Fanfics Brasil - Capitulo III Romance Proibido

Fanfic: Romance Proibido | Tema: Rebelde


Capítulo: Capitulo III

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Alfonso ria por dentro diante da exibição de autoconfiança. Ela era exatamente como André descrevera: agora uma menina amuada, uma ninfa furiosa no instante seguinte. Era uma combinação inebriante, precisava admitir, mas se André não conseguira conter o desejo, por mais breve que tivesse sido o caso, Alfonso sabia que não corria o risco de perder o controle. Anahi Portilla era o exato oposto do que procurava numa companheira.
Odiava mulheres que não tinham nada melhor a fazer do que se enfeitar na esperança de atrair um marido rico. Vivera cercado delas na maior parte da vida.
A Srta. Portilla estava se iludindo se achava que ele sucumbiria ao seu charme.
— Não sou como meu irmão, Srta. Portilla — informou com frieza. — Meus gostos são mais refinados.
Anahi queria arrancar aquele sorriso afetado do rosto dele, mas sabia que provavelmente sofreria conseqüências desagradáveis. Cerrou os punhos e o encarou.
— Posso fazê-lo engolir estas palavras. Notei como me olha desde que abri aquela porta.
— Admito que estava intrigado por saber o que levou meu irmão a ser tão incauto. — Os olhos se demoraram nos seios dela. — Mas garanto que não tenho apetite por mulheres vazias como você.
Anahi recobrou o controle com dificuldade.
— Suponho que o arranjo que propôs o deixa livre para se envolver com quem quiser, quando quiser.
— Prometo ser discreto.
— E eu? Posso me favorecer deste arranjo também?


Alfonso não respondeu de imediato, mas Anahi quase podia ouvir o cérebro dele remoendo a questão.
— Não.
— Não?
Ele meneou a cabeça lentamente.
— Claro que não.
— Não pode estar falando sério. — Ela ergueu as sobrancelhas novamente.
— Incrivelmente sério. — Alfonso respondeu, cruzando os braços.
— Espera que eu concorde? O que ganho com um acordo desses?
— Ficará com sua filha e ganhará de brinde um marido rico.
Anahi bufou ultrajada.
— Pensei que homens como você tivessem morrido junto com os dinossauros. Acho que me enganei. Como andam as coisas no Planeta Chauvinismo ultimamente?
— Não sou chauvinista por natureza, mas um pouco de celibato fará com que se concentre nas suas responsabilidades como mãe.
Anahi deixou escapar uma risada irônica. Diferente da irmã, que tinha perdido a virgindade aos 14 anos, Anahi era tecnicamente virgem. Tecnicamente porque acreditava que toda mulher moderna tinha o direito de explorar o próprio corpo e descobrir como ele funcionava, embora ainda se perguntasse o motivo para tanto estardalhaço. Concluíra que era uma daquelas raras mulheres com pouco impulso sexual. Mas não era por isso que deixaria que Alfonso conseguisse as coisas ao seu modo. Ele já a considerava uma verdadeira prostituta, e um pedacinho dela se divertia por encorajá-lo a continuar pensando assim.
— Acha engraçada a perspectiva de agir com responsabilidade? — A voz estava repleta de desprezo:
Anahi enrolou uma mecha de cabelo no dedo, esperando que ele não notasse a unha roída enquanto imitava outra das poses sedutoras da irmã.
— Você me faz rir, Sr. Herrera. Essa conversa de celibato é hilária.
A raiva tomou brevemente o rosto dele. Anahi viu que Alfonso cerrava os punhos, como se para não agarrá-la.


