Fanfics Brasil - CAPITULO XIV Romance Proibido

Fanfic: Romance Proibido | Tema: Rebelde


Capítulo: CAPITULO XIV

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Anahi acordou na manhã seguinte com Alfonso apoiado sobre um dos cotovelos, observando-a em silêncio. Sentiu o rosto esquentar e desejou ter a autoconfiança da irmã, pois assim acordaria ao lado de um homem sem corar até a raiz dos cabelos. Pensou em levantar-se, mas Alfonso a impediu.
— Não, não fuja. Lúcia está cuidando de Geórgia. Você terá uma folga. Como está se sentindo?
Ela desviou o olhar.
— Estou bem. As cólicas sumiram.
— Ótimo. — Anahi ouviu Alfonso levantar-se da cama, mas não ousaria olhar para ele enquanto não estivesse vestido. — Tenho planos para você.
— Planos? — Ela o olhou brevemente nos olhos.
Alfonso vestia um robe.
— É a primeira vez que vem a Sorrento, não? Acho que seria bom deixar Lúcia com Geórgia enquanto passeamos. Podemos visitar a igreja de San Francesco e almoçar em um dos restaurantes da Piazza Tasso. Amanhã podemos explorar as ruínas de Pompéia e almoçar em Positano.


— Tem certeza de que Geórgia...
— Ela vai ficar bem. Meu pai passará algum tempo com ela, sob a supervisão de Lúcia, claro. Considerando o que aconteceu na noite passada, acho melhor não aparecermos.
Anahi concordava, mas não disse nada. Ainda se sentia desconfortável com a discussão entre Alfonso e o pai.
— Se eu puder ajudar em alguma coisa... — Ela baixou o olhar novamente.
Alfonso demorou a responder.
— Apenas seja você mesma, Anahi.
As palavras foram como uma adaga em seu coração. Se ao menos pudesse ser ela mesma!
A manhã estava ensolarada, as ruas de paralelepípedos cheias de turistas ávidos por conhecer aquela bela parte da costa amalfitana. A vista dos jardins acima da famosa Piazza Tasso era espetacular. Era como se as preocupações e os temores de Anahi fossem lentamente levados pela brisa que remexia seus cabelos.
Estar na companhia de Alfonso era maravilhoso. Ele andava ao seu lado, o ombro esbarrando nela sempre que apontava locais interessantes, a voz profunda envolvendo-a feito uma doce carícia.
— Segundo a lenda, foi aqui em Sorrento que Ulisses ouviu a canção das sereias.
Anahi olhou para as águas brilhantes, protegendo os olhos do sol enquanto tentava se concentrar no que Alfonso dizia, não no movimento de seus lábios ao falar.
— É tão bonito — ela afirmou. Depois de um instante, olhou para Alfonso. — Deve sentir saudades daqui agora que mora em Sidney.
Os olhos de Alfonso buscaram o mar.
— Sim, mas tive vontade de me afastar daqui depois da morte de minha mãe. — Suspirou, encostando-se nas grades do jardim. — Meu pai mandou André dirigir a filial de Sidney, mas logo se tornou claro que ele não estava fazendo um bom trabalho. Anahi conteve o fôlego, imaginando que Alfonso acusaria sua irmã — ela, portanto — de distrair André do trabalho, mas não foi o que ele fez.


— André era um farrista, não um banqueiro, mas meu pai se recusava a enxergar isso. Ficava ressentido por saber que eu cuidava dos negócios melhor que seu filho favorito. Mas penso que o mimado do meu irmão acabaria como meu pai: um homem amargo, apoiando-se no álcool para seguir vivendo.
Anahi segurou a mão dele, uma expressão de simpatia no rosto.
— Alfonso, sei que não acreditará, mas sei como é se sentir negligenciado. Dói demais pensar que por mais que tente, nunca conseguirá agradar os pais.
Alfonso franziu ligeiramente a testa.
— Pensei que fosse filha única. Anahi ficou paralisada.
— E-eu... imagino como deve ser... Não se precisa vivenciar algo para saber como é sentir-se assim...
Para Anahi, era como se um século tivesse se passado antes de Alfonso responder.
— Melhor voltarmos — ele disse, afastando-se da grade e segurando Anahi pelo braço. — O sol está começando a queimar seu rosto. Deveria ter lhe lembrado de trazer um chapéu.
Anahi andou temerosa até o carro, as batidas de seu coração aceleradas por causa de seu novo deslize.
Os dias seguintes se passaram da mesma maneira. Acordava a cada manhã nos braços de Alfonso, aconchegada em seu corpo quente e protetor. Embora ele não a tocasse intimamente, Anahi sentia seu corpo ansiar por ser possuído. Depois do café-da-manhã, Alfonso a levava para passear. Lúcia cuidava de Geórgia. Assim Vito poderia passar algum tempo com a neta em seu jardim particular.
Anahi ficou fascinada com Pompéia. Os prédios desmoronados, as relíquias antigas, incluindo os corpos congelados no tempo pelas cinzas vulcânicas, fizeram-na ficar em silêncio, imaginando o que as pessoas deveriam ter sentido ao tentar escapar da fúria do monte Vesúvio.
— É tão triste — disse ao saírem. — Pensar que não tiveram tempo de escapar, que não tinham onde se esconder, que não tinham como salvar seus entes queridos...


Alfonso observou a expressão perturbada de Anahi ao admirar as ruínas. Em momentos assim, era difícil não considerá-la uma mulher de coração sensível aos que sofriam. Onde estava a mulherzinha egoísta e ambiciosa agora?
Vito Herrera andava fazendo as refeições sozinho em sua suíte. Mas na quarta noite, Anahi se deparou com Alfonso e o pai a esperarem por ela na sala de jantar.
A situação parecia incômoda a princípio, mas logo se tornou aparente que Vito tentava se desculpar pela indelicadeza daquela primeira noite. Também parecia fazer o esforço de não beber em excesso.
— Geórgia é uma criança linda — ele disse a certa altura. — Tenho me divertido muito com ela pela manhã. Obrigado por me dar o privilégio de conhecer minha neta.
— Que bom que se afeiçoou a ela, Signore Herrera — Anahi murmurou. — Ela é muito especial.
Vito lhe deu uma boa olhada antes de acrescentar:
— Lúcia me disse que você é uma boa mãe. E como meu filho disse que você fala nossa língua, devo pedir desculpas pelo insulto daquela noite.
— Não importa. Já esqueci o assunto. Vito clareou a garganta.
— Também devo me desculpar pela carta que enviei. Algumas das coisas que eu disse eram... imperdoáveis. Não sei como aceitou casar-se com Alfonso tendo uma arma destas para usar contra nós.
Anahi ficou tensa. Angel mencionara uma carta, mas nunca a mostrara. Então Vito teria razão? A irmã escondera a arma que teria evitado aquele casamento?
Percebeu que Alfonso a observava atentamente, então se dirigiu a Vito.
— Todos dizem e fazem coisas reprováveis no calor do momento.
— Você é muito bondosa. Não a imaginei assim. Acho que André não nos ofereceu uma boa imagem sua.


Anahi não conseguia olhar para Vito. Mentir para um homem moribundo era repreensível, mesmo que seus motivos fossem altruístas. Concentrou-se no prato, imaginando como resistiria até o fim do jantar. Uma batida na porta anunciou a entrada de um dos criados, que informou que havia um telefonema para Anahi.
Ela sentiu o peso do olhar de Alfonso sobre si ao levantar-se, as pernas ameaçando fraquejar enquanto se dirigia à biblioteca. Fechou a porta e, respirando fundo, pegou o fone.
— Alô?
— Anahi, sou eu, seu alto ego. — Angel deu uma risadinha. Anahi apertou o fone.
— Como conseguiu este número? Eu disse para não ligar! É perigoso.
— É claro que posso ligar para minha irmã — Angel murmurou. — Minha irmãzinha casada com um bilionário — acrescentou com voz arrastada.
— Você planejou isso tudo, não é? Não me mostrou aquela carta. Deixou que eu pensasse que não havia alternativa senão casar com Alfonso, sabendo que era desnecessário.
Angel deu uma risada.
— Você caiu tão fácil. Agora quem é a gêmea mais esperta? Você se acha tão inteligente com seu diploma universitário e seu dom para línguas, mas nem conseguiu pensar numa maneira de fugir da vingança dos Herrera.
— O que quer? Transferi o dinheiro para a sua conta. Não me diga que já gastou tudo.
— Na verdade, sim. É por isso que estou ligando. Quero mais.
— Mais? — Anahi se espantou.
— Você me ouviu, Anahi. Quero depósitos regulais a partir de amanhã.
— Mas não tenho...
— Peça um aumento de mesada ao seu marido Angel rebateu. — Quero que me dê tudo. É justo, não acha? Você fica com o bebê, então eu recebo a mesada.
— Não acredito no que estou ouvindo. O que aconteceu com Bryce Falkirk e sua grande carreira no cinema?
— Como a maioria dos homens com os quais me envolvo, ele já mostrou quem realmente é e não me dá mais nada. É por isso que conto com você para me sustentar.


