Fanfic: Eu não sou um monstro Part. 1 | Tema: Policial/Psicopata

Celton queria poder contar a sua esposa sobre o que leu, mas decidiu ficar quieto, afinal ele não queria dar motivos para sua esposa, para não gostar de seu melhor amigo.

- Olha quem chegou, é o papai – Diz a mulher de Celton, enquanto brinca com a criança – Hey, como foi o trabalho?

- Como sempre, chefe chato, coisas chatas, pessoas chatas, enfim, foi chato.

- Lembra da Beth?

- Beth? Aquela que vomitou no guarda-roupa no nosso casamento?

- Não, acho que essa é a irmã dela.

- O que tem essa Beth?

- Então, a filha dela desapareceu, e ela está oferecendo uma boa grana pra quem encontrá-la. – Enquanto ela fala ela vai pegando um cartaz com a foto de uma jovem bonita, cabelo curto, pele clara.

Celton fica um tempo olhando para o cartaz

- O que foi? Parece que viu um fantasma.

- Aqui está escrito Natasha Kinddle! – Diz Celton um pouco ofegante.

- Sim, esse era o nome dela.

Nesse momento Celton pega seu celular e vai ligando para Iam, enquanto anda até a garagem para pegar seu carro.

- Querido onde você vai?!

Celton não responde nada, apenas vai tirando o carro da garagem.

- Alo! Celton, o que manda?

- Iam, me encontra no parque, agora.

- O que? Mas pra que?

- Agora! – Exclama Celton enquanto desliga o celular.

Depois de algum tempo esperando, Iam chega.

- O que era tão importante assim, pra você falar comigo daquele jeito?

- O que foi que você fez?! – Diz Celton segurando Iam pelo camiseta.

- Ei, calma, do que você está falando?

- Do que eu estou falando? Natasha Kinddle, esse nome te lembra alguma coisa?!

Os dois ficam em silêncio, por alguns segundos.

- O quanto você leu?

- O bastante pra saber que você torturou e matou aquela garota.

- Me deixa explicar.

- Você não tem que explicar nada! você é um psicopata!

Quando Celton termina de falar, Iam lhe dá um soco, que o deixa apagado, ele o amarra e leva para o galpão.

- Onde eu estou? – Diz Celton enquanto acorda.

- Escuta! Você não pode dizer nada sobre o que leu a ninguém.

- O que? Mas é claro que eu vou dizer, você matou aquela garota, e como se não fosse o bastante, você a torturou antes, você precisa de tratamento, seu doente.

- Mas por que você está se preocupando tanto assim com essa garota? Você nem a conhecia, ela não vai fazer falta, era só mais uma.

- Cara, você está se ouvindo? Você está falando de um ser humano, de uma pessoa, uma pessoa que você matou.

- Não faça tanto drama assim.

- Não fazer drama, você tem noção do que você escreveu? Você escreveu como torturou aquela garota, escreveu como gostava de sentir o medo dela, cara, isso é perturbador.

- Você não vai contar a ninguém, está ouvindo?

- É claro que eu vou contar!

- Não, você não vai, sabe por que? Porque se você contar a alguém eu vou ser obrigado a fazer com você o mesmo que eu fiz com a Natasha, talvez até pior, e pra falar a verdade, eu não estou nem um pouco afim de torturar e matar meu melhor amigo.

- Você não teria coragem! – Debocha Celton

- Não? Está vendo este cigarro? – Diz Iam enquanto tira um cigarro do bolso da Camiseta. – O que você acha de eu ascender ele e enfiar bem devagarinho nos seus olhos? Não seria nada legal não é? Então você vai calar essa sua boca, eu vou te soltar e você vai pra casa, continuar vivendo, como se nada tivesse acontecido.

Celton já com muito medo diz:

- Ok, mas se você acha que as coisas entre nós vão continuar do jeito que estavam, você está muito enganado, eu não posso ser amigo de um psicopata.

- Você vai continuar sendo meu amigo, porque se não, eu não teria motivo algum, pra te deixar vivo, você iria morrer, sua esposa e sua filha iriam ficar sozinhas e indefesas, pra eu poder fazer o que quiser.

- Se você relar um dedo sequer, em um fio de cabelo de uma delas, eu juro que vou atrás de você, e não vou nem chamar a polícia, porque eu mesmo vou acabar com você, de um jeito muito pior do que o que você fez com a Natasha.

- É aí que você falha, eu não tenho medo, de nada e de ninguém, e não vai ser uma ameaça dessas, que vai desencadear esse medo em mim.

- Cara você é um louco.

- Estamos combinados? Eu te solto, você vai embora viver sua vidinha chata, com sua família?

- Prometa que não vai encostar um dedo, nelas.

- Ok, eu prometo, então estamos combinados... Amigo.