Fanfic: Eu não sou um monstro Part. 1 | Tema: Policial/Psicopata

Mike, Caio, Gabriel, chame-o como quiser, mas de todos os seus nomes falsos, eu particularmente prefiro os que começam com a letra T. Carinhosamente o apelidei de Horror, mas você pode chama-lo de metáfora, ou Iam, eu sei que é meio confuso, mas você irá entender... ou não.

Olhando em seus olhos castanhos claros, pode-se até pensar que ele é mais um executivo comum, que acorda todos os dias de manhã, veste o seu terno, sua gravata e vai trabalhar, passa mais ou menos 7 horas no trabalho, depois volta pra casa cansado, querendo só passar um tempo com sua família e depois talvez dormir, pra acordar no outro dia e fazer praticamente a mesma coisa, ele seria esse homem se não fosse por um pequeno detalhe, melhor, ele é esse homem, mas com algumas mudanças digamos que bem perturbadoras, nessa rotina.

         Iam tem uma filha, Rebecca uma menina de 3 anos e claro, uma esposa, Raquel, uma legista, que apesar de ser casada, é muito cobiçada pelos homens e invejada pelas mulheres, por sua beleza que parece ser de outro mundo.

         O casal gostava de fingir que estava tudo bem, da porta pra fora vestiam uma “mascara” e faziam o papel da família feliz, a família perfeita, mas não era bem assim. Eles podiam ser realmente felizes se quisessem, mas Raquel, já não suportava a presença de Iam, tudo que ela sentia por ele era nojo, e só permanecia casada pelo dinheiro da família de Iam, que não era pouco.

         Iam estava sempre com uma caderno em sua maleta, um caderno grosso de couro, com algum tipo de fechadura, que só era aberta com uma chave especial, que ele mesmo fez, Raquel, não tirava os olhos daquele caderno, com uma grande vontade ler as suas páginas, saber o que está escrito.

         O dia amanhece, Iam levanta, fica alguns minutos sentado na cama, olhando para o nada, pensativo, depois de alguns longos minutos, ele vai até o banheiro tranca a porta, Raquel finge estar dormindo, mas quando ela escuta o barulho da água caindo do chuveiro, logo levanta e vai em direção a maleta, ela a abre, pega o caderno e de todas as maneiras possíveis, tenta abrir, ela estava tão focada em tentar ler aquele caderno que nem escutou a porta do banheiro se abrir, finalmente quando ela desiste de ler o caderno, ela o guardou, mas quando se virou deu de cara com Iam.

         - O que você estava fazendo? – Ele pergunta com um olhar totalmente fulminante.

         - Você passa tanto tempo com esse caderno, as vezes é até mais tempo do que com sua filha, eu queria descobrir o que é tão importante nele. – Ela diz, esbanjando confiança, sem demonstrar nenhum tipo de medo ou respeito.

         - O que eu escrevo nesse caderno, não interessa a você, são minhas coisas, coisas que você não gostaria nada de ler.

         - É sobre sua amante não é?

         - O que? E desde quando você se importa com isso, afinal, você mesma deixou claro que não importa o que eu faça, desde que eu te de algum dinheiro.

         - Falando desse jeito eu até pareço uma – Ela mal termina a frase e ele já diz.

         - Prostituta? Mas é isso que você é, você transa comigo, sem sentir nenhum tipo de atração, pelo dinheiro que eu te dou.

         - Você percebe que essa discussão toda começou, por causa desse caderno inútil.

         - Sendo inútil ou não, ele é meu, e se você chegar perto dele outra vez, as coisas vão acabar em uma grande tragédia, interprete como quiser.

         Iam pega a sua maleta, e sai.