Fanfics Brasil - CAPITULO V Romance Proibido

Fanfic: Romance Proibido | Tema: Rebelde


Capítulo: CAPITULO V

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Anahi demorou-se o quanto pôde com Geórgia no banheiro. Precisava pensar. Tanta coisa estava acontecendo, e tão rápido, que não conseguia raciocinar.
Sentia-se uma idiota por não ter pensado que pessoas como a recepcionista de Alfonso já conheciam sua irmã. Sem dúvida encontraria outros. E o pequeno deslize com a mesada... Oh, Deus! Sentia medo só de pensar em ser desmascarada.
Não queria nem pensar na reação de Alfonso.
Alfonso deixou a janela quando ela voltou ao escritório. Apesar de querer manter a calma, Anahi sentiu um frio no estômago diante da presença dele.
— Só agora percebi que Geórgia deve estar precisando de muitas coisas, como roupas e brinquedos — ele disse, tomando cuidadosamente o bebê no colo. — Tenho tempo livre agora, então podemos fazer compras se quiser.
Anahi não sabia o que responder. Geórgia estava realmente precisando de roupas porque estava crescendo muito rápido, mas fazer compras com Alfonso como se fossem um casal normal...?
Fingiu arrumar a sacola de fraldas para evitar olhar diretamente para ele, pensando em alguma desculpa.
— Já que suas roupas são de grife, será que sua filha não merece o mesmo? — Havia um tom acusador na voz.
Anahi estava tensa ao fechar a bolsa. Escolhera o que havia de mais conservador nas roupas deixadas por Angel, nunca imaginara que fosse algo de grife.
— Esta coisa velha? — resmungou, olhando a roupa com desdém.
Alfonso sorriu.
— Você deve vestir a roupa uma vez e atirá-la no fundo do guarda-roupa.
Anahi quase riu da verdade contida naquelas palavras. Poderia ter comprado algo de grife para si mesma se ganhasse um dólar por cada peça de roupa que recolhia do chão depois das noitadas de Angel.
Jogou os cabelos para trás e sorriu maliciosamente.
— É minha culpa se me enjôo rápido?


 — Sabe de uma coisa, Anahi Portilla? — Ele lhe lançou um olhar incisivo. — Estou ficando ansioso para me casar só para lhe ensinar a se comportar. Você é a mulher mais fútil que já conheci. Será um grande prazer lhe dar uma lição que já deveria ter aprendido há muito tempo.
Anahi fingiu tremer.
— Oh! Estou tão assustada, Sr. Herrera. Os olhos dele brilharam de desprezo.
— Se eu não estivesse com Geórgia no colo, começaria a lhe dar uma lição neste exato momento.
Os olhos de Anahi faiscaram, presunçosos.
— Se encostar um dedo em mim, vai se arrepender.
— Valeria a pena, garanto — ele retrucou.
— Você acha? — Ela ergueu o queixo. — Seu irmão pensava assim também.
Anahi sabia que só se salvara pelo fato de Geórgia estar nos braços dele. As pequenas mãozinhas estavam agarradas à camisa branca, o rostinho concentrado em Alfonso, como se estivesse maravilhada.
A expressão do rosto dele revelava o quanto ele lutava para manter a calma.
O interfone sobre a escrivaninha quebrou o tenso silêncio.
— Sr. Herrera? — A voz agradável de Katrina invadiu a sala. — Seu pai na linha dois.
Alfonso devolveu Geórgia para Anahi sem a olhar nos olhos.
— Com licença. — Virou-se para atender ao telefone.
Anahi pegava o canguru quando ouviu as primeiras palavras da conversa. Mesmo que Alfonso falasse sua língua nativa rapidamente, ela tinha estudado o suficiente para entender o ponto principal da conversa.
— Sim — Alfonso disse. — Encontrei uma solução. Casarei com ela no dia 15.
Anahi não podia ouvir a resposta do pai, mas pôde imaginar a partir das respostas de Alfonso.
— Não, ela diz que não quer dinheiro ou qualquer um dos bens de André... Acho que ela está tentando fingir que está mudada... Sim, providenciei uma mesada, mas duvido que isto baste por muito tempo... Sim, sei que ela é tudo que André dizia ser... Eu sei, eu sei... é uma mulherzinha sem princípios...


Foi difícil para Anahi esconder qualquer reação. Fumegava de raiva e, enquanto acomodava Geórgia no canguru, prometeu vingar-se do insulto.
— Sim... eu sei, tomarei cuidado... Ciao. Anahi sorriu inocentemente ao se virar para ele.
— Então, onde faremos compras?
Pouco tempo depois, enquanto passavam por lojas de departamento e butiques exclusivas, Anahi se perguntava se tinha caído numa espécie de sonho consumista. O cartão de crédito de Alfonso foi utilizado tantas vezes que deixou Anahi abismada com a quantidade de dinheiro que Alfonso gastava comprando coisas e mais coisas para a sobrinha. Belas roupas, brinquedos caros, copos infantis para quando Geórgia deixasse a mamadeira... Tudo para ser entregue no escritório dele. j
Quando foi hora de Geórgia comer, Alfonso sugeriu entrarem num café para que comessem algo enquanto cuidavam da menina.
Se não estivesse tão faminta, Anahi teria recusado a sugestão. Não comera nada de manhã por causa da choradeira de Geórgia, e seu estômago começava a reclamar.
Logo a mamadeira foi aquecida e entregue por uma jovem garçonete. Anahi estava prestes a oferecer a mamadeira à sobrinha quando viu a maneira como Alfonso a olhava.
— Quer dar a mamadeira? — perguntou. Alfonso hesitou brevemente.
— Claro, por que não? — ele enfim respondeu. Ver como Alfonso segurava Geórgia causou uma sensação estranha em Anahi. Ela se remexeu na cadeira e olhou o cardápio que a garçonete deixara na mesa, mas as palavras pareciam borradas, pois seus pensamentos disparavam para todas as direções.
Alfonso cuidava da sobrinha com tanta tranqüilidade que fez Anahi imaginar se um dia ele desejara ter seus próprios filhos. Se fosse o caso, por que se prender a um casamento de conveniência?
Anahi sabia que os italianos valorizavam muito a família. Mas se casar com uma estranha, mesmo sendo mãe de sua sobrinha, não era levar os deveres familiares longe demais?


Talvez ele anulasse o casamento no futuro e exigisse a custódia de Geórgia. Era uma idéia inquietante, mas Anahi não teria chances quando sua verdadeira identidade fosse descoberta. Seria considerada uma mentirosa, e nenhum juiz lhe concederia nem mesmo visitas à sobrinha.
A fome desapareceu subitamente. Anahi afastou o cardápio, dando de ombros.
— Não está com fome? — Alfonso perguntou.
— Só quero um café. — Ela desviou o olhar.
— Preto.
A garçonete veio anotar o pedido, aproveitando para dar uma olhadinha no bebê que já tinha terminado sua mamadeira.
— Qual a idade dela? — a moça perguntou.
— Quatro meses — Anahi respondeu.
A garçonete sorriu enquanto olhava do bebê para Alfonso.
— Ela se parece com pai, não?
Anahi estava prestes a dizer que Alfonso não era o pai de Geórgia, mas mudou de idéia no último minuto.
— Sim — respondeu, espantada por não ter percebido a semelhança antes.
A garçonete foi buscar o café, e Anahi ficou observando Alfonso colocar Geórgia para arrotar como se tivesse feito isso milhares de vezes.
— Nunca pensou em ter seus próprios filhos? — perguntou sem pensar.
A expressão de Alfonso revelava pouca coisa, mas Anahi tinha certeza de ter visto uma ponta de arrependimento naqueles olhos escuros.
— Não. — Ele apoiou Geórgia no outro ombro.
— Não planejava me casar e constituir família.
A resposta a deixou intrigada. Sabia da existência de vários solteirões declarados, mas Alfonso não parecia um deles.
— Este casamento foi idéia de seu pai? Alfonso firmou os olhos nos dela.
— Por que diz isso?
Anahi brincava com a ponta da toalha de mesa, evitando os olhos dele.
— Um palpite, acho. Ouvi dizer que italianos se preocupam muito com crianças.
— Suponho que foi por isso que mandou aquela carta, para dar o golpe final — ele disse, inclinando-se sobre a mesa para que outras pessoas não ouvissem a acusação. —Não pensou no quanto estava magoando um idoso que mal consegue lidar com a própria dor?