Uma estranha sensação lhe surgiu entre as coxas ao pensar naquele homem tocando-a. Começou a imaginar a sensação da boca firme e reprovadora contra a sua, a língua arrogante duelando com a dela. Sentiu os seios formigando e, quase sem perceber, umedeceu de leve os lábios.
Alfonso sentiu um súbito desejo. Tentou controlá-lo, aborrecido por não ser capaz de resistir a Anahi, que lhe afetava profundamente. Ela realmente exalava sensualidade, os olhos cinzentos e a boca carnuda fazendo sua pele se arrepiar.
Decidiu fazer um acordo com ela, mesmo que isso fosse como dar um tiro no próprio pé.
— Como você não parece disposta a concordar com meus termos, farei uma pequena concessão. Pelo período de um mês após o casamento, nós dois ficaremos em celibato. Que tal?
Ela fez beicinho, como se considerasse a idéia.
— Um mês? Huumm... Acho que consigo.
Alfonso ficou carrancudo, e Anahi exibiu outro sorriso sexy.
— Não mais do que isso, senão ficarei louca. Mas pelo que ouvi falar de você... — Ela o examinou dos pés à cabeça, como se o despisse de cada peça — ...talvez sinta o mesmo.
— Creio que posso me controlar.
— Então devo presumir que não tem nenhuma amante no momento? — Ela lhe lançou um olhar sedutor.
— Não estou íntimo de ninguém atualmente. Anahi não pôde deixar de imaginar como devia ser bom estar íntima dele. Alfonso era estonteante, mesmo que admitir isso a aborrecesse. Era inacreditavelmente bonito, os hipnotizantes olhos escuros prometiam paixão. A boca revelava desprezo no momento, mas não duvidava do quanto seria persuasiva caso Alfonso a beijasse.
Um gritinho de protesto veio do carrinho quando Geórgia subitamente se remexeu em seu sono.
Alfonso olhou para o carrinho, a voz baixa cheia de preocupação.
— Ela está bem?


Exibindo um olhar de "olha só o que você fez", Anahi foi acalmar a sobrinha. O choramingo parou assim que ela tocou as perninhas de Geórgia, os afagos fazendo a menina voltar a dormir em poucos minutos.
Anahi sabia que Alfonso a observava a distância, sem dúvida avaliando suas habilidades maternais.
Assim que o bebê adormeceu completamente, Anahi encarou Alfonso com a maior tranqüilidade possível.
— Disse que quer casar em duas semanas. Por que a pressa?
— Meu pai está em estágio terminal. Ele deseja ver a neta antes de morrer.
— Duas semanas é um curto espaço de tempo. — Anahi mordeu o lábio disfarçadamente.
— Cuidarei de todos os detalhes. Você só precisa aparecer no cartório.
Anahi sabia que era patético sentir-se desapontada, mas se o destino a forçasse a continuar com a farsa, seu sonho de casar-se num belo vestido branco estaria perdido para sempre.
— E o vestido? — perguntou, tentando não pensar nos motivos que levavam Alfonso Herrera a casar-se com ela.
— Não me importa o que irá vestir. No entanto, acho que seria muito impróprio de sua parte vestir branco. — Alfonso relanceou o carrinho. — Não concorda?
Ela sustentou o olhar dele o quanto pôde.
— Gosto de usar branco. Cai bem em mim. Alfonso estava certo de que ela ficaria deslumbrante até vestida de freira.
— Vista o que quiser; a cerimônia só dura alguns minutos mesmo. Meu advogado cuidará dos papéis. — Dirigiu-se à porta, lançando a Anahi um olhar de advertência. — Lembre que se quebrar o acordo, não terei outra escolha senão tirar Geórgia permanentemente de sua custódia. Não pense que não posso fazer isso, pois garanto que posso. E o farei se necessário.
Anahi gostaria de revidar a ameaça, mas era desolador pensar na perda da sobrinha. Bastaria Alfonso ver as marcas no peito de Geórgia para que tudo acabasse agora mesmo.


Só esperava que, com o tempo, Alfonso percebesse o quanto ela amava a menina. Mas o que ele faria se descobrisse a verdade?
— Não quebrarei o acordo.
— Imagino que não. — Os olhos dele exibiam cautela. — E, claro, lhe darei uma mesada enquanto durar nosso casamento.
Anahi ficou tensa, não conseguia encontrar a voz.
— Pergunto-me o que fará com tanto dinheiro para gastar — ele comentou em tom de insulto.
Anahi deu de ombros, como a irmã costumava fazer.
— Compras, compras e mais compras, provavelmente.
Os lábios de Alfonso exibiam desagrado.
— Já trabalhou alguma vez na vida?
— Trabalhar? — Ela torceu o nariz repugnada. — Por que trabalhar se posso me divertir?
— Você me enoja. Mal acredito que conseguiu afastar meu irmão de Daniela. Ela adiou o casamento por sua causa. Se não fosse você, André...
— É típico culpar a amante — Anahi retrucou furiosa em favor da irmã. — Ele não era obrigado a dormir comigo; poderia ter dito não.
— Você o perseguiu por meses. André me contou como você era insistente, como foi impossível mantê-la afastada.
— Pois ele se divertiu bastante. Aposto que você se divertiria também.
— Sinto desapontá-la, mas isso não acontecerá. Conhece as regras. Se andar fora da linha, usarei todas as armas ao meu dispor.
Anahi podia bem acreditar. Alfonso devia ter cartas na manga. Só teria duas semanas para pensar numa saída, e se esforçaria ao máximo, pois estava ficando bem claro que seu oponente tinha a vantagem.
— Seus parentes estarão presentes na cerimônia? — ela perguntou na tentativa de esconder a inquietação.
— Não, meu pai não pode viajar, e minha mãe... — Ele hesitou antes de continuar: — Ela morreu anos atrás.
Anahi não deixou de sentir certa compaixão pelo pai dele, que sofrerá um golpe duplo ao perder o filho e a esposa. Alfonso devia estar sofrendo muito também, por isso a raiva que sentia diminuiu um pouco.


