Fanfics Brasil - 1 Fanfic Companheiros Perfeitos - Daniel

Fanfic: Fanfic Companheiros Perfeitos - Daniel | Tema: Originais


Capítulo: 1

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Daniel Pavlovitch, seus cabelos loiros quase brancos até no meio das costas e os grandes olhos azuis safiras rodeados por densos e longos cílios denunciavam sua descendência russa.


Estava trabalhando na creche Sweet Heart desde que havia retornado à cidade,há dois anos.A cidade  de Leyburn ficava no interior de Oregon, entre as montanhas rochosas, uma cidade pacata e de no máximo mil e quinhentos habitantes, povoada por shifters, em sua maioria lobos, mas havia outras espécies como raposas,que viviam na matilha com os mesmos direitos que um lobo, e os felinos que tinham seu orgulho, além de três irmãos vampiros que, após serem expulsos dos coven de nascença por serem gay, conseguiram a permissão do alfa para ficarem.


 


— Dan! — Gritou sua amiga assim que ele entrou na creche,às cinco e meia da manhã.


 


Annabelle era sua melhor amiga desde o jardim de infância, sempre animada e feliz em poder ajudar, e estava muito grávida! O pai? Ora, ele mesmo. Resultado da insistência de sua mãe, que o convenceu ambos os jovens a ter um filho, depois que ele contou que era gay.


 


"Eu já sabia desde que você tinha 16 e ficava de olho nos outros garotos quando ia mudar de forma". Foi o que sua mãe respondeu a ele quando ele contou-lhe. "Eu quero um neto de todas as maneiras. Eu te amo do jeito que você é e até já conversei com Anna e ela disse que será mãe do seu filhote!"


 


Ele já sabia que sua mãe era maluca desde que sua fantasia para o halloween era um gato, mas aquilo o pegou de surpresa. Após um ano de muita discussão ele aceitou ter um bebê com Annabelle.


 


— Como foi o médico ontem? Ele não conseguiu te convencer a ficar em casa durante o último mês de gravidez? — Perguntou já sabendo a resposta.


 


— Não, eu disse a ele, só paro de trabalhar quando eu estiver parindo! — Ela deu um daqueles grandes sorrisos premiados que se encaixavam perfeitamente com suas maçãs do rosto com sardas e sua cabeleira ruiva. — De acordo com ele provavelmente será em três semanas...


 


— E então nós seremos mamãe e papai... — Daniel deu um suspiro emocionado e alegre, ele realmente adorava crianças.


 


— Bem, quanto a isso, lembre-se que... — Ela lhe encarou seriamente. — Depois que o bebê nascer estarei indo para o norte de Washington, para a matilha do meu companheiro...


 


— Ah, é verdade! — Daniel suspirou um pouco entristecido. Amava o fato de sua amiga ter achado seu companheiro destinado, mas odiava o fato dela ter que se mudar.


 


Foi logo após essa frase que a primeira criança do dia chegou, era Ryan, um garoto com sobrepeso, de cabelos castanhos, que assim que passou pela porta correu para o quarto com brinquedos.Em questão de uma hora as salas estavam cheias de crianças. Annabelle cuidava da recepção e Daniel era responsável pela sala de 5 e 6 anos.


 


Ao entrar, pôde ver algumas crianças jogando vídeo-game, outras brincando com bonecas. Após correr os olhos na sala, seu olhar caiu sobre Noah que brincava com o lego.Aproximou-se e sentou ao lado dele.


 


— Ei, Noah! — Chamou a atenção do menino. O pequeno que detinha grandes olhos esmeraldas e cabelo negro azulado olhou para o alto, não muito por que Daniel tinha vergonhosos 1,66m.


 


— Olá,Dan!. – Disse o menino com a voz suave.


 


O loiro não contaria para ninguém, mas tinha certeza que Noah era um ômega, assim como ele, entretanto é impossível ter certeza até que o menino completasse dezesseis anos.


 


Ele compadecia da criança, era terrível ser um ômega na opinião de Daniel. Era predestinado viver escoltado por soldados do alfa, ou pior, trancafiado na mansão do mesmo, para sua própria segurança. Afinal ômegas, um tipo especial de lobo, eram muito raros e poderosos, pequenos na estatura, mas detinham poderes paranormais.


