Fanfics Brasil - 10 Cidade dos ossos

Fanfic: Cidade dos ossos | Tema: Rebelde-Rbd Vondy


Capítulo: 10

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Ela estava prestes a acrescentar que se ele estivesse apaixonado por Sheila Barbarino, Eric iria dar um chute em seu rabo, quando ouviu alguém tossir alto atrás dela. Era um tipo de tosse ridículo, o tipo do ruído que alguém poderia fazer tentando não rir alto. Ela se virou.


Sentado sobre um desbotado sofá verde a poucos metros de distância, estava Ucker.


Ele usava as mesmas roupas escuras que tinha usado na noite anterior no clube. Seus braços estavam nus e cobertos com fracas linhas brancas como antigas cicatrizes. Seus punhos estavam envolvidos por largos braceletes de metal; ela podia ver a protuberância do cabo de uma faca no lado esquerdo do quadril. Ele estava olhando direto para ela, o canto de sua estreita boca curvado em diversão. Pior do que estar sendo gozada era a absoluta convicção de Dulce de que ele não estava ali há cinco minutos.


— O que é? — Simon seguiu o olhar dela, mas era óbvio pela expressão em seu rosto que ele não podia ver Ucker.


Mas eu vejo você.


Ela encarou Ucker enquanto pensava nele, e ele levantou sua mão esquerda para acenar para ela. Um anel brilhou em seu longo dedo. Ele levantou e começou a andar despreocupadamente em direção a porta. Os lábios de Dulce se separaram em surpresa. Ele estava saindo desse jeito.


Ela sentiu a mão de Simon em seu braço. Ele estava falando seu nome, perguntando se tinha algo errado. Ela o ouviu vagamente.


— Já volto — ela se ouviu dizer enquanto saía do sofá, quase se esquecendo de colocar seu copo de café para baixo.


Ela correu em direção a porta, deixando Simon olhando para suas costas.


Dulce rompeu através das portas, apavorada de que Ucker tivesse desaparecido nas sombras do beco como um fantasma. Mas ele estava lá, relaxado contra a parede. Ele tinha acabado de pegar algo de seu bolso e estava empurrando os botões naquilo. Ele olhou com surpresa quando as portas da cafeteria se fecharam atrás dela. No rápido fim do crepúsculo, seu cabelo parecia um castanho mas dourado.


— A poesia do seu amigo é terrível — ele comentou.


Dulce piscou, pega momentaneamente fora de guarda.


— O quê?


— Eu disse que a poesia era terrível. Parece que ele comeu um dicionário e começou a vomitar as palavras aleatoriamente.


— Eu não me importo com a poesia de Eric — Dulce estava furiosa — eu preciso saber porque você está me seguindo.


— Quem disse que eu estava seguindo você?


— Boa tentativa. E você estava escutando também. Você não quer me dizer sobre o que isso se trata, ou eu deveria apenas chamar a polícia?


— E dizer a eles o quê? — Ucker perguntou, intimidando. — Que pessoas invisíveis estão aborrecendo você? Acredite em mim, garotinha, a policia não vai prender alguém que não pode ver.


— Eu te disse antes, meu nome não é garotinha — ela disse entre dentes — é Dul, Dulce.


— Eu sei. Lindo nome. Como doce em espanhol,ou aquela planta Dulce sage. Nos velhos tempos, as pessoas pensavam que comendo suas sementes elas poderiam ver a tribo das fadas. Você sabia disso?


— Eu não tenho ideia de sobre o que você está falando.


— Você não sabe muito, não é? — ele comentou. Havia um preguiçoso desprezo em seus olhos castanhos. — Você parece ser uma mundana, como qualquer outra, mas você pode me ver. Isso é um enigma.


— O que é um mundano?


— Alguém do mundo humano. Alguém como você.


— Mas você é humano — Dulce disse.


— Eu sou. Mas eu não sou como você.


Não havia nenhuma defensiva em seu tom. Ele soava como se não se importasse se ela acreditava ou não.


— Você pensa que é melhor. É por isso que estava rindo de nós.


— Eu estava rindo de você porque declarações de amor me divertem, especialmente quando não são correspondidas. E porque Simon é o mais mundano dos mundanos que eu já encontrei. E porque Hodge acha que você pode ser perigosa, mas se você for, certamente não sabe disso.


— Eu sou perigosa? — Dulce ecoou, atônita. — Eu vi você matar alguém na última noite. Vi você direcionar uma faca embaixo de suas costelas e...


E eu vi ele retalhar você com dedos como lâminas de gilete. Vi você cortado e sangrando, e agora você parece como se nada nunca tivesse te tocado.


— Eu posso ser um assassino — Ucker disse — mas sei quem sou. Você pode dizer o mesmo?


— Eu sou um ser humano comum, do jeito como você disse. Quem é Hodge?


— Meu tutor. E eu não seria tão rápido para marcar a mim mesmo como comum, se eu fosse você — ele se inclinou para frente — deixe-me ver sua mão direita.


— Minha mão direita? — Dulce repetiu.


Ele concordou.


— Se eu te mostrar minha mão, você vai me deixar em paz?


— Certamente — sua voz tinha uma ponta de divertimento.


Ela levantou sua mão com má vontade. Ela parecia pálida na meia-luz que saía das janelas, os nós dos dedos com leves traços de sardas. De alguma forma, ela se sentiu exposta, como se ele tivesse puxado sua blusa e mostrado seu peito nu. Ele tomou a mão na sua e a virou.


— Nada — ele soou quase desapontado — você não é canhota, é?


— Não. Por quê?


Ele soltou sua mão com um encolher de ombros.


— A maioria das crianças Caçadoras de Sombras é marcada em sua mão direita – ou esquerda, se forem canhotas como eu – enquanto ainda são jovens. É uma Runa permanente que dá uma habilidade extra com armas.


Ele mostrou a palma de sua mão esquerda. Ela parecia perfeitamente normal para.


— Eu não vejo nada.


— Deixe sua mente relaxar — ele sugeriu — espere vir até você, como se esperasse por alguma coisa que elevasse na superfície da água.


— Você é maluco.


Mas ela relaxou, olhando para a mão, vendo as pequenas linhas atravessando os nós dos dedos, as longas articulações dos dedos...


Aquilo pulou para fora tão subitamente, piscando como um sinal de pare. Um desenho negro como um olho na parte de trás de sua mão. Ela piscou e ele desapareceu.


— Uma tatuagem?


Ele sorriu convencido e recolheu sua mão.


— Eu pensei que você pudesse fazer isso. E não é uma tatuagem, é uma marca. São Runas, queimadas em nossa pele.


— Elas fazem com que você lide melhor com armas?


Dulce achou difícil de acreditar, mas talvez não mais difícil do que acreditar na existência de zumbis.


— Diferentes Marcas fazem diferentes coisas. Algumas são permanentes, mas a maioria some quando não são utilizadas.


— Esse é o motivo de seus braços não estarem todos marcados hoje? — ela perguntou. — Mesmo quando eu me concentrar?


— É exatamente por isso — ele soou satisfeito consigo mesmo — eu sabia que você tinha a Visão, pelo menos — ele olhou para o céu — está quase completamente escuro. Nós temos que ir.


— Nós? Eu pensei que você fosse me deixar sozinha.


— Eu menti — Ucker disse sem uma centelha de vergonha — Hodge disse que tenho que trazê-la ao Instituto comigo. Ele quer falar com você.


— Por que ele precisa falar comigo?


— Porque você sabe a verdade agora. Não tem havido um mundano que saiba sobre nós pelos últimos cem anos.


— Sobre nós? — ela repetiu. — Você quer dizer pessoas como você. Pessoas que acreditam em demônios.


— Pessoas que os matam — Ucker corrigiu — somos chamados de Caçadores de Sombras. Pelo menos é assim que chamamos a nós mesmos. As criaturas do Submundo têm nomes menos elogiosos para nós.


— Criaturas do Submundo?


— As crianças da noite. Bruxos. Os mágicos moradores desta dimensão.


Dulce balançou sua cabeça.


— E não para por aí. Eu suponho que também existem, o que, vampiros e zumbis?


— Claro que eles existem — Ucker informou a ela — apesar de você encontrar mais zumbis principalmente no sul, onde os sacerdotes são vodus.


— E sobre múmias? Elas só ficam no Egito?


— Não seja ridícula. Ninguém acredita em múmias.


— Elas não?


— Claro que não — Ucker respondeu — olhe, Hodge vai explicar tudo isso quando você ir vê-lo.


Dulce cruzou seus braços sobre seu peito.


— E se eu não quiser vê-lo?


— Problema seu. Você pode vir por bem ou por mal.


Dulce não acreditava em seus ouvidos.


— Você está ameaçando me sequestrar?


— Se você quer olhar isso desse modo, sim.


 



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Autor(a): pedry

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Dulce abriu a boca para protestar raivosamente, mas foi interrompida por um estridente barulho. Seu telefone estava tocando novamente. — Vá em frente e atenda se quiser — Ucker disse generosamente. O telefone parou de tocar, então começou a tocar de novo, alto e insistente. Dulce fechou a cara, sua mãe estava realmente surtando. Ela ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • caroline_vondy Postado em 03/11/2014 - 18:00:09

    Continua!!!!!!Amo esse livro eu li um pouco só que não terminei ai assisti o filme

  • caroline_vondy Postado em 01/11/2014 - 20:32:59

    Continua!!!Desculpe esqueci de comentar ontem!


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