— Deve ter sido muito difícil para todos vocês — disse gentilmente.
Alfonso a encarou com desgosto.
— Como ousa demonstrar simpatia? Se não fosse você, meu irmão estaria vivo!
Anahi ficou estarrecida. Isto estava se tornando um pesadelo. O que ele estava insinuando?
— E uma acusação muito grave — ela conseguiu dizer. — Que provas você têm?
— Você foi a última pessoa a ver André antes que ele fosse buscar Daniela no aeroporto.
Anahi desconhecia este pequeno detalhe.
— E daí? — Tentou soar despreocupada, embora seu estômago estivesse se revirando de consternação.
— Era compreensível que Daniela ainda estivesse perturbada. Queria adiar o casamento, mas André garantiu que o caso de vocês tinha terminado. Ela sabia do bebê, que foi motivo de grande desentendimento entre eles. Daniela temia que isso voltasse a aproximar vocês dois. Ela não morreu na hora, ainda teve chance de me contar que André estava muito agitado, certamente por causa da sua visita na noite anterior. Ele não conseguiu dormir depois de ouvir suas exigências descabidas, estava completamente desconcentrado. Um caminhão ultrapassou o sinal vermelho, e André não conseguiu reagir a tempo de evitar a colisão.
— E a culpa é minha? — Anahi perguntou. — Eu não estava dirigindo o caminhão!
— Mas é como se você estivesse. André estava profundamente envergonhado por ter se envolvido com você. Isso quase destruiu seu relacionamento com Daniela.
— Ele deveria ter pensado nas conseqüências antes de me assediar — ela retrucou.
— Não está invertendo as coisas? — Alfonso perguntou com um lampejo nos olhos. — Não era André quem estava nu na cama do hotel naquela primeira noite... Era você.
Anahi tentou disfarçar o espanto. Desconhecia muita coisa e, quanto mais se envolvia na farsa, mais difícil se tornava manter o disfarce. Angel não lhe contara praticamente nada, o que significava que teria de mentir para escapar daquele campo minado


E daí? — Ela reassumiu o tom casual. — Ele poderia ter dito não.
— Poucos homens diriam não a tão grande tentação — respondeu, o olhar vagando sobre ela novamente.
Anahi inclinou a cabeça de maneira provocante.
— Então se admite tentado?
Alfonso se aproximou dela, a expressão cheia de ódio.
Os olhos a fulminavam, como se ele mal pudesse controlar a própria raiva.
— Pode ter o corpo de uma deusa e o rosto de um anjo, mas não a tocaria nem que minha vida dependesse disso — ele afirmou.
Tendo seu orgulho feminino insultado, Anahi ergueu mais o queixo, os olhos emitindo um desafio imprudente. Como ele ousava repudiá-la com tanta presunção?
— Quer apostar, garotão? É mais fácil falar do que fazer.
Alfonso apertou tanto a boca que os lábios ficaram quase brancos. Anahi percebia que tinha exagerado, mas era tarde demais para recuar.
— Muito bem. Aceito a aposta. Se durante o casamento eu a tocar de maneira que não seja fortuita, você ganha. Dobrarei sua mesada na hora.
Anahi percebeu que Angel teria perguntado quanto ele pretendia lhe dar.
— E... quanto pretende me pagar?
— Muito mais do que você vale, garanto.
Os olhos dela brilharam de ódio ao ouvir a ofensa. Sentia a raiva se espalhando por cada célula de seu corpo
— É o que veremos — disse no tom confiante de Angel, o sorriso sedutor escondendo o quanto seus dentes rangiam.
O pequeno sorriso que surgiu nos lábios dele era uma mistura de zombaria e desafio.
— Vá em frente, Srta. Portilla. Faça-me perder. Antes que Anahi pudesse pensar numa resposta,
Alfonso abriu a porta e saiu.
Ela ficou olhando para a porta, completamente em pânico, a cabeça doendo, as pernas tremendo ao pensar no que tinha feito


Apoiou-se no braço do velho sofá, o cérebro tentando encontrar uma maneira de escapar daquela situação.
Se Angel não reaparecesse, Anahi teria de manter a farsa enquanto fosse necessário. Que escolha tinha? Geórgia precisava dela. Não podia desapontá-la.
Duas semanas...
Estremeceu ao pensar em Alfonso. Ele era a personificação da crueldade e do poder; estava acostumado a pagar para que os obstáculos fossem removidos de seu caminho.
Anahi assustou-se quando o telefone tocou na mesinha ao lado. Esticou a mão e levou o fone ao ouvido.
— Anahi? — A voz de Angel ecoava. — Pensei em dar uma ligada. Ficarei em Cingapura por algumas horas enquanto o avião é reabastecido.
— Tem idéia do que fez? — Anahi exclamou, agarrando o fone com as duas mãos.
— Sei que não me aprova por abandonar Geórgia. Mas, francamente, não me importa. Quero...
— Quer calar a boca e me ouvir? — Anahi rebateu. — Como pôde fazer aquilo com sua própria filha? Além de abandoná-la, você a machucou!
O tom de Angel ficou mais duro.
— Olha, ela não parava de chorar depois que você saiu. Isso me deixou louca!
Anahi ficou enjoada por descobrir que aquela violência tinha acontecido debaixo de seu próprio teto.
— Ela é uma criança indefesa. Você já foi assim; não se lembra de como é ser tão vulnerável?
— Não me lembro de nada, então desista, viu? Anahi suspirou frustrada. Sua irmã ficava desmemoriada quando lhe convinha. Não havia como mudar os hábitos de toda uma vida. Só lhe restava fazer o possível para impedir que os sofrimentos de sua infância se repetissem com Geórgia.
— Alguma notícia da família de André? — Angel perguntou com a mesma casualidade com que perguntaria sobre o tempo.
— Ele veio aqui — Anahi disse entre os dentes.
— Quem?
— Você sabe quem! — Anahi quase gritava. — O próprio Alfonso Herrera.
— Imaginei que isso aconteceria.
— Como pode ser tão displicente? — Anahi berrou. — Ele acha que eu sou você!


Angel ria.
— Verdade? Que engraçado!
— Pois adivinhe... Eu não estou rindo! É melhor você voltar o quanto antes para resolver isso.
— Não vou voltar. Bryce está esperando por mim em Los Angeles. Por que não diz logo quem você é e acaba com o problema?
Anahi bufou.
— Por que ele quer Geórgia, é por isso.
— Agora? — O tom meloso de Angel irritava Anahi. — Então a foto cumpriu seu papel.
— Do que está falando?
Anahi ouviu o som das longas unhas postiças da irmã batendo contra alguma superfície, como se ela estivesse planejando algo.
— Ele terá que pagar, lógico, mas é o melhor lugar para ela. Imagine o quanto será rica quando crescer, toda uma família de banqueiros bilionários para a qual pedir alguns empréstimos.
— Não acredito na sua falta de sentimentos — Anahi a reprovava. — Sabe o que ele pretende fazer?
— O quê? — Angel soava desinteressada.
— Ele está me obrigando... obrigando você... a se casar com ele, o que terei de fazer porque você fugiu e ele não sabe, e estou atolada em mentiras, não sei se consigo levar a farsa adiante porque não sei como lidar com homens como Alfonso Herrera e ainda preciso trabalhar e arranjar uma creche e...
— Nossa! Devagar! Não entendi nada depois da parte do casamento. Como assim ele quer casar com você?
— Comigo não... com você! Ele acha que está me forçando a um casamento de conveniência.
— Conveniência?
— Ele quer adotar Geórgia e está disposto a casar comigo... com você... para conseguir.
— E você concordou? — Angel parecia surpresa.
— Ele não me deixou muita escolha — Anahi respondeu ressentida. — Ele ameaçou expô-la como mãe incompetente. A maneira como você machucou Geórgia já seria evidência suficiente. Foi pura sorte ele não ter notado...