Anahi gostaria de poder contar a verdade. Ficava magoada por Alfonso pensar assim dela, quando na verdade a culpada era a irmã.
— Não. — Ela largou a ponta da toalha e ergueu os olhos. — Não, foi muito insensível de minha parte. Sinto muito.
A resposta pareceu surpreendê-lo. Até ela ficaria surpresa ouvindo uma coisa dessas saindo da boca de Angel. Não lembrava da irmã se desculpando por coisa alguma. "Sinto muito" não estava no vocabulário dela.
— Às vezes isso não basta — Alfonso disse, recostando-se novamente na cadeira, acomodando Geórgia melhor no ombro. — Uma vez que o mal está feito, não há como voltar atrás.
Anahi sentiu-se enjoada pela verdade daquela curta frase. Quanto estrago já não tinha causado com as mentiras que vinha contando por causa da irmã?
— Sim, eu sei. Acho que estava muito confusa na época... Mal sabia o que estava fazendo.
O silêncio era quebrado apenas pelos murmúrios de Geórgia, que tinha descoberto o bolso da camisa de Alfonso, os dedinhos puxando o tecido com animação.
— Tentou pegar meu irmão numa armadilha, não foi? Usando o truque mais velho que existe.
Queria poder negar, mas isso seria outra mentira. A irmã decidira agarrar André Herrera de qualquer jeito. Anahi ficara chocada quando Angel revelou o plano, comentado como estragara toda uma caixa de preservativos para engravidar como se tudo não passasse de um jogo. Anahi ainda se sentia culpada por não ter conseguido convencer a irmã a desistir. Talvez se tivesse passado mais tempo com ela, se a tivesse aconselhado a pensar melhor nas conseqüências...
— Foi uma atitude impulsiva... — ela murmurou, olhos voltados para o chão. — Não tinha idéia de que tudo se voltaria... contra mim.
A resposta surpreendeu Alfonso novamente. Anahi o fitou de relance e percebeu que o ar acusador tinha se suavizado um pouco.
— Poucos de nós passam pela vida sem arrependimentos.


Anahi sorriu com tristeza.
— Não me diga que o grande Alfonso Herrera admite ter cometido alguns erros?
Alfonso a fitou antes de se concentrar na criança quase adormecida em seus braços.
— Cometi alguns erros no passado, mas não pretendo repeti-los.
Anahi se perguntava se as mágoas de um antigo relacionamento haviam feito com ele se tornasse cauteloso quanto a qualquer comprometimento emocional. Quanto mais pensava nisso, mais a idéia se tornava provável. Que maneira melhor de evitar qualquer envolvimento do que casando por conveniência, não por amor? Poderia se relacionar com quem quisesse sem a pressão de um compromisso formal já que ela seria sua esposa. Sua esposa...
Ficou em pânico ao pensar no que aquele relacionamento acarretaria. Mesmo que Alfonso tivesse declarado veementemente que o casamento não seria consumado, estariam vivendo sob o mesmo teto e certas intimidades seriam inevitáveis.
Podia imaginá-lo numa roupa menos formal, talvez enrolado numa toalha após o banho, expondo o corpo forte...
Anahi afastou tais pensamentos da mente, o olhar culpado encontrando o olhar indagador de Alfonso.
— Algo errado?
— Não, claro que não.
— Você me parece estranha — ele comentou.
— Oh, sério? — Ela imitou um dos olhares mordazes de Angel. — E já me conhece tão bem depois de... — Conferiu a data no relógio. — Menos de uma semana?
— Já estou acostumado com tipos como você.
— Então basta conhecer uma para conhecer todas?
Alfonso sorriu cinicamente.
— Reconheço perigo quando o vejo.
— Perigo, é? — Ela sorriu com ar convencido. — Então me considera perigosa? O que o ameaça tanto? Meu sex appeal?


A boca retesada mostrou que ela marcara mais um ponto. Era irônico que ele estivesse lutando conta a atração que sentia por uma mulher que fingia ser outra pessoa. Que chances teria de atraí-lo como Anahi... a verdadeira Anahi? A Anahi sem má-reputação? A Anahi sem roupas de grife? A Anahi que corria o risco de se apaixonar por um homem que a desprezava.
— Seu ego deve ter sido bem amaciado ao longo dos anos, mas não me juntarei ao seu bando de ávidos admiradores. Se espera cumprimentos, terá de procurar em outro lugar.
Anahi ergueu as sobrancelhas.
— Mas você me acha atraente, não é? Vamos, admita.
— Mulheres como você se acham irresistíveis, mas permita-me dizer que você não é. Acha que me deixo encantar por seios fartos e olhos sedutores?
Anahi fingiu confiança.
— Posso sentir seu interesse daqui — ela murmurou. — Aposto que se eu colocasse a mão por baixo da mesa e examinasse a evidência por mim mesma, você estaria em sérias dificuldades.
Os olhos dele eram provocadores, abalando Anahi por inteiro, mas ela não recuaria. Sustentou-lhe o olhar com um desafio do qual não se julgava capaz.
Mesmo que Alfonso tentasse disfarçar, Anahi notou como ele se remexeu na cadeira, como se temesse que ela fizesse exatamente o que disse que faria. Sua mente começou a vagar.... Como seria sentir sua ereção? Ele estremeceria ao toque de seus dedos? Gemeria de prazer? — É hora de irmos. — Alfonso já estava de pé ao falar.
Geórgia resmungou com o súbito movimento, mas logo se aninhou novamente no peito do tio, os olhinhos se fechando, os dedinhos ainda agarrados ao bolso da camisa.
Anahi não se levantou com tanta pressa, demorando-se para pegar a sacola de fraldas e a própria bolsa.
— Acha melhor colocá-la no canguru? — perguntou a Alfonso