— Não deveria contar apenas consigo mesma?
— Um telefonema, Anahi — Angel lembrou friamente. — Basta um telefonema. Ou talvez seja melhor visitar seu marido. Seria mais eficiente, não acha?
— Não ousaria — Anahi disse entre os dentes.
— Acha que não?
— Ele tomaria Geórgia de mim sem hesitar. Ela ficaria arrasada; ela agora acha que sou mãe dela.
— Que me importa o que acontece com essa menina? A questão é o dinheiro, Anahi. Faça o que eu mando e seu segredinho estará salvo. Ciao.
Anahi recolocou o telefone no gancho e voltou para a sala de jantar com o coração pesado. Teria que contar a verdade para Alfonso antes que a irmã aparecesse, mas não sabia como fazer.
Alfonso se ergueu quando ela entrou na sala.
— Está tudo bem, Anahi? Parece ter ouvido más notícias.
— Não... não é nada. — Forçou um sorriso. — Desculpem-me pela interrupção.
— Não há por que — Vito disse, acenando para o criado. — Na verdade, vou me retirar mais cedo. Estou muito cansado. Buonanotte.
Alfonso esperou o pai sair para segurar a mão de Anahi.
— Sabe o que deveríamos fazer, cara?
— N-não...
— Acho que deveríamos imitar meu pai e nos deitarmos cedo. Enquanto você estava ao telefone, Lúcia disse que Geórgia está dormindo tranqüilamente. Temos o resto da noite para nós. É hora de começarmos nosso casamento no real sentido da palavra.
— Alfonso... Eu... — Anahi se calou. Só uma noite nos braços dele, então revelaria a verdade. Seria pedir demais? Passaria o resto da vida se lamentando se não fizesse amor com ele ao menos uma vez.
— Não vou te machucar desta vez — ele disse, acariciando o rosto dela.
Anahi se aproximou dele, amando a sensação dos braços a envolvê-la, confiando em Alfonso com todo o coração.
— Eu sei.


Alfonso a levou para cima e trancou a porta do quarto ao entrarem.
Ele a beijou de leve, uma, duas, três vezes. As mãos cálidas a tocavam suavemente, despindo-a, enquanto Anahi tentava fazer o mesmo com ele.
Foi levada para a cama com um beijo ardente. Seu corpo reagia calorosamente a cada movimento das línguas, antecipando a união de corpos que ela tanto desejava. Alfonso passou a beijar-lhe os seios, o úmido calor de sua boca despertando em Anahi um frenesi de prazer.
Respirou fundo quando os dedos dele a acariciaram com mais intimidade, o toque possessivo excitando e amedrontando Anahi ao mesmo tempo.
Alfonso a invadiu lentamente com um dedo, esperando o corpo dela aceitá-lo antes de avançar mais.
Anahi estremeceu, as pernas fracas enquanto se deixava explorar. Sentiu uma pontada de dor com invasão, os músculos tão tensos que ameaçavam explodir.
— Relaxe, Anahi — Alfonso murmurou.
Anahi fechou os olhos e se deixou levar pelas sensações que Alfonso despertava, permitindo que as ondas de prazer tomassem seu corpo. Percebeu vagamente os gemidos de alguém, assustando-se quando concluiu que eram seus.
Alfonso esperou que ela relaxasse completamente antes de se deitar sobre ela, sustentando seu peso nos braços.
Anahi estava maravilhada. Alfonso a penetrou com tanto gentileza que quase a fez chorar.
— Está tudo bem? — ele perguntou, parando por um momento.
Ela o abraçou, saboreando a sensação de tê-lo dentro de si.
— Sim... Isso é tão bom...
Aquelas palavras refletiam o que ele sentia também. Fizera amor inúmeras vezes, mas com Anahi isso parecia ser mais do que bom... parecia perfeito.
O corpo pequeno de Anahi se ajustava tão bem ao seu que pensou que não conseguiria se controlar. Mergulhou ainda mais no corpo dela, esperando não machucá-la, mas só ouviu um suspiro de prazer


Beijou-a novamente, apreciando a boca macia que se submetia à sua invasão, os tímidos movimentos de Anahi excitando-o ainda mais.
Apesar da inexperiência, Anahi podia sentir o quanto Alfonso se esforçava para se conter. Beijou-o avidamente, os dedos afundando-se nos cabelos dele, as pernas se abrindo ainda mais para Alfonso.
Ele gemia na medida em que o ritmo das investidas se intensificava, os músculos das costas ficando tensos sob as carícias de Anahi. Ela estremeceu, o corpo instintivamente procurando mais intimidade com o dele.
Ficou sem fôlego quando a mão de Alfonso buscou pelo centro de seu ser, os dedos com precisão certeira. Agora era ela quem perdia o controle. As emoções se avolumavam novamente, mais intensas devido à invasão masculina.
Sentiu o primeiro espasmo, então nova avalanche recaiu sobre ela, surpreendendo-a com o impacto devastador que teve sobre seus sentidos.
Percebeu quando Alfonso parou, o corpo anunciando o subseqüente terremoto que o levou ao paraíso. Deixou em Anahi sua essência, unindo-os da maneira mais primitiva imaginável.
Anahi o abraçou, deliciando-se com a sensação de proximidade.
Quando ele se afastou, percebeu que estava mais do que fisicamente unida a ele. O amor que sentia parecia preencher todo seu ser. Mal conseguia respirar sem sentir uma pontada no peito, alertando-a que a prioridade de Alfonso sempre seria Geórgia.
Virou-se para ele, a confissão já se formando em sua cabeça. Só então percebeu que ele dormia.
— Alfonso? — Ela o sacudiu de leve.
Não recebeu resposta.
Anahi suspirou e abraçou-se a ele; contaria pela manhã. Passaria mais aquela noite nos braços dele.
Anahi percebeu que havia algo errado assim que abriu os olhos na manhã seguinte. Estava sozinha na cama e podia ouvir o som de vozes por toda a casa.


Saiu da cama, vestiu-se e correu até o quarto de Geórgia, vendo que a sobrinha acabava de acordar e esticava as mãozinhas ao vê-la. Pegou a menina no colo e viu Paloma entrar no quarto com ar abatido.
— O que houve, Paloma?
A mulher se sentou na cadeira mais próxima, o rosto pálido.
— Signore Herrera faleceu durante a noite. Alfonso está com ele agora.
— Oh, céus! — Anahi exclamou.
— Todos já esperavam, mas mesmo assim é muito triste. Apesar de todos os defeitos, todos nós gostávamos muito dele.
— Posso ajudar em alguma coisa? Paloma sorriu com tristeza.
— Já fez uma grande diferença na vida dele nestes poucos dias, Signori. Ele morreu mais feliz por ter conhecido a única neta.
Nos dias que se seguiram, era doloroso para Anahi ver Alfonso esconder a dor pela perda do pai para cuidar dos negócios da família. Nem sonhava em revelar seu segredo agora. Ele mal conseguia lidar com os preparativos para o funeral. A única coisa que podia fazer era deixar que ele se perdesse em seus braços todas as noites, como se a união física fosse a única maneira que ele encontrara de aliviar a dor da perda. Mas Alfonso sempre parecia retraído durante o dia, tal qual um lobo desconfiado.
No dia seguinte ao enterro, Alfonso a chamou ao escritório.
— Quero conversar sobre o futuro de Geórgia. Anahi sentiu o coração pular no peito. Será que ele já pensava no divórcio? Talvez a morte do pai o deixasse livre para anular aquela união indesejada.
— S-sobre o futuro dela?
— Quero adotar Geórgia.
Ela engoliu em seco, sentindo-se em pânico.
— Quero ser o pai dela. Contaremos sobre André quando for o momento apropriado. Mas por enquanto, serei o único pai dela.


Anahi não sabia o que dizer. Via como Alfonso agia com a sobrinha, segurando-a no colo, brincando com ela ou murmurando coisas afetuosas em sua própria língua. Ninguém poderia questionar o quanto seria um pai maravilhoso, mas não poderiam iniciar o processo de adoção porque ela não era mãe de Geórgia. Não queria revelar a verdade justo agora, sabendo o quanto ele estava sofrendo...
— Você não parece muito entusiasmada — ele observou depois de longo silêncio.
— N-não gosto da idéia.
— Por que não?
— Ninguém pode tomar o lugar de André. É o pai dela, mesmo que não esteja mais... aqui... Não quero deixar Geórgia confusa.
— Anahi, tenho feito tudo o que um pai faria. Não sei por que Geórgia tem que me chamar de tio pelo resto da vida se tudo o que quero é ser pai dela.
Anahi tentava pensar em algo que pudesse dissuadi-lo.
— Não confio o suficiente em você. Ele suspirou exasperado.
Casei com você, não? Foi mais do que meu irmão fez.
— Só se casou por senso de dever.
— O que há de errado nisso? Esperava que eu me apaixonasse e jurasse amor eterno?
Anahi desviou o olhar.
— Não, claro que não. Mas não deixo de pensar que há algo por trás disso. Assim que eu baixar a guarda, vai roubar Geórgia de mim. Ameaçou fazer isso diversas vezes.
Alfonso suspirou novamente.
— Compreendo sua apreensão e peço desculpas pelas ameaças, mas eu só queria garantir a segurança de Geórgia. Tinha ouvido tantas coisas a seu respeito que a considerava incapaz de criar a menina.
— E agora? — Anahi o encarou. — Acha que sou capaz de criá-la?
Alfonso a observou antes de responder.
— Minhas antigas dúvidas foram respondidas. Contudo, ficaria mais feliz se Geórgia fosse oficialmente registrada como minha filha.
— Pensarei no assunto — Anahi respondeu, querendo ganhar tempo.


— Aceito sua decisão por enquanto, mas saiba que não descansarei até conseguir o que quero.
Anahi sabia que ele dizia a verdade. Toda aquela teia de mentiras parecia sufocá-la, os fios apertando seu coração sempre que pensava que perderia Geórgia e Alfonso.
— Queria falar mais uma coisa. Tenho um jantar de negócios hoje em Positano. Não posso desmarcar... São pessoas que preciso ver antes de voltar para Sidney. Sei que não avisei nada, mas gostaria que me acompanhasse. Lúcia vai cuidar de Geórgia; já combinei com ela. Anahi hesitou.
— Tinha planejado alguma coisa? — ele perguntou, a voz parecendo mais aguda.
— Não, claro que não.
— Sairemos às sete. Use vestido longo; a ocasião é formal.
Lúcia sorriu aprovadoramente quando Anahi desceu a escada naquela noite trajando um vestido de cetim negro, os cabelos presos num belo coque, as mechas caídas sobre o rosto conferindo-lhe um ar sensual.
— Estou bem? — Deu uma voltinha para a governanta.
— Alfonso vai te achar irresistível esta noite, Anahi.
Anahi sentiu o rosto corar e tentou esconder seu embaraço fingindo que arrumava a alça do vestido.
— Você sabe por que nos casamos, Lúcia.
— Sim, mas as coisas mudaram, não? Você divide a cama com ele, como uma verdadeira esposa.
Isso é bom.
Anahi encarou a governanta.
— Ele me odeia pelo... pelo que fiz ao irmão.
— Mas você não fez nada, fez, Anahi? — Lúcia perguntou, sem despregar os olhos dela.
Anahi ficou apreensiva.
— O que quer dizer?
Lúcia sorriu.
— Você pode ter enganado o Signore Herrera, mas não sou boba. Você não é a mãe de Geórgia, é?
A mão de Anahi apertou o corrimão.
— P-por que diz isso?
— Você não poderia ser a mulher que seduziu André.
— P-por que não?
— Porque eu a conheci.
Anahi ficou chocada, a mão largando o corrimão.
— Você conheceu Angel? Lúcia assentiu.


— Sim. Ela foi procurar André lá na casa. Nem me deu atenção; afinal sou apenas uma empregada. Por isso, quando você apareceu, fiquei confusa. Você agia como ela, se parecia com ela. Mas tive minhas suspeitas. Então atendi aquele telefonema e a voz era muito parecida com a sua. Foi quando descobri o que estava acontecendo. Eu tenho filhos gêmeos. Já estão crescidos, mas costumavam fazer traquinagens, um se passando pelo outro.
Anahi engoliu em seco.
— Contou para Alfonso?
— Não. Pensei em deixar isso com você. Anahi mordeu o lábio.
— Sabe que tem que contar para ele, não é? — Lúcia perguntou.
— Eu sei. — Anahi parecia angustiada. — Mas não sei como fazer. Ele tem sofrido muito... Não quero magoá-lo ainda mais. Sinto-me muito culpada.
— Angel é quem deve se sentir culpada. Aposto que largou Geórgia com você.
— Sim. Acredite, é a rotina de toda uma vida. — Anahi suspirou. — Mamãe era assim também: impaciente, impulsiva, irresponsável, sempre se envolvendo com os homens errados.
— Alfonso compreenderá — Lúcia garantiu. — E um bom homem. Tudo vai se resolver quando ele souber quem você realmente é.
Anahi queria se sentir assim tão confiante.
Ouviu-o conversando com um empregado enquanto descia para o hall. Anahi sorriu timidamente para Lúcia.
— Deseje-me sorte.
— Seja apenas você mesma — Lúcia aconselhou. — É o que basta.
O jantar foi oferecido num elegante hotel, o salão adornado com flores e candelabros. Anahi não se sentia muito sociável. Ficou ao lado de Alfonso, o braço apoiado no dele, sorrindo para as várias pessoas que lhe eram apresentadas, mas mal podia esperar para voltar para casa.
Ao fim da refeição, vários casais começaram a dançar ao som de uma pequena banda. Anahi deixou a mesa e refugiou-se no banheiro antes que Alfonso a tirasse para dançar.


Trancou-se em um dos reservados e respirou fundo várias vezes, juntando coragem para revelar a verdade quando voltassem para casa.
De repente, percebeu que duas mulheres conversavam no banheiro. Falavam em italiano, mas Anahi compreendia cada palavra.
— Ouvi dizer que era dançarina numa boate quando André a conheceu. Aparentemente tiveram um caso, mas André decidiu voltar para os braços da noiva.
— Ouvi dizer que teve um bebê.
— Sim, parece que foi por isso que Alfonso se casou com ela. Ele quer ficar com a sobrinha e teve que se casar com a mãe dela para conseguir.
— Espero que não se arrependa. Mulheres como Angel Portilla só causam problemas.
— Agora a chamam de Anahi. — A mulher deu uma risadinha. — Sem dúvida quer se distanciar da antiga imagem. Acho que querem silenciar algum escândalo. Reparou? Ela está com um corpo ótimo para alguém que teve um bebê há pouco tempo. Será que Alfonso já tentou tirar uma prova?
— Estão casados, não estão?
— Todos sabem que Alfonso Herrera é bem seletivo com as mulheres. Só se casou por causa da criança. Mas sabe o que dizem sobre os homens: não pensam com a cabeça, mas com o que está entre as pernas.
As mulheres deixaram o banheiro. Anahi colocou a cabeça entre as mãos. Será que isso poderia ficar pior?
Alfonso se levantou assim que Anahi voltou à mesa.
— Quer dançar?
Anahi queria pensar numa desculpa, mas preferia dançar a ficar numa mesa com pessoas que sabiam tantas coisas a respeito de sua irmã.
Alfonso franziu a testa.
— Esteve nervosa a noite inteira. Algo errado? Não queria ficar tanto tempo em Sorrento? Desculpe, mas foi inevitável. Preciso resolver alguns assuntos antes de voltarmos.
Anahi meneou a cabeça.
— Não, não é isso. — Ergueu os olhos, finalmente tomando uma decisão. — Podemos ir para casa? Preciso conversar com você... a sós.
— Se é o que quer.
Após algumas despedidas, saíram.


Alfonso mal falou no caminho de volta. Anahi não sabia se ficava preocupada ou satisfeita com o silêncio. Retorcia as mãos sobre o colo, fingindo-se interessada na paisagem noturna. Chegaram a casa minutos depois, e Anahi esperou Alfonso dar a volta para lhe abrir a porta do carro.
— Você está muito bonita está noite — ele disse, segurando-lhe a mão para ajudá-la a sair do carro.
— Alfonso... Vamos entrar. Estou com frio.
Alfonso a seguiu até a entrada, ligeiramente apreensivo.
Lúcia apareceu no vestíbulo assim que Anahi abriu a porta, Alfonso vinha alguns passos atrás.
— Algo errado? — Anahi perguntou, vendo o rosto preocupado da governanta. — Geórgia está bem?
— Sim. — Lúcia retorcia as mãos, os olhos fixos na entrada do salon.
— O que foi? — Alfonso perguntou, fechando a porta.
A governanta olhou agoniada para Anahi antes de responder ao patrão.
— Visita para a Signora Herrera.
Anahi perdeu a cor, as pernas ficando trêmulas de pânico.
— Quem é? — Alfonso perguntou enquanto tirava o paletó. — Alguém que eu conheço?
A porta do salon foi aberta e Alfonso se deparou com uma cópia de sua esposa.


— Quem é? — Alfonso perguntou enquanto tirava o paletó. — Alguém que eu conheço?
A porta do salon foi aberta e Alfonso se deparou com uma cópia de sua esposa.
— Olá, Alfonso — Angel murmurou.
Anahi sentiu todo o peso do olhar de Alfonso, o rosto carregado de incredulidade, susto e raiva.
— Alguém vai me dizer o que está acontecendo ou terei que adivinhar? — A voz era cortante.
Anahi engoliu em seco.
— Eu pretendia contar...
Angel deu um passo adiante, movendo-se sedutoramente, e interrompeu a irmã.
— Que menina má, não é, Alfonso? Passando-se por mim para colocar as mãos na herança de Geórgia.
Anahi agarrou o braço de Alfonso.
— Não é verdade!
Alfonso olhou a mão que segurava seu braço, uma expressão de nojo ao repeli-la. Voltou-se para a governanta, pedindo que ela se retirasse. Lúcia olhou preocupada para Anahi e saiu com certa relutância.
— Vocês duas. — Alfonso indicou a porta do salon. — Entrem... agora.
Angel entrou novamente no salon, não sem antes lançar um olhar ardente para Alfonso. Anahi a seguiu, sentindo-se desesperada. Alfonso fechou a porta antes de falar:
— Vamos começar pelo começo. Qual das duas é mãe de Geórgia?
— Eu. — Angel deu um passo adiante. — Eu a deixei com Anahi por alguns dias e ela simplesmente resolveu assumir o meu lugar.
Os olhos de Anahi faiscavam de raiva.
— Não fiz nada disso! Você a abandonou!
— Não escute o que ela diz. — Os olhos de Angel estavam cheios de lágrimas. — Amo minha filha; é tudo o que me sobrou de André. Anahi ficou com ciúmes. Sempre quis se casar e ter filhos. Ela o enganou para conseguir se casar.
— Alfonso! Não a escute! Ela está inventando coisas!
Alfonso a fitou por um instante antes de se dirigir a Angel.
— Gostaria de conversar com minha... com Anahi a sós. Pode nos dar licença?
Angel ergueu o queixo.
— Ela só vai contar mais mentiras. Fez tudo isso por causa do dinheiro. Apesar do que diga, é dinheiro o que ela quer.


Alfonso agarrou Anahi pelo braço e a levou para fora, a expressão impassível. Anahi ficou calada enquanto era levada para o andar superior. Entraram no quarto de Alfonso, que bateu a porta depois de passar. Os olhos buscaram os dela... furiosos.
— Espero que tenha uma boa explicação, ou juro que vai se arrepender de ter nascido.
— Eu pretendia contar...
— Não minta para mim! — ele berrou. — Tenho bancado o idiota desde o começo. — Passou a mão pelos cabelos e afastou-se dela, balançando a cabeça em descrença. — Não acredito que foi tão baixa! — Voltou-se para Anahi. — Valeu a pena? Gostou de rir às minhas costas enquanto me enganava?
— Não! Eu...
Alfonso aproximou-se dela.
— Você me fez de idiota e não a perdoarei por isso.
— Alfonso... por favor, deixe-me explicar. — Anahi retorcia as mãos, agitada. — Não queria que fosse assim. Quando você apareceu naquele dia, pensei que levaria Geórgia embora. Eu precisava fazer alguma coisa! Não pensei que as coisas chegariam a este ponto, eu juro!
— Por que não contou a verdade quando teve a chance? Preferiu inventar mentiras o tempo inteiro. Teve várias oportunidades de me contar a verdade, mas não o fez.
— Eu sei! Sinto muito... Fiquei assustada. Pensei que não me deixaria ver Geórgia novamente. Você sempre fazia ameaças; não tive escolha.
Alfonso bufou ao lhe dar as costas.
— Deve me achar o maior dos idiotas, mas sei que gastou o dinheiro assim que o depositei em sua conta.
— Não gastei! Eu dei para Angel porque...
— Planejaram tudo juntas, não foi? — Os olhos dele brilhavam perigosamente.
— O quê?
Ele bufou em tom cínico.
— Sei o que fizeram. Uma antiga brincadeira de gêmeos, mas que costuma funcionar muito bem. Vocês foram primorosas, certamente. Trocam de personalidade num piscar de olhos.
— Não me orgulho do que fiz, mas...
— Divertiu-se, Anahi? Gostou de me fazer de idiota? Achou engraçado quando não pude mais me controlar, quando decidi me deitar com você?


— Eu não queria que isso acontecesse! Precisa acreditar em mim!
— Não acredito em nada do que você diz. Como poderia, depois de tudo o que você fez?
— Não queria magoá-lo.
— Magoar? — Ele a fitou com altivez. — Teria que se esforçar muito para conseguir isso, Anahi. Estou acostumado a mulheres como você, sei me proteger. — Abriu a porta, indicando que ela deveria sair. — Você tem até amanhã para sair de minha casa. Mando os papéis de divórcio depois.
O choque deixara Anahi imóvel, as pernas recusando-se a dar um passo sequer.
— Não ouviu? — ele perguntou.
— Quero ver Geórgia com freqüência — Anahi respondeu, tentando conter as lágrimas.
— Isso depende da mãe dela.
— Angel não se importa com Geórgia. Só se preocupa consigo mesma. Ela bateu em Geórgia. E fará isso novamente, como minha mãe fazia.
— Sua irmã é a mãe de Geórgia, portanto é a guardiã legal. Você não tem o poder de interferir.
— Nem você — Anahi retrucou.
— Garanto que sua irmã e eu chegaremos a um acordo satisfatório.
— Desde que ofereça muito dinheiro, Angel ficará satisfeita — ela respondeu com amargura. — Mas pense duas vezes antes de deixá-la sozinha com Geórgia. Ela não é confiável.
— E você é? — ele debochou. —Você, que mentiu para mim o tempo inteiro? Como posso acreditar no que você diz?
— Quero o melhor para Geórgia. Esta foi a minha motivação. Não importa se não acredita em mim; isso não muda nada.
Alfonso a fitou brevemente.
— Prefiro não vê-la novamente. Um carro a levará ao aeroporto amanhã.
Anahi percebeu que fora vencida.
Passou por Alfonso sem deixar que ele visse o quanto estava abalada. Assumiu uma expressão indiferente, os ombros eretos e a cabeça erguida.
Quando chegou ao quarto, já não podia mais conter as lágrimas. Jogou-se na cama e chorou até ficar de olhos inchados. Após alguns minutos, levantou-se e guardou algumas coisas dentro da bolsa. Entrou de mansinho no quarto de Geórgia e tocou o rostinho da menina.


— Adeus, querida. Nunca me esquecerei de você. Faria qualquer coisa para continuar ao seu lado, mas Alfonso... — Ela mordeu o lábio. — Alfonso não me quer. — Conteve um soluço. — Mas ele te ama, querida. Ama muito. Sei que será um pai maravilhoso. Sinto isso no fundo do coração.
Anahi fechou a porta bem devagar e desceu a escada silenciosamente, saindo da casa e da vida de Alfonso.
Alfonso voltou ao salon, onde Angel se servia um copo de seu melhor brandy. Ela exibiu um sorriso sedutor e ergueu o copo num brinde.
— Esclareceu as coisas, Alfonso? Ela confessou? Alfonso apertou os lábios, passando distraidamente a mão pelos cabelos.
— Ela sempre teve inveja de mim — Angel continuou. — Sempre tive namorados, mas ninguém olhava duas vezes para ela. É tímida demais. Patético, não acha? E ainda é virgem, caso você não tenha cuidado disso. E com 24 anos! Pode acreditar?
Alfonso congelou.
Angel sentou-se e cruzou as pernas, observando Alfonso especulativamente.
— Então quer ficar com Geórgia? Ele finalmente recuperou a voz.
— Sim.
Ela o fitou através dos olhos semicerrados, produzindo um ruído característico ao deslizar o dedo pela borda do copo.
— Não posso oferecer a ela o mesmo que você. — Angel fez beicinho. — Mas se quer adotá-la... bem... — Ela sorriu. — Fico fora do caminho pelo preço certo, por assim dizer.
— Diga seu preço. Angel pediu um valor que teria deixado Alfonso chocado caso as circunstâncias fossem diferentes.
— A papelada será preparada pela manhã. Angel descruzou e cruzou novamente as pernas, um sorrisinho no rosto.
— Por que não me dá um adiantamento? Preciso encontrar um lugar para ficar... A não ser que tenha uma cama para me oferecer...
Alfonso forçou um sorriso educado.
— Quanto? — perguntou, pegando a carteira. Ela se levantou do sofá e tomou o maço de notas que ele oferecia. Então deslizou os dedos pela camisa dele.
— Sabia que você é mais bonzinho que seu irmão? Ele não queria me dar mais nada nos últimos tempos.


Alfonso afastou a mão dela.
— Ele lhe deu uma filha. Angel fez beicinho novamente.
— Eu nunca a quis. Só a tive por insistência de Anahi.
Alfonso queria atirá-la porta afora. Mal acreditava que duas irmãs gêmeas pudessem ser tão diferentes.
— Chamarei um táxi — ele disse, aproximando-se do telefone.
— Tem certeza de que não quer companhia? — Ela deu uma piscadela enquanto deslizava a mão sedutoramente pelo quadril.
— Não. — Ele abriu a porta para ela. — Quero vê-la fora daqui.
Assim que Angel partiu, Alfonso foi procurar Anahi, ensaiando um pedido de desculpas na cabeça. Como fora capaz de julgá-la tão mal? Claro que Anahi faria qualquer coisa para proteger Geórgia de uma mãe daquelas.
Como não adivinhara? Ela era completamente diferente de Angel. Era leal, devotada, abnegada, tímida e — Alfonso engoliu em seco — fora virgem.
— Anahi? — Bateu na porta, mas não houve resposta. Entrou no quarto e viu algumas peças de roupa espalhadas sobre a cama. — Anahi! — chamou ainda mais alto ao entrar no quarto de bebê, fazendo com que a porta batesse na parede.
Geórgia acordou assustada e começou a chorar, os soluços arrancando Alfonso daquele torpor momentâneo.
— Ei, calma, pequenina — murmurou ao pegá-la no colo, afagando-lhe as costas enquanto saía para procurar Anahi pelo resto da casa.
Geórgia parecia inconsolável, chorava cada vez mais alto, como se também sentisse o pânico que ele estava sentindo.
— Não chore — Alfonso implorou enquanto vasculhava o andar de baixo. — Vamos encontrá-la, não se preocupe. Precisamos encontrá-la.
Depois de vinte minutos, deu-se por vencido. Anahi tinha desaparecido. E agora ele estava com um bebê nos braços — um bebê muito descontente — que chorava por aquela que considerava sua mãe.



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Autor(a): leeh01

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Anahi já estava na casa de Elizabeth há uma semana. Mal saía do quarto, os olhos vermelhos de tanto chorar, tornando-se visivelmente mais magra a cada dia. Elizabeth se sentou na beirada da cama, parecendo preocupada. — Vamos, Anahi. Não pode continuar assim. Procure por ele e diga o que sente. Vi no jornal de ontem que ele está na ci ...


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Comentários do Capítulo:

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  • ponchoyany Postado em 01/11/2014 - 19:55:00

    Amei a história, fiquei tão envolvida que já li tudo.bjs

  • leeh01 Postado em 31/10/2014 - 22:18:47

    Oiie, seja bem vinda.. espero q vc goste da Web beijoos

  • beca Postado em 31/10/2014 - 10:13:56

    Oi leitora nova...adorei a introdução...vou começar a ler

  • leeh01 Postado em 31/10/2014 - 07:49:31

    Aque boom que vc gostou Linda *-*, fico feliz .. ela da nojinho msm kkk' Beijos

  • daninha_ponny Postado em 31/10/2014 - 01:13:50

    nossa acabei de ler a web agora eu simplesmente amei,essa angel me deu nojo do começo ao fim,mas fora isso foi perfeita amo web d gêmeas e tal bjs


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