— Quanto ele está te pagando?
Anahi rangeu os dentes pela total falta de remorso da irmã. Como Angel podia ficar mais preocupada com o dinheiro do que com a própria filha?
— Mesmo que eu passe fome, não aceitarei o dinheiro dele. Ele acha que pode me comprar, mas um playboy mimado...
— Diga que mudou de idéia — Angel a interrompeu. — Diga que quer dez milhões.
— Dez milhões? — Anahi gritou. — Eu não...
— Não seja idiota. Ele é bilionário, Anahi. Pode pedir o valor que quiser. Ele pagará.
— De jeito nenhum. Está idéia de casamento já é bem ruim. — Suspirou antes de continuar: — Além disso, fico doente só de pensar no que ele fará quando descobrir que está lidando com a pessoa errada.
— Não conte nada.
— O quê? — Anahi gritou. — Espera que eu continue com esta farsa?
— Você quer Geórgia, não quer? Esta é sua chance de ficar com ela. Na verdade, podemos agarrar algo grande se você usar as cartas certas.
Anahi ignorou o tom ambicioso da irmã gêmea.
— O que quer dizer?
Angel deu uma risadinha que a deixou inquieta.
— Está prestes a se casar com um bilionário. Terá muito dinheiro nas mãos, montes e montes de dinheiro. Andei verificando e descobri que Bryce não está no mesmo patamar de Alfonso. Mas podemos resolver isso assim que você se casar.
Anahi livrou-se do nó na garganta.
— Angel, não posso me casar com Alfonso Herrera! Seria ilegal!


— Quem vai saber? — Angel respondeu animada. — Não contei a André que tinha uma irmã gêmea, então Alfonso dificilmente descobrirá. Só se você contar ou se ele nos vir juntas, o que será difícil já que estarei do outro lado do globo. Não, quanto mais penso, melhor me parece a idéia. Nós duas temos a ganhar. Você fica com Geórgia e eu recebo uma renda regular do seu marido ricaço.
Anahi entrou em pânico.
— Angel, não faça isso comigo. Não posso casar com um homem que odeia o próprio ar que eu respiro!
— Ele não te odeia, odeia a mim — Angel apontou. — De qualquer forma, talvez ele comece a gostar de você quando a conhecer melhor. Mas você precisaria usar um pouco de maquiagem e vestir outra coisa que não seja um agasalho disforme.
— Não tenho como pagar pelos retalhos de pano que você costuma usar — Anahi debochou.
— Ora, Anahi. Pense bem. É uma chance única. Você sempre quis casar e ter filhos. Do que está reclamando?
— Eu gostaria de escolher o noivo, é disso que estou reclamando! E eu queria um casamento na igreja, não um arranjo obscuro no cartório.
— Você é uma romântica incorrigível. Acha que um casamento dura mais se for realizado na igreja? Ora... Acorde para o mundo real, Anahi. Casar com um bilionário deveria compensar o vestido e a bênção do padre.
— Mas não compensa. Quero mais da vida do que um marido rico.
— Você poderia passar o resto da vida procurando amor e, a exemplo de nossa mãe, jamais encontrar. Seu eu fosse você, agarraria esta chance com as duas mãos.
— Mas eu não sou você, sou? — Anahi retrucou com frieza.
— Não. — Havia um tom de divertimento na voz de Angel. — Mas Alfonso Herrera não sabe disso, sabe?



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Autor(a): leeh01

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No dia seguinte, Anahi ligou para a biblioteca dizendo estar doente para que pudesse arranjar uma creche para Geórgia. Como não possuía carro, estava limitada a uma creche particular cujas taxas eram extorsivas. Não teve notícias de Alfonso nos dois dias seguintes. Tudo parecia tão irreal que Anahi às vezes se perguntava se n& ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • ponchoyany Postado em 01/11/2014 - 19:55:00

    Amei a história, fiquei tão envolvida que já li tudo.bjs

  • leeh01 Postado em 31/10/2014 - 22:18:47

    Oiie, seja bem vinda.. espero q vc goste da Web beijoos

  • beca Postado em 31/10/2014 - 10:13:56

    Oi leitora nova...adorei a introdução...vou começar a ler

  • leeh01 Postado em 31/10/2014 - 07:49:31

    Aque boom que vc gostou Linda *-*, fico feliz .. ela da nojinho msm kkk' Beijos

  • daninha_ponny Postado em 31/10/2014 - 01:13:50

    nossa acabei de ler a web agora eu simplesmente amei,essa angel me deu nojo do começo ao fim,mas fora isso foi perfeita amo web d gêmeas e tal bjs


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