Fanfic: Cidade dos ossos | Tema: Rebelde-Rbd Vondy
Era Luke, os braços cheios do que pareciam ser grandes pedaços de papelão quadrado. Quando ele colocou-os para baixo, Dulce viu que eram caixas de papelão, dobradas na horizontal. Ele endireitou-se e se virou para ela com um sorriso.
— Ei, ei-hum, Luke — ela disse.
Ele lhe pediu para parar de lhe chamar de tio Luke cerca de um ano atrás, alegando que o fazia se sentir velho, e mesmo assim ele lembrava seu tio Tom Cabin. Além disso, ele lembrou-a suavemente, ele não era realmente seu tio, apenas um grande amigo da mãe dela, a quem tinha conhecido por toda a sua vida.
— Onde está mamãe?
— Estacionando o caminhão — ele respondeu, endireitando seu corpo frouxo com um gemido.
Ele estava vestido com seu habitual uniforme: jeans velhos, uma camisa de flanela e um par de óculos com aros dourados que estava torto sobre a parte superior do seu nariz.
— Lembre-me de novo, por que este prédio não tem elevador de serviço?
— Porque ele é velho, e tem caráter — Dulce disse imediatamente.
Luke sorriu.
— Para que são essas caixas? — ela perguntou.
Seu sorriso foi embora.
— Sua mãe precisa empacotar algumas coisas — ele respondeu, evitando o seu olhar.
— Que coisas? — Dulce perguntou.
Ele lhe deu um aceno no ar.
— Coisas extras que estão sobrando na casa. Que estão no caminho. Você sabe que ela nunca joga nada fora. Então, o que está fazendo? Estudando?
Ele arrancou o livro de sua mão e leu em voz alta:
— O mundo ainda está cheio com aqueles heterogêneos seres que a mais sóbria filosofia tem descartado. Reino das fadas e Goblins, fantasmas e demônios, ainda pairam sobre... — ele baixou o livro e olhou para ela por cima de seus óculos. — Isto é para a escola?
— O galho dourado? Não. Sem escola por algumas semanas — Dulce pegou o livro de volta — é da minha mãe.
— Eu tive um pressentimento.
Ela caiu de volta na mesa.
— Luke?
— Uh-huh?
O livro já esquecido, ele foi rumando para o conjunto de ferramentas ao lado da lareira.
— Ah, aqui está.
Ele puxou uma arma laranja de fita plástica e olhou para ela com profunda satisfação.
— O que você faria se você visse uma coisa que ninguém mais poderia ver? — ela perguntou
A arma de fita caiu da mão de Luke, e bateu no ladrilhado da lareira. Ele se abaixou para pegá-la, sem olhar para ela.
— Você quer dizer se eu fosse a única testemunha de um crime, esse tipo de coisa?
— Não, eu quero dizer, se houvesse outras pessoas ao redor, mas você fosse o único que pudesse ver alguma coisa. Como se aquilo fosse invisível para todo mundo, menos para você.
Ele hesitou, ainda ajoelhado, a arma de fita dentada agarrada em sua mão.
— Eu sei que parece loucura — Dulce arriscou nervosamente — mas...
Ele se virou. Os olhos dele, muito azuis por detrás dos óculos, repousavam sobre ela com um olhar de firme afeição.
— Dul, você é uma artista, como sua mãe. Isso significa que você vê o mundo de uma maneira que outras pessoas não. É o seu dom, ver a beleza e o horror em simples coisas. Isso não te faz uma maluca, só diferente. Não há nada de errado em ser diferente.
Dulce empurrou suas pernas para cima e descansou o queixo sobre seu joelho. Em suas lembranças, ela viu o depósito, Isabelle com o chicote de ouro, o garoto de cabelo azul convulsionando em seus espasmos de morte e os olhos amêndoas de Ucker.
Beleza e horror.
— Se meu pai estivesse vivo, você acha que ele teria sido um artista também?
