Fanfics Brasil - 8 Cidade dos ossos

Fanfic: Cidade dos ossos | Tema: Rebelde-Rbd Vondy


Capítulo: 8

14 visualizações Denunciar


Para; caroline_vondy


 


A expressão de Luke ficou branca, como uma tela limpa de pintura.


Dulce balançou a cabeça dela.


— Isso é o que estamos falando? Você está saindo de férias? — Ela afundou de volta contra as almofadas. — Eu não entendi. Por que a grande produção?


— Eu não acho que você entendeu. Eu queria dizer que todos nós estamos saindo de férias. Os três, você, eu e Luke. Estamos indo para a fazenda.


— Oh.


Dulce olhou para Luke, mas ele tinha seus braços cruzados sobre o peito e estava olhando pela janela, o queixo apertado. Ela imaginou o que estava chateando ele. Ele amava a velha fazenda no norte do estado de Nova York – ele tinha comprado e restaurado-a há dez anos e ia lá sempre que podia.


— Por quanto tempo?


— Pelo resto do verão — Jocelyn respondeu — eu comprei as caixas para o caso de você precisar empacotar alguns livros, material de pintura...


— Pelo resto do verão? — Dulce sentou ereta com indignação. — Eu não posso fazer isso, mãe. Eu tenho planos – Simon e eu iremos para uma festa de volta à escola, e eu tenho um monte de reuniões com meu grupo de arte, dez ou mais aulas de Tisch...


— Eu sinto muito sobre o Tisch. Mas as outras coisas podem ser canceladas. Simon irá entender, e também seu grupo de arte.


Dulce ouviu a implacabilidade no tom de sua mãe e percebeu que ela estava séria.


— Mas eu paguei por aquelas aulas de arte! Eu economizei o ano todo! Você prometeu — ela girou, tornando para Luke — fala pra ela! Fala pra ela que não é justo!


Luke não olhou para longe da janela, entretanto um músculo pulou em sua bochecha.


— Ela é sua mãe. É a decisão dela.


— Eu não saquei — Dulce virou de volta para sua mãe — por quê?


— Eu tenho que partir, Dul — Jocelyn disse, os cantos de sua boca tremendo — eu preciso de paz, de quietude para pintura. E o dinheiro está apertado agora...


— Então venda alguma coleção do papai — Dulce disse com raiva — isso é o que você sempre faz não é?


JoceIyn se encolheu.


— Isso dificilmente é justo.


— Olha, vá se você quiser. Eu não me importo. Vou ficar aqui sem você. Posso trabalhar, posso conseguir um emprego na Starbucks ou coisa assim. Simon disse que eles estão sempre contratando. Sou velha o suficiente para cuidar de mim mesma...


— Não! — A violência na voz de Jocelyn fez Dulce pular. — Eu vou pagar você por suas aulas de arte, Dulce. Mas você vai conosco. E isso não é opcional. Você é muito jovem para ficar aqui por conta própria. Algo pode acontecer.


— Como o quê? O que poderia acontecer? — Dulce demandou.


Houve um acidente. Ela virou com surpresa ao ver que Luke tinha derrubado uma das fotos emolduradas inclinadas contra a parede. Parecendo nitidamente chateado, ele a colocou de volta. Quando se endireitou, sua boca estava em uma linha sinistra.


— Estou indo embora.


Jocelyn mordeu seu lábio.


— Espere.


Ela se apressou atrás dele para a entrada, o alcançando justo quando ele pegava a maçaneta. Girando em torno do sofá, Dulce só pôde ouvir sua mãe sussurrar urgente.


— ...Bane — Jocelyn estava dizendo — eu tenho ligado para ele, e chamado-o pelas últimas três semanas. Seu correio de voz dizia que ele está na Tanzânia. O que eu deveria fazer?


— Jocelyn — Luke balançou a cabeça — você não pode continuar com ele para sempre.


— Mas Dul...


— Não é Chisthoper — Luke assobiou — você nunca mais foi a mesma desde o que aconteceu, mas Dul não é Chisthoper.


O que meu pai tem haver com isso?, Dulce pensou, perplexa.


— Não posso simplesmente deixá-la em casa, não deixá-la sair. Ela não vai pôr-se com ele.


— Claro que ela não vai! — Luke pareceu realmente irritado. — Ela não é um animal de estimação, ela é uma adolescente. Quase uma adulta.


— Se nós formos para fora da cidade...


— Fale com ela, Jocelyn — a voz de Luke estava firme — eu quero dizer isso.


Ele chegou à maçaneta. A porta abriu-se. Jocelyn deu um pequeno grito.


— Jesus! — Luke exclamou.


— Realmente, sou só eu — Simon disse — embora eu tenha sido informado que a semelhança é surpreendente — ele acenou para Dulce da porta — está pronta?


Jocelyn puxou a mão, afastando-a de sua boca.


— Simon, você estava escutando?


Simon piscou.


— Não, eu apenas cheguei aqui — ele olhou para o rosto pálido de Jocelyn, para a careta de Luke — tem alguma coisa errada? Eu devo ir?


— Não se incomode — Luke respondeu — eu acho que nós terminamos aqui.


Ele empurrou a porta, passando por Simon, descendo com barulho pelas escadas em um passo rápido. Lá embaixo, a porta da frente bateu com força.


Simon ficou indeciso na porta, parecendo incerto.


— Eu posso voltar mais tarde. Sério. Não seria um problema.


— Isso pode... — Jocelyn começou, mas Dulce já estava em pé.


— Esquece isso, Simon. Nós estamos saindo — ela disse, agarrando sua bolsa de um gancho junto à porta. Ela lançou um olhar sobre o seu ombro para sua mãe — te vejo mais tarde, mãe.


Jocelyn mordeu seu lábio.


— Dulce, você não acha que devemos falar sobre isso?


— Nós vamos ter todo o tempo para falar enquanto estivermos de “férias” — Dulce disse venenosamente, e teve a satisfação de ver sua mãe recuar — não espere — ela adicionou.


Segurando o braço de Simon, ela meio que o carregou para a porta da frente.


Ele girou seus calcanhares, olhou se desculpando sobre seus ombros para a mãe de Dulce, que ficou pequena e abandonada na entrada, as mãos entrelaçadas bem juntas.


— Tchau, Sra. Fray! — ele falou. — Tenha uma boa noite!


— Ah, cala boca, Simon — Dulce rebateu, e batendo a porta atrás deles, cortando a resposta da sua mãe.


— Jesus, mulher, não arranque meu braço — Simon protestou enquanto Dulce rebocava ele descendo depois dela, suas sapatilhas verdes batendo contra a escada de madeira a cada passo zangado.


Ela olhou para cima, meio que esperando ver sua mãe olhando para baixo, mas a porta do apartamento permaneceu fechada.


— Me desculpe — Dulce murmurou, largando o pulso dele.


Ela pausou os pés nas escadas, sua bolsa batendo contra seu quadril.


O triplex de Dulce, como a maioria em Park Slope, tinha sido a residência de uma única família rica. Máscaras de sua antiga grandeza ainda eram evidentes nas curvas da escada, o estragado piso em mármore da entrada, bem como a única e larga faceta da claraboia acima. Agora, a casa era dividida em apartamentos separados, e Dulce e sua mãe dividiam o terceiro andar do edifício com um inquilino e uma mulher idosa que dirigia uma loja psíquica em seu apartamento. Ela quase nunca saia mesmo, embora as visitas dos clientes fossem frequentes. Uma placa dourada fixada na porta a proclamava como MADAME DOROTHEA, VIDENTE E PROFETISA.


O espesso aroma doce de incