Fanfic: Romance Proibido | Tema: Rebelde
Alfonso estava ao pé da escada quando Anahi desceu vestida como uma autêntica noiva. Ela o encarou com ar de desafio ao descer os últimos degraus.
— Você está ótima — ele ironizou. — Vai a algum evento especial?
Ela puxou a cauda do vestido ao passar por ele.
— Não, só quis vestir algo mais formal.
Alfonso franziu a testa. Ela estava absolutamente maravilhosa, como uma verdadeira noiva deveria ser. Mas por que se vestira assim?
Meia hora depois, enquanto a breve cerimônia era realizada, Anahi estava em completo silêncio ao lado de Alfonso.
— Pode beijar a noiva.
Ela arregalou os olhos, as palmas das mãos suadas de nervosismo quando Alfonso se virou para erguer o véu de seu rosto.
— Acho que... — Seu tímido protesto foi vencido pela boca de Alfonso.
Fechou os olhos e tentou não corresponder à pressão dos lábios dele, mas era impossível ignorar o calor daquele contato.
Sentiu algo inundar seu corpo, mas antes que pudesse identificar o que fosse, Alfonso afastou a cabeça.
Anahi se voltou para o sacerdote, que sorria com indulgente aprovação.
Agora estava casada com Alfonso Herrera.
A recepção não passou de um breve almoço com alguns colegas de Alfonso. Tão logo o almoço terminou, Anahi vestiu uma das roupas da irmã, um vestido de seda que moldava o corpo. Parou diante do espelho do banheiro e tentou arrumar o decote para que não ficasse tão revelador, tentando ignorar a óbvia inquietação em seus olhos.
Depois da saída do último convidado, Anahi foi conduzida até o carro, onde Geórgia já estava acomodada no assento de bebê.
Alfonso as levou de volta para casa, parecendo satisfeito por não ter que conversar durante o trajeto.
Anahi aproveitou o tempo para recolocar a cabeça no lugar, lembrando-se que seria esposa dele apenas no nome. Mas quando pensou no beijo, seu estômago pareceu dar uma cambalhota.
— Dei o resto do dia de folga para Lúcia — Alfonso disse ao estacionar em frente à casa. — Ela nos deixou o jantar preparado.
Anahi nunca se sentira tão sem apetite na vida. Só de pensar que estaria sozinha com ele naquela casa imensa, contando apenas com a companhia da pequenina sobrinha, ficava terrivelmente incomodada.
— Geórgia precisa comer e trocar de fralda — disse quando chegaram à porta da casa.
Alfonso entrou logo atrás de Anahi, que segurava Geórgia feito um escudo.
— Tenho que fazer algumas ligações. Se precisar de ajuda, basta chamar. Estarei no escritório.
Ela estava dando de comer à sobrinha quando Alfonso apareceu na cozinha. Viu que ele trocara o terno por um jeans e uma camiseta que evidenciava sua soberba forma física. Anahi desviou o olhar e se concentrou em Geórgia.
— Quer que eu fique com ela para que se troque antes do jantar? — ele perguntou.
— Não, já estou terminando. Ela não parece muito interessada na comida mesmo. — Anahi largou a colher e pegou um pano para limpar o balcão.
— Ela parece cansada — Alfonso observou quando Geórgia começou a esfregar os olhos.
— Sim. — Anahi apertava o pano entre as mãos, baixando a cabeça para evitar o olhar dele.
— Anahi...
Ela recomeçou a esfregar a sujeira.
— Acho que não vou jantar, se não se importa. — Largou o pano dentro da pia e foi tirar Geórgia do cadeirão.
Antes que ela pegasse a menina, Alfonso lhe segurou a mão.
Anahi puxou a mão e esticou o corpo. Mesmo assim, ele a sobrepujava em tamanho.
— Mesmo que não queira comer, eu gostaria de discutir algumas coisas.
— Q-que tipo de coisas?