 


Daniel era telecinese e telepatia, sem contar que podiam acalmar com facilidade os ânimos das pessoas em volta.


 


Entre esses motivos e outros que os Ômegas deviam ser fortemente protegidos, pois poderiam ser sequestrados por outras matilhas, principalmente por aquelas que não tinham os seus próprios.


 


O jovem dos olhos azuis sabia que era um ômega desde antes de seus dezesseis anos, e começou a trabalhar técnicas de ocultação de cheiro, assim os outros nunca percebiam o que ele era. Até agora, a única pessoa que sabia de seu status era sua mãe, nem mesmo para sua melhor amiga tinha contado. Não que deixasse de confiar nela, mas quanto menos pessoas soubessem, melhor seria.


 


— Ai! — Reclamou quando chutaram uma bola em sua direção. — Andrew!


 


Andrew era o irmão gêmeo de Noah, ambos eram filhos do alfa da matilha, homem o qual Daniel evitava a todo o custo  nos últimos anos, e havia se saído muito bem.


 


Os gêmeos eram idênticos, mesmo que fossem pólos opostos. Eles somente eram diferenciados por causa de seus cortes de cabelo. Enquanto Noah tinha os cabelos um tanto compridos e bagunçados, Andrew o tinha curto e espetado com gel.


 


— Venha aqui, seu hiperativo! — Daniel saltou e começou a correr atrás do menino que sempre lhe trazia encrencas.


 


O pequeno Noah era calmo, obediente e reservado, o perfil de um ômega, Andrew era um hiperativo, mandão e sociável, fazia amizades rapidamente e era sempre o líder, basicamente, para Daniel, tinha futuro alfa escrito na testa.


 


Após várias horas se dividindo entre perseguições a Andrew, conversando com Noah e cuidando das outras crianças, elas começaram aos poucos a irem embora.


 


— Pavlovitch, eu estou indo! — Disse sua assistente de sala, Maggie. Annabelle tinha indo há algumas horas, pois se sentia um pouco indisposta.


 


— Pode ir, eu ficarei com esses dois até que o Beta Cameron venha buscá-los.



 


–oo0oo-


 


Na maior casa da cidade estava o Alfa Alex Shepard. O mesmo tinha dispensado ambos os Betas por hoje, dizendo que iria cuidar do resto das papeladas sozinho e depois pegaria as crianças na creche.


 


O grande homem de cabelos negros sentado na cadeira de couro atrás da mesa e com a cabeça deitada em cima dos braços sobre esta, odiava papeladas, deixavam-lhe tonto e sonolento.


 


Ser um alfa não era fácil, mas ele assumiu o posto alguns anos após vencer o antigo líder. O homem era justo seu tio, um cara levando pela ganância. Todos sofriam sob suas decisões, até que ele resolveu comercializar as crianças para as outras matilhas. Alex não suportou mais essa, e desafiou seu tio. No final, ele saiu vitorioso, e há quase quinze anos conduzia a matilha.


 


Sua cabeça escorregou e bateu a testa na mesa, despertando, esfregou os olhos verdes com riscos dourados olhou para o relógio já passavam das sete horas e a creche fechava às cinco e meia!


 


Abriu a porta do escritório correndo pegou as chaves sobre a mesa e a jaqueta atrás da porta da cozinha indo até seu SUV e partindo em direção a creche.


 


–oo0oo-


 


— Que estranho... O Beta Cameron geralmente é um dos primeiro a chegar. — Disse Daniel. — Será que algo aconteceu?


 


— Se não me engano, hoje é dia de contabilização do mês. — Disse Noah. — Devem ter ficados presos.


 


O loiro de repente notou algo escuro se movendo no canto da sala, e paralisou. Noah, curioso, também olhou na direção, e viu um de seus maiores temores. Os dois imediatamente se abraçaram e começaram a gritar, Daniel pegou o garoto no colo e subiu em uma das mesas infantis na sala.


 


— Mate-a! — Noah gritou.


 


— Por que eu? Vá você! — Respondeu o mais velho.


 


— Não se supõe que é sua responsabilidade tomar conta de mim?


 


— Sim, mas meu contrato de trabalho não incluir matar insetos asquerosos!


 


— O que houve? — Perguntou Andrew curiosamente após retornar do banheiro.


