento lindo que descobrira ter por ela.

- Mas…ela…o sangramento…

- Sim, sim. Algumas mulheres menstruam normalmente nos primeiros meses de gravidez e por isso, muitas vezes demoram a descobrir a condição de gestantes. Isto deve ter ocorrido com vocês.

Alfonso ainda estava paralisado. Emocionado e horrorizado.

Anahi estava grávida e horas antes ele havia feito amor com ela com uma brutalidade sem tamanho. E se tivesse feito mal ao seu filho? A constatação caiu como uma pedra em seu estômago.

- Tem certeza que eles estão bem? Certeza absoluta? Os dois.

A mulher rolou os olhos mais uma vez.

- Sim, estão perfeitos. Precisam apenas de paz e tranquilidade.

- Certo. - ele disse ainda aéreo.

- Quer dar a noticia a ela? - perguntou a mulher.

- Quem? eu?

Márcia bufou. Anos de universidade para chegar ali e agora ela era obrigada a alfabetizar um pai de primeira viagem.

- Não senhor, o coelhinho da páscoa. Colabore, Senhor Alfonso, eu sei que deve ter sido um choque, mais eu tenho mais 6 pais histéricos para atender hoje.

- Mas o que eu digo pra ela?

A mulher irritou-se.

- Que tal algo como.. "Oi amor, você está grávida"?

Ela disse sarcástica.

- Pense em algo, ou se preferir eu mesma digo.

Só de imaginar aquela mulher sisuda entrando no quarto e dizendo “Oi, você está grávida, tchau" … Não, não era assim que ela merecia saber.

- Eu conto…eu conto… - ele disse nervoso.

- Ótimo. Passe bem, Senhor Alfonso.

E sem lhe dar chance de perguntar mais nada, ela saiu.

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Ela o encarou… Era como se as palavras tivessem sumido no ar. Os olhos diziam tudo… As lágrimas que brotaram nos olhos dela sem cair, diziam o quanto ela precisava dele naquele momento.