Fanfic: Cidade dos ossos | Tema: Rebelde-Rbd Vondy
O príncipe montou em seu corcel negro, sua capa de zibelina fluindo por trás dele. Uma coroa dourada em seus cachos castanhos, sua linda face era fria com o furor da batalha, e...
— E seu braço parece com uma berinjela — Dulce murmurou para si mesma com exasperação.
A figura simplesmente não estava funcionando. Com um suspiro, ela rasgou outra folha do seu bloco de papel, amassando e jogando contra a parede laranja de seu quarto. O chão já estava coberto com bolas descartadas de papel. Um claro sinal de que sua criatividade não estava fluindo do jeito como ela esperava. Ela desejou pela centésima vez que pudesse ser um pouco mais como sua mãe. Tudo o que Jocelyn Fray desenhava, pintava ou rabiscava era bonito, e aparentemente sem esforço.
Dulce empurrou seus fones de ouvido – cortando Stepping Razor no meio da música – e esfregou suas dolorosas têmporas. Foi só depois que ela ficou consciente de que o alto e agudo som de um telefone tocando estava ecoando através do apartamento.
Jogando seu bloco de notas em cima da cama, ela pulou em seus pés e correu para a sala de estar, onde o antigo telefone vermelho estava assentado sobre a mesa próxima da porta da frente.
— É Dulce maria Fray? — A voz do outro lado do telefone soava familiar, apesar de não imediatamente identificável.
Dulce apertou o fio do telefone nervosamente ao redor de seu dedo.
— Siiim?
— Oi, eu sou um dos desordeiros que estava carregando a faca quando você nos encontrou na noite passada, no Pandemônio? Eu temo que dei uma má impressão e esperava que você me desse a chance para fazer isso...
— Simon! — Dulce segurou o telefone afastado de sua orelha enquanto ele rachava de rir. — Isso não é engraçado!
— É claro que é. Você apenas não vê a graça.
— Idiota — Dulce suspirou, se encostando contra a parede — você não estaria rindo se estivesse aqui quando eu cheguei em casa ontem à noite.
— Por que não?
— Minha mãe. Ela não estava feliz porque nós chegamos tão tarde. Ela ficou fora de si. Foi uma bagunça.
— O quê? Não foi nossa culpa haver congestionamento! — Simon protestou.
Ele era o mais jovem de três crianças e tinha um senso de injustiça familiar finamente afiado.
— Certo, bem, ela não viu por esse lado. Eu a desapontei. A deixei mal, a fiz ficar preocupada, blá-blá-blá. Eu estou banida da existência dela — Dulce disse, imitando precisamente a expressão de sua mãe com apenas uma ligeira pontada de culpa.
— Então, você está de castigo? — Simon perguntou, um pouquinho mais alto.
Dulce podia ouvir o barulho de vozes atrás dele, pessoas falando uma com a outra.
— Eu não sei ainda. Minha mãe saiu esta manhã com Luke, e eles não voltaram ainda. A propósito, onde você está? No Eric?
— Yeah. Nós só acabamos o ensaio.
Um címbalo bateu atrás de Simon. Dulce piscou.
— Eric estará fazendo uma leitura de poesia no Java Jones hoje à noite —Simon nomeou uma cafeteria na esquina da casa de Dulce, que às vezes tinha música ao vivo à noite. — Toda a banda estará indo mostrar seu apoio. Quer vir?
— Yeah, é claro — Dulce pausou, enrolando o fio do telefone ansiosamente. — Espere, não.
— Calem a boca caras, estão ouvindo? — Simon gritou, a diminuição de sua voz fazendo Dulce suspeitar que ele estava segurando o telefone longe da sua boca. Ele estava de volta no segundo depois, soando aborrecido. — Isso vai ser um sim ou um não?
— Eu não sei — Dulce mordeu seu lábio — minha mãe ainda está com raiva pela noite passada. Eu não tenho certeza se posso encher mais ela pedindo por algum favor. Se eu estou indo entrar em apuros, não quero que seja por conta da péssima poesia de Eric.
— Vamos lá, não é tão ruim — Simon disse.
Eric era seu vizinho da porta ao lado, e os dois conheciam um ao outro a maior parte de suas vidas. Eles não eram próximos do jeito que Simon e Dulce eram, mas tinham formado uma banda de rock juntos no início do segundo ano, com os amigos de Eric, Matt e Kirk. Eles praticavam juntos fielmente na garagem dos pais de Eric toda semana.
— Por outro lado, isso não é um favor — Simon adicionou — é uma crítica à poesia na mesma quadra da sua casa. Não é como eu estar convidando você para uma orgia na Hoboken. Sua mãe pode vir se ela quiser.
— ORGIA EM HOBOKEN!
Dulce ouviu alguém gritar, provavelmente Eric. Outro címbalo bateu. Ela imaginou sua mãe escutando Eric ler sua poesia e estremeceu por dentro.
— Eu não sei. Se todos vocês aparecerem aqui, eu acho que ela vai surtar.
— Então eu vou sozinho. Te pego e nós podemos ir andando até lá juntos, encontrar com o resto deles. Sua mãe não vai se importar. Ela me ama.
Dulce teve que rir.
— Sinal do questionável gosto dela, se você me perguntar.
— Ninguém perguntou.
Simon desligou, no meio dos gritos de sua banda.
Dulce desligou o telefone e olhou ao redor da sala de estar. Evidências das tendências artísticas de sua mãe estavam em todo lugar, das almofadas de veludo feitas à mão empilhadas no sofá vermelho escuro para as paredes que seguravam as pinturas de Jocelyn, paisagens cuidadosamente emolduradas, representando as ruas sinuosas da cidade de Manhattan iluminadas com uma luz dourada; cenas do Prospect Park no inverno, o cinza das pontas da lagoa como renda, como os filmes branco gelo.
Na manta sobre a lareira estava uma foto emoldurada do pai de Dulce. Um bonito homem parecendo pensativo – vestido de militar, seus olhos seguravam o indício de um sorriso. Ele tinha sido um soldado condecorado por ter servido no exterior. Jocelyn tinha algumas de suas medalhas em uma pequena caixa em sua cama. Não que as medalhas tivessem feito qualquer coisa boa quando Christopher Augustus bateu seu carro em uma árvore fora de Albany e morreu antes de sua filha sequer ter nascido.
Jocelyn tinha voltado a usar seu nome de solteira depois que ele morreu. Ela nunca falava sobre o pai de Dulce, mas mantinha a caixa gravada com suas iniciais, C.A., ao lado de sua cama. Juntamente com as medalhas havia uma ou duas fotos, uma aliança e um único cacho de cabelo castanho. Algumas vezes, Jocelyn pegava a caixa e a abria, segurava o cacho de cabelo muito gentilmente em suas mãos antes de colocá-lo de volta, fechando a caixa novamente.
O som de uma chave girando na porta da frente despertou Dulce do seu devaneio. Rapidamente ela se jogou no sofá e tentou olhar como se estivesse imersa em um dos livros que sua mãe tinha deixado empilhados no final da mesa. Jocelyn reconhecia a leitura como um sagrado passatempo e normalmente não interrompia Dulce no meio de um livro, mesmo para gritar com ela. A porta abriu com um soco.
Autor(a): pedry
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 2
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caroline_vondy Postado em 03/11/2014 - 18:00:09
Continua!!!!!!Amo esse livro eu li um pouco só que não terminei ai assisti o filme
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caroline_vondy Postado em 01/11/2014 - 20:32:59
Continua!!!Desculpe esqueci de comentar ontem!