 


Os dois apontaram para o canto da sala tremendo.


 


— Uma barata! — Os dois disseram juntos.


 


— Sério? Vocês estão agindo como menininhas por causa de uma coisa pequena como essa? — Indagou pegando a bola e chutando exatamente onde estava a barata, esmagando-a com a bolada. — Viram? Fácil.


 


— Nosso herói. — Falou Daniel com um sorriso de alívio.


 


— Herói? — Perguntou Andrew segurando a barata morta pela antena e correndo na direção dos outros dois com um sorriso malvado.


 


Os outros dois começaram a gritar e correr pela sala, até que a porta abriu bruscamente e Daniel esbarrou na parede do outro lado.


 


–oo0oo-


 


Ao frear bruscamente na frente da creche e correr na direção da porta, Alex notou duas coisas. A primeira, era que todas as luzes estavam apagadas com exceção de uma sala, e a segunda coisa foi que desta sala saíam gritos que pertenciam a seu filho e a uma voz angelical.


 


Preocupado, ele acelerou o passo até a porta da recepção e em seguida para a sala com a luz acesa de onde vinham os gritos, assim que abriu a porta, algo macio e pequeno bateu contra ele.


 


— Pode parar, Andrew! — Disse a voz angelical. — Isso é muita maldade, não se deve aproveitar da fraqueza dos outros!


 


— Oi, papai! — Falaram os gêmeos.


 


— Papai? — Daniel ficou mais pálido do que já era e depois corou profundamente. — Vocês estão dizendo que parede em que eu estou encostando é o alfa? Bem, vou me trancar no banheiro até a próxima páscoa, até lá, crianças!


 


E ele andou rapidamente até o toilet.


 


Alex viu a criatura mais bela que ele já pousara seus olhos sumir. Por momentos, o grande alfa ficou atordoado. Era fraca, no entanto ele pode sentir um perfume nunca experimentado antes.


 


— Papai, algo errado? — Ao ouvir a indagação de Noah, o alfa pareceu acordar.


 


— Tudo! Quem era? — Deduziu que aquele aroma devia ser algum perfume humano, pois era fraco, mesmo sendo tão sedutor para si. Não conhecia o jovem que fugiu. Se fosse um shifter pertencente a sua matilha saberia quem era.


 


— E Dan, ele é nosso professor... Que dizer, babá... Ahahha... Não sei que termo encaixar para ele. — Andrew disse dando os ombros.


 


— Uhh! Queria agradecer por esperar até agora, mas ele parece ocupado, posso fazer outro dia. — Disse. Alex estava intrigado com aquele ser pequeno, mas tão atraente, contudo estava tarde, e seus filhos deveriam está cansado e com fome. — Vamos!?


 


— Sim! — Os dois gritaram. Eles correram para pegar suas mochilas, e depois cada um segurando a mão do pai, seguiram para fora da creche.


 


–oo0oo-


 


Parecia ridículo, ele sabia, mas situações extremas requeriam medidas extremas. Seu coração ainda pulsava em galopes.


 


Daniel ouviu ao longe o som do carro se afastando e somente assim pôde respirar um pouco mais aliviado.


 


Nessas horas que agradecia por ter aprendido ocultar seu cheiro, do contrário, sabia que o alfa notaria que ele era um Ômega... E pior, seu companheiro. Ele ainda estava abalado com a descoberta.


 


Como depois de seus 16 anos, evitou qualquer encontro com o alfa, nunca tinha descoberto que seu companheiro era justamente o alfa, e isso não poderia ser pior. Agora sim, se o outro lobo o descobrisse seria trancado em uma torre. Não ia perder sua liberdade.


 


Um pouco mais calmo Daniel saiu do banheiro. Seguiu para a sala que estava antes, e pegou fechando os inspirando aquele cheiro forte e picante. Mesmo que o outro não estivesse mais lá, ainda podia senti-lo.


 


Ele começou a imaginar como seriam as coisas, estar nos braços daquele que o destino fez para ele, mas então despertou dos sonhos, e deu um tapa em sua própria cabeça.


 


— Acorda Daniel Pavlovitch, aquele homem é o carcereiro de sua prisão, tem que ficar longe dele. — Disse para si mesmo endireitando seus ombros. Deixando qualquer ilusão de lado, ele pegou sua bolsa, e usando seu dom de Ômega apagou todas as luzes, e garantiu que tudo estivesse trancado.


 


Seguiu até seu carro, e rapidamente conduziu para casa. Era somente segunda-feira, e já estava cansado. Aquelas crianças realmente sugavam energia de qualquer um, mas ele amava seu trabalho. Sempre gostou de crianças, e depois que ser formou na faculdade de pedagogia, resolveu abrir seu próprio negocio. Ele tinha dois anos, e já seguiu bem.


 


Perdido em sua mente deu conta que tinha chegado em casa. Poderia parece estranho ele morar com sua mãe, sendo que já tinha 25 anos, mas estava confortável em ficar com ela.


 


Seu pai tinha morrido anos atrás - justo pelo antigo alfa - desde então sempre fora somente ele e sua mãe. Não queria deixá-la sozinha. Dona Amanda era teimosa, uma mulher guerreira e vivia dizendo que era crescida para cuidar de si mesmo, no entanto Daniel sabia o quanto ela ainda sofria a perda de seu companheiro.


 


Saiu do carro, ligando o alarme, e entrou em casa.


 


— Mãe?


 


— Na cozinha, querido. — Ela gritou. Daniel seguiu para o recinto, e foi direito abraçar sua mãe, e ceder um beijo em sua testa. — Demorou hoje.


 


— Demoraram pegar Noah e Drew hoje. Acabou que o Beta Camerom não foi... — Respondeu sua mãe, sentando na cadeira, e fez com que um copo de água gelada levitasse até si.


 


— Dan, pare de usar seus poderes, é arriscado filho! — Amanda zelava por seu filho. Já tinha perdido o marido, e morreria ser perdesse o filho.


 


— Mãe! Estamos somente nos dois aqui. — Falou, contudo olhar de repreensão e sua mãe o fez congela.


 


Amanda era uma mulher doce e sempre disposta em ajudar, porém igualmente sabia ser severa. Falar palavrão perto dela jamais, pois poderia literalmente lavar sua boca com sabão.


 


— Não me disse por que não foi o beta Camerom buscar os meninos.


 


— Não vai acreditar. O alfa foi buscá-lo. Quase tiver ataque de pânico, bem tiver, me escondi no banheiro como um covarde, mas passei ileso. — Disse para sua mãe que arregalou os olhos.


 


— Meu deus, Dan! Ele não percebeu? Digo, sei que tem conseguido ocultar seu cheiro, mas o alfa é um homem forte, e com toda certeza, sobressai aos outros. Tem que ser mais cuidadoso. — Amanda disse.


 


— Não tive como evitar! Ele nunca vai buscar os filhos, mas parece que hoje resolveu. Acho que ele não percebeu, porém não sei se terei essa sorte novamente. — Falou levantando da cadeira. — Vou tomar um banho e ligar para Belle, ela não estava muito bem hoje à tarde.


 


— Sim! Quando a janta estiver pronta te chamo.


 


Daniel seguiu para seu quarto, e quando fechou a porta atrás de si, deixou um suspiro sair de seus lábios. O cerco estava fechando, e se continuasse assim, teria que ir embora da cidade, uma coisa que realmente não queria fazer.


 


Desencostou da porta. Precisava ser mais cauteloso. Amava sua liberdade, de ir para onde quiser, de sair com os amigos, mesmo que fossem poucos, e seu emprego. Mas ser Ômega, e pior, companheiro do alfa, significava perder isso. Tinha que evitar tal destino.


 


Continua...



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Autor(a): hannah_kisa

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • rhyasin Postado em 21/09/2020 - 06:52:19

    Lhe procurei em todas as plataformas mas não encontrava ,eu te acompanhava antes, mas tinha sumido. Você vai continuar esta historia aqui? Diz que sim, por favor!

  • luzesonhos Postado em 03/05/2020 - 10:42:00

    A criatividade da autora é impressionante, obrigada

  • ducileide_ Postado em 27/07/2019 - 08:42:19

    Achei ela,procurei em todas as plataformas mas não encontrava ,eu acompanhava ela antes mas tinha sumido. Você vai continuar ela aqui.

  • ladykiller0105 Postado em 01/10/2018 - 06:09:28

    Muito interessante esse primeiro capítulo, estou gostando bastante, espero que continue logo


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