Alfonso olhou a menininha e meneou a cabeça. —Não. Eu a levo. — Olhou a conta deixada pela garçonete e acrescentou: — Nós precisamos comprar mais alguma coisa?
Foi o "nós" que mexeu com ela. Vendo-o com Geórgia no colo, não pôde deixar de lamentar as circunstâncias. Como as coisas teriam sido diferentes se tivessem se conhecido sem o peso da inconseqüência de seus irmãos. Talvez descobrissem que tinham muitas coisas em comum. Ele era o tipo de homem confiável, qualquer um notava isso, e ela... Bem, não era a farrista que ele acreditava ser. Se ele ao menos soubesse!
— Não. — Evitou os olhos dele para que não visse o brilho das lágrimas. — Acho que já temos o bastante. — Colocou as bolsas no ombro e o seguiu de cabeça baixa.
As ruas da cidade estavam tão cheias que tornavam qualquer conversa difícil e desnecessária. Anahi estava feliz pelo recolhimento. A culpa a dominava. Deveria ter sido mais firme com Angel, insistido para que assumisse suas responsabilidades. Mas desde quando Angel assumia qualquer responsabilidade? Sua política era trocar um desastre por outro, deixando que a irmã gêmea remendasse os pedaços deixados para trás. Anahi fizera o mesmo com a mãe, assumindo responsabilidades na tentativa de garantir certa segurança para todas. E de nada adiantara, pensou com tristeza. A mãe continuou bebendo e cavando o próprio túmulo, não havia nada que Anahi pudesse fazer para impedi-la.
Alfonso apertou o botão de pedestres e deu uma olhada na figura silenciosa ao seu lado enquanto esperava que a luz do semáforo mudasse.
— Ficou tão quieta de repente.
Anahi escondeu sua angústia e exibiu um sorriso vazio.


 — Só estou cansada. — Bocejou longamente. — Geórgia me acordou cedo. — Forçou outro sorriso. — Crianças: quem em sã consciência as teria?
Alfonso foi poupado de responder pela mudança no sinal. Estava claro que dinheiro era a preocupação principal de Anahi, que tratou de ficar grávida do homem mais rico que encontrou. Mas ainda era um mistério que ela não tivesse pedido uma montanha de dinheiro quando ele propôs casamento. Esperava que Anahi pedisse milhões, mesmo assim parecia ter ficado surpresa com o valor da mesada. Fingir desinteresse pelos bens de André não seria apenas uma maneira de fazer com que acreditasse que estava mudada?
Sabia que Anahi só representava problemas. Ela tinha o terrível hábito de misturar sedução e inocência, como se quisesse confundi-lo. Se André não tivesse dito o quanto ela era manipuladora, teria acreditado estar lidando com outra pessoa.
Deu uma olhada nela, percebendo o quanto parecia ansiosa.
Alfonso suspirou. Casar-se seria a parte fácil; contudo, se não fosse cuidadoso, seria difícil manter as mãos longe dela.



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Autor(a): leeh01

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Assim que Anahi percebeu que não havia mais qualquer sinal de machucado em Geórgia, decidiu voltar ao trabalho. Contudo, no dia seguinte, quando pretendia deixar a creche, sua pequena sobrinha chorou desconsoladamente no colo da funcionária, os bracinhos esticados em sua direção. — Não se preocupe, Srta. Portilla — a mulh ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • ponchoyany Postado em 01/11/2014 - 19:55:00

    Amei a história, fiquei tão envolvida que já li tudo.bjs

  • leeh01 Postado em 31/10/2014 - 22:18:47

    Oiie, seja bem vinda.. espero q vc goste da Web beijoos

  • beca Postado em 31/10/2014 - 10:13:56

    Oi leitora nova...adorei a introdução...vou começar a ler

  • leeh01 Postado em 31/10/2014 - 07:49:31

    Aque boom que vc gostou Linda *-*, fico feliz .. ela da nojinho msm kkk' Beijos

  • daninha_ponny Postado em 31/10/2014 - 01:13:50

    nossa acabei de ler a web agora eu simplesmente amei,essa angel me deu nojo do começo ao fim,mas fora isso foi perfeita amo web d gêmeas e tal bjs


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