Luke olhou-a, tomado de surpresa. Antes que ele pudesse lhe responder, a porta moveu-se e a mãe de Dulce caminhou dentro da sala, os saltos de sua bota estalando sobre o piso de madeira polida. Ela entregou a Luke um conjunto barulhento de chaves do carro e virou o olhar para sua filha.
Jocelyn Fray era uma mulher magra e compacta, o cabelo era alguns tons mais escuros do que o de Dulce e duas vezes mais longo. Naquela hora ele estava trançado em um laço vermelho escuro, preso por uma caneta para segurá-lo no lugar. Ela usava um jaleco salpicado de tinta por cima de uma camiseta cor de lavanda, botas de caminhada marrons, cuja sola estavam endurecidas com tinta a óleo.
As pessoas sempre diziam a Dulce que ela parecia com sua mãe, mas ela não conseguia ver isso. A única coisa que era similar entre as duas eram suas formas: ambas eram esbeltas, com seios pequenos e quadris estreitos.
Ela sabia que não era bonita como sua mãe. Para ser bonita você tem que ser alta e graciosa.
Quando você é baixa como Dulce, com 1,50 metros, você é bonitinha.
Não linda ou bonita, mas bonitinha. Com um cabelo cor de laranja e um rosto cheio de sardas, ela era a boneca de pano em comparação com a Barbie de sua mãe.
Jocelyn tinha um gracioso jeito de andar que faziam as pessoas virarem a cabeça para vê-la passar. Dulce, pelo contrário, estava sempre tropeçando sobre os pés. A única vez que as pessoas se viraram para vê-la foi quando ela se chocou passando por eles e caiu escadas abaixo.
— Obrigada por trazer as caixas aqui em cima — a mãe de Dulce disse para Luke e sorriu para ele.
Ele não retornou o sorriso. O estômago de Dulce se embrulhou desconfortável. Era evidente que tinha alguma coisa acontecendo.
— Desculpa, eu demorei tanto tempo para encontrar uma vaga. Deve haver um milhão de pessoas no parque hoje...
— Mãe? — Dulce interrompeu. — Para que são essas caixas?
Jocelyn mordeu seu lábio. Luke piscou seus olhos em direção a Dulce, silenciosamente induzindo em direção a Jocelyn. Com um nervoso puxão do seu punho, Jocelyn empurrou uma mecha do cabelo atrás de sua orelha e foi se encontrar com sua filha no sofá.
Mais de perto, Dulce pôde ver quão cansada sua mãe parecia. Havia escuras meia-luas embaixo de seus olhos, e suas pálpebras estavam peroladas com a insônia.
— Isso é sobre a última noite? — Dulce perguntou.
— Não — sua mãe disse rapidamente, e então hesitando — talvez um pouquinho. Você não deveria ter feito o que fez na noite passada. Você sabe disso.
— E eu já me desculpei. O que é isso? Se você está me castigando, só supere isso.
— Eu não estou castigando você — sua voz estava tão tensa quanto um fio.
Ela olhou para Luke, que balançou sua cabeça.
— Apenas diga a ela, Jocelyn.
— Você poderia não falar sobre mim como se eu não estivesse aqui? — Dulce disse raivosamente. — E o que você quer dizer? Me dizer o quê?
Jocelyn soltou um suspiro.
— Estamos saindo em férias.
Autor(a): pedry
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Para; caroline_vondy A expressão de Luke ficou branca, como uma tela limpa de pintura. Dulce balançou a cabeça dela. — Isso é o que estamos falando? Você está saindo de férias? — Ela afundou de volta contra as almofadas. — Eu não entendi. Por que a grande produção? — ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 2
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caroline_vondy Postado em 03/11/2014 - 18:00:09
Continua!!!!!!Amo esse livro eu li um pouco só que não terminei ai assisti o filme
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caroline_vondy Postado em 01/11/2014 - 20:32:59
Continua!!!Desculpe esqueci de comentar ontem!