Fanfics Brasil - 13 Cidade dos ossos

Fanfic: Cidade dos ossos | Tema: Rebelde-Rbd Vondy


Capítulo: 13

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— O que ele quis dizer — Hodge respondeu — é que é extremamente raro para um demônio poderoso, o tipo que comanda um grupo de demônios inferiores, ter interesses em assuntos dos seres humanos. Nenhum mundano pode invocar um demônio – eles não tem esse poder – mas, se houver algum em desespero ou insensatez, ele pode encontrar uma bruxa ou um bruxo que possa fazer isso por eles.


— Minha mãe não conhece nenhum bruxo. Ela não acredita em mágica — um pensamento ocorreu a Dulce — Madame Dorothea – ela vive no andar de baixo – ela é uma bruxa. Talvez os demônios vieram atrás dela e pegaram a minha mãe por engano?


As sobrancelhas de Hodge subiram até o seus cabelos.


— Uma bruxa vive no seu andar de baixo?


— Ela é uma bruxa picareta – uma farsa — disse Ucker — eu já olhei ali. Não há razão para qualquer bruxo estar interessado nela a menos que esteja no mercado para bolas de cristal disfuncionais.


— E estamos de volta onde nós começamos — Hodge alcançou o pássaro para afagá-lo em seu ombro — parece que chegou o momento de notificarmos a Clave.


— Não! — Ucker exclamou — nós não podemos...


— Fazia sentido nós mantermos a presença de Dulce aqui em segredo enquanto não tínhamos certeza se ela iria se recuperar — Hodge disse — mas agora ela está bem, e ela é a primeira mundana a passar pelas portas do Instituto, em mais de cem anos. Você conhece as regras sobre um mundano ter o conhecimento dos Caçadores de Sombras, Ucker. A Clave precisa ser informada.


— Absolutamente — Alec concordou — eu posso enviar uma mensagem para o meu pai...


— Ela não é uma mundana — Ucker disse quietamente.


As sobrancelhas de Hodge se levantaram até a linha de seu cabelo e permaneceram lá. Alec, foi apanhado no meio da frase, chocado com a surpresa. Em meio ao silêncio, Dulce podia ouvir o som das asas de Hugo agitando.


— Mas eu sou — ela disse.


— Não — Jace negou — você não é.


Ele se virou para Hodge e Dulce viu o ligeiro movimento de sua garganta quando ele engoliu. Ela achou um vislumbre de nervosismo, estranhamente tranquilizador.


— Naquela noite havia demônios Dusien, vestidos como policiais. Nós tivemos que passar por eles. Dulce estava muito fraca para correr e não havia tempo para se esconder – ela poderia ter morrido. Então eu usei minha estela – coloquei uma Runa mendelin dentro do seu braço. Eu pensei...


— Você perdeu a cabeça? — Hodge bateu sua mão sobre a mesa tão duramente que Dulce pensou que a madeira iria rachar. — Você sabe o que a Lei diz sobre colocar Marcas em mundanos! Você, você de todas as pessoas que deve saber melhor que isso!


— Mas funcionou — Ucker disse — Dulce, mostre para eles o seu braço.


Com um olhar confuso na direção de Ucker, ela levantou seu braço. Ela lembrou ao olhar para ele que naquela noite no beco, pensando no quanto ele parecia. Agora, logo abaixo do vinco do seu pulso, ela podia ver três círculos sobrepostos desaparecendo, as linhas como fracas memórias de uma cicatriz que tinha desbotado com o passar dos anos.


— Vê, está quase desaparecendo — Ucker falou — não machucou-a de forma alguma.


— Esse não é o ponto — Hodge mal conseguia controlar sua raiva — você poderia tê-la tornado um Esquecido.


Duas manchas brilhantes de cor queimaram as bochechas de Alec.


— Eu não posso acreditar em você, Ucker. Apenas Caçadores de Sombras podem receber a Marca do Pacto – elas matam os mundanos...


— Ela não é uma mundana. Você está escutando? Isso explica o motivo de ela poder nos ver. Ela deve ter o sangue da Clave.


Dulce baixou seu braço, sentindo-se subitamente gelada.


— Mas eu não. Eu não poderia.


— Você deve — Ucker discordou, sem olhar para ela — se não, essa marca que fiz em seu braço...


— Já chega, Ucker — Hodge interrompeu, o descontentamento evidente em sua voz — não há necessidade de assustá-la ainda mais.


— Mas eu estava certo, não estava? Isso explica o porquê aconteceu com sua mãe, também. Se ela era uma Caçadora de Sombras no exílio, ela poderia muito bem ter inimigos no Submundo.


— Minha mãe não era uma Caçadora de Sombras!


— Seu pai, então — Ucker falou — e sobre ele?


Dulce retornou seu olhar.


— Ele morreu. Antes que eu nascesse.


Ucker vacilou, quase que imperceptivelmente. Foi Alec quem falou.


— Isso é possível — ele disse com incerteza — se seu pai era um Caçador de Sombras, e sua mãe uma mundana, bem, nós todos sabemos que é contra a Lei se casar com um mundano. Talvez eles estivessem se escondendo.


— Minha mãe teria me dito — Dulce respondeu, embora ela pensava na falta de mais do que uma foto de seu pai, o jeito como ela nunca falava sobre ele, e sabia que aquilo não era verdade.


— Não necessariamente — Ucker disse — todos nós temos segredos.


— Luke — Dulce lembrou. — Nosso amigo. Ele deve saber.


Com a lembrança de Luke, veio um flash de culpa e terror.


— Já se foram três dias – ele deve estar em pânico. Eu posso ligar para ele? Onde tem um telefone? — Ela virou-se para Ucker. — Por favor.


Ucker hesitou, olhando para Hodge, que concordou e se moveu para o lado da mesa. Atrás dele havia um globo feito de latão batido. Aquilo não parecia muito com outros globos que ela já tinha visto, havia algo sutilmente estranho na forma dos países e continentes. Próximo ao globo estava um arcaico telefone preto com números rotativos prata. Dulce o levantou a sua orelha, o familiar sinal do tom de discagem lavando ela como uma água calmante.


Luke atendeu ao terceiro toque.


— Alô?


— Luke! — ela vergou sobre a mesa. — Sou eu. Dul.


— Dul. — Ela podia ouvir o som de alívio em sua voz, juntamente com outra coisa que ela não conseguia identificar. — Você está bem?


— Eu estou bem. Me desculpe por não ter te ligado antes. Luke, minha mãe...


— Eu sei. A polícia esteve aqui.


— Então você não ouviu falar dela.


Qualquer vestígio de esperança que ela tivesse de sua mãe ter fugido de casa e se escondido em algum lugar, desapareceu. Não tinha como ela não ter contatado com Luke.


— O que a polícia disse?


— Só que ela está desaparecida.


Dulce pensou na policial com sua mão esquelética, e tremeu.


— Onde você está?


— Eu estou na cidade — Dulce respondeu — eu não sei onde exatamente. Com alguns amigos. Minha carteira sumiu, acho. Se você tiver algum dinheiro, eu poderia pegar um táxi até a sua casa...


— Não — ele disse brevemente.


O telefone escorregou em sua mão suada. Ela o pegou.


— O quê?


— Não — ele repetiu — é muito perigoso. Você não pode vir até aqui.


— Nós poderíamos chamar...


— Olhe — sua voz estava dura — seja lá em que problema sua mãe se meteu, isso não tem nada haver comigo. É melhor você ficar onde você está.


— Mas eu não quero ficar aqui — ela ouviu a queixa em sua voz, como uma criança — eu não conheço essas pessoas. Você...


— Eu não sou o seu pai, Dulce. Eu já te disse isso antes.


Lágrimas queimaram dentro de seus olhos.


— Me desculpe. É só que...


— Não me ligue por favores novamente — ele falou — eu tenho meus próprios problemas e não preciso ser incomodado com os seus — ele adicionou, e desligou o telefone.


Ela parou e olhou para o aparelho, o toque de discagem soando em seu ouvido como uma grande e feia vespa. Ela ligou para o número de Luke de novo, esperando. Desta vez caiu no correio de voz.


Ela bateu o telefone, suas mãos tremendo.


Ucker estava inclinado contra o braço da cadeira de Alec, olhando ela.


— Acho que ele não ficou feliz ao ouvir você?


Dulce sentiu como se seu coração tivesse encolhido para o tamanho de uma noz: uma pequena, dura pedra em seu peito. Eu não vou chorar, ela pensou. Não na frente dessas pessoas.


— Eu acho que gostaria de ter uma conversa com Dulce — Hodge disse — sozinho — acrescentou firmemente, vendo a expressão de Ucker.


 



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Autor(a): pedry

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • caroline_vondy Postado em 03/11/2014 - 18:00:09

    Continua!!!!!!Amo esse livro eu li um pouco só que não terminei ai assisti o filme

  • caroline_vondy Postado em 01/11/2014 - 20:32:59

    Continua!!!Desculpe esqueci de comentar ontem!


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