— Regras básicas. Viver na mesma casa significa que teremos que compartilhar de certo grau de intimidade. Não quero que tenha idéias erradas.
Anahi ergueu o queixo, injetando sarcasmo na voz.
— Quem precisa ser lembrado quanto aos termos do nosso acordo? Eu ou você?
Um nervo começou a saltar ao lado da boca de Alfonso, como se ele tentasse se manter civilizado.
— Pelo que meu irmão disse, parece que você não costuma seguir regras.
— Já que está falando de quebra de regras, acho que aquele beijo foi pouco apropriado à cerimônia.
O olhar dele se tornou mais duro.
— Será necessário manter as aparências às vezes.
— O que quer dizer?
— Teremos de comparecer a eventos sociais de vez em quando e, sendo minha esposa, seria conveniente agir de forma adequada comigo.
— Quer que eu o bajule? — Ela parecia repugnada.
— Não colocaria as coisas nestes termos.
— Então como as colocaria?
— Só peço que mostre certa maturidade quando estivermos na presença de outras pessoas. Além do meu pai e da governanta, ninguém mais sabe que este não é um casamento comum.
— Vou me esforçar, mas não prometo nada.
— Está bem. Desde que cada um saiba cumprir seu papel.
Então Alfonso saiu da cozinha. Anahi olhou para a sobrinha, que a encarava com interesse.
— Homens — disse, pegando a menina no colo. — Quem consegue entendê-los?
Geórgia exibiu um grande sorriso desdentado.
— Talvez eu devesse tentar um desses — refletiu enquanto abraçava Geórgia. — Parece funcionar. Basta uma olhada e ele se derrete todo por você.
Apoiando o rosto na cabecinha da Geórgia, Anahi suspirou
Quando Geórgia já dormia, Anahi tomou banho e vestiu um de seus confortáveis moletons. O cabelo molhado estava preso num rabo de cavalo, o rosto livre dê maquiagem e os pés descalços.
Estava descendo as escadas quando a porta da grande sala de estar se abriu e Alfonso apareceu, os olhos assimilando rapidamente suas roupas.
— Algo mais confortável para a noite? — comentou sarcasticamente.
— É cansativo usar alta costura o dia inteiro. — Ela fingiu um bocejo. — Além disso, arrastar todo aquele tecido caro esgotou minhas energias.
— Você parece ter 15 anos.
— Quer que eu me troque? — ela perguntou, olhando diretamente para ele.
— Não. — Ele abriu espaço para que ela entrasse. — Você está bem. Ótima, na verdade.
— Obrigada — Anahi respondeu simplesmente, agarrando-se com força ao pequeno cumprimento, esperando que ele não percebesse o quanto a afetara.
— Quer beber alguma coisa? — ele perguntou.
— Algo leve.
— Sem álcool?
— Não bebo.
Ele a observava ao entregar um copo de água mineral.
— Reformou-se? — ele comentou. — Muito louvável de sua parte.
Anahi queria ter a coragem de jogar a água na cara dele. Contudo, considerando o comportamento da irmã nos últimos meses, não podia desmerecer a opinião dele. Angel costumava chegar em casa num grave estado de embriaguez que a impedia de refutar a veracidade daquele comentário.
— Mudei muitas coisas na minha vida ultimamente — respondeu.
Alfonso tomou um gole de sua bebida antes de responder.
— Seria presunção minha esperar que a morte de André tenha lhe causado algum impacto para que estas mudanças ocorressem?
— Só uma pessoa muito insensível não ficaria de certa forma afetada pela morte de outra.
— Sente saudades dele?
Anahi olhou para o copo, imaginando como Angel responderia.
— Tento não pensar nisso.
— Não, claro que não. Se pensasse no assunto, teria de assumir certa responsabilidade pelo acidente, não é?
Anahi continuou de olhos baixos, não querendo encontrar o veneno dos dele.
— Não tenho nada a ver com a morte de seu irmão.
Ouviu o ruído do copo sendo recolocado sobre a mesa e recuou instintivamente quando notou que Alfonso se aproximava, os olhos faiscando de ódio.
— Acha que dizer isso basta para mudar o que fez?
Anahi queria poder contar a verdade. As palavras estavam na ponta de sua língua, mas lembrou de Geórgia e mudou de idéia.
-— Você é culpada. Mal posso te olhar sem pensar no meu irmão agonizando preso ao carro, sangrando até morrer.
Anahi sentiu-se enjoada.
Alfonso virou-se para encher o copo novamente. Anahi aproveitou para respirar fundo, as mãos se contorcendo de angústia.
Sabia que ele ainda estava sofrendo e tinha o direito de sentir o que quisesse, mas isso não justificava torná-la alvo de sua raiva. Não era durona como Angel para lidar com este tipo de crítica. Sempre que ele a censurava, era como se parte de si estivesse morrendo.
Decidiu deixar a sala.
— Onde pensa que está indo? — ele perguntou, deixando a bebida de lado.
Anahi mordeu o lábio e apontou para a porta.
— Melhor deixar você pensando sozinho.
Alfonso se aproximou dela com apenas dois passos, agarrando-lhe os braços, os olhos brilhando de fúria.
—Acha que pode fugir fácil assim? Não deixarei que saia ilesa. Farei tudo ao meu alcance para que pague pela destruição que causou à minha família — rosnou, os dedos apertando Anahi cruelmente.
Anahi fingiu não se deixar abalar pela raiva dele, mas sentia as pernas tremendo.
— Não sei como nosso casamento vai lhe ajudar em alguma coisa. A não se que pretenda me prender em uma torre a pão e água — ela respondeu com uma petulância que nem de longe sentia.
Alfonso a puxou para si, a boca encontrando a dela pela segunda vez naquele dia.
Anahi tentou usar as mãos para afastá-lo, mas era impossível. Estava aprisionada pelo abraço, o corpo dele imprimindo sua masculinidade às suaves curvas do seu.
O beijo se tornou arrogantemente íntimo, o contato da língua com seus lábios extinguindo qualquer vontade de lutar. Anahi sentiu as pernas fraquejarem e as mãos, que antes o empurravam, começavam a se agarrar à camiseta para que continuasse de pé.
Alfonso intensificou o beijo, obtendo uma resposta que Anahi não pretendia oferecer. Repreendia a si mesma, sem deixar de entrelaçar a língua à dele: ele era seu inimigo, era perigoso... mas não adiantou. Seu corpo estava em piloto automático e agia alheia ao seu bom senso.
De repente, acabou. Alfonso recuou tão abruptamente que Anahi quase caiu, o corpo incapaz de se manter de pé sozinho.
Os olhos escuros brilhavam perigosamente enquanto Alfonso limpava a boca com as costas da mão, um gesto para deixá-la envergonhada.
Anahi lhe negou aquela satisfação. Assumiu ar de desprezo e, pegando um lenço em sua roupa, limpou o que parecia ser sangue em seu lábio inferior.
Notou, surpresa, que Alfonso ficava ligeiramente corado.
— Perdoe-me — disse sério. — Não pretendia ir tão longe a ponto de machucá-la.
Ela lhe lançou um olhar mordaz.
— Até onde pretendia chegar? Seria o suficiente para dobrar minha mesada?
— Não tenho intenção de lhe dar nada além da quantia que combinamos. Já lhe disse antes... nosso casamento não será consumado.
— Por mim, tudo bem. Mas sugiro que explique isso ao seu corpo primeiro. — Olhou de forma contundente para a pélvis dele. — Acho que ele ainda não entendeu o recado.
Os olhares de ambos se encontraram, o ar vibrava de tensão.
— Estou avisando, Anahi, não me provoque. Não gostará das conseqüências.
Ela ergueu o queixo em desafio.
— Terá que se esforçar mais se quiser me assustar. Não esqueça que estou acostumada a lidar com homens brutos.
— Eu poderia arruiná-la. Uma exclusiva minha e nem uma cidade tão grande como está será suficiente para esconder sua vergonha.
Anahi arrepiou-se de medo diante da ameaça. Se ao menos soubesse o que sua irmã tinha feito, poderia dizer que tudo não passava de um blefe. Mas não ousaria arriscar, precisava considerar o bem-estar de Geórgia.
— Não vejo que benefícios você teria ao manchar o nome da mulher com quem acabou de casar.
— Só cumprirei minha ameaça se seu comportamento não for o esperado.
— Que gentil de sua parte — ela zombou. — E o seu comportamento? Também não merece ficar sob avaliação? — Ela tocou a boca com o dedo, dando uma piscada exagerada.
— Tem minha palavra de que isso não acontecerá novamente — Alfonso respondeu, desviando o olhar dos lábios dela. — A não ser que me peça, claro.
Anahi arregalou os olhos.
— Típico! Não consegue controlar seus impulsos, então me culpa por incitá-los!
— Você estava me provocando.
— Ah, é? Bem, você se comportou como um perfeito bárbaro! Não é surpresa que as mulheres corressem atrás de seu irmão. Diferente de você, ele tinha certo grau de delicadeza.
Anahi rumou para a porta, mas antes que pudesse abri-la, a mão de Alfonso prendeu a porta completamente. Ela manteve os olhos fixos na porta, pois não queria que ele visse suas lágrimas de raiva.
— Deixe-me ir, Alfonso. Preciso ver Geórgia. — Para seu desalento, a voz soava vencida.
A mão deixou a porta e tocou seu ombro, a pressão firme e gentil fazendo com que ela se virasse para ele.
Anahi ergueu os olhos, lutando para manter as emoções sob controle.
— Não me faça te odiar ainda mais — ela disse, a voz não mais do que um murmúrio.
Alfonso lhe sustentou o olhar por tanto tempo que Anahi pensou que ele estava vendo através de sua alma, descobrindo quem ela realmente era.
O que ela realmente sentia.
Quando sua compostura ameaçava fraquejar, Alfonso se afastou. Observou-o pegar novamente o drinque e, inclinando a cabeça para trás, tomá-lo num só gole.
Anahi respirou fundo e apoiou-se na porta.
— Alfonso?
Ele tirou do bolso do jeans um pedaço de papel e o entregou a ela.
Anahi desdobrou o papel e descobriu que era um recibo do banco documentando que milhares de dólares tinham sido depositados em sua conta naquele dia.
Sua mesada.
Ficou vários minutos olhando o papel sem falar nada, nem mesmo quando Alfonso saiu da sala e fechou a porta.
Ficou vários minutos olhando o papel sem falar nada, nem mesmo quando Alfonso saiu da sala e fechou a porta
Autor(a): leeh01
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Anahi mal entrara no quarto quando ouviu o celular tocando na bolsa largada no chão. Pegou o aparelho e ficou tensa ao ver o nome da irmã piscando na tela. Baixando a voz, fechou a mão em concha ao redor da boca. — É você? — perguntou. — Claro que sou eu — Angel retrucou. — Quando pode me mandar o dinheiro? Esto ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 5
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ponchoyany Postado em 01/11/2014 - 19:55:00
Amei a história, fiquei tão envolvida que já li tudo.bjs
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leeh01 Postado em 31/10/2014 - 22:18:47
Oiie, seja bem vinda.. espero q vc goste da Web beijoos
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beca Postado em 31/10/2014 - 10:13:56
Oi leitora nova...adorei a introdução...vou começar a ler
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leeh01 Postado em 31/10/2014 - 07:49:31
Aque boom que vc gostou Linda *-*, fico feliz .. ela da nojinho msm kkk' Beijos
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daninha_ponny Postado em 31/10/2014 - 01:13:50
nossa acabei de ler a web agora eu simplesmente amei,essa angel me deu nojo do começo ao fim,mas fora isso foi perfeita amo web d gêmeas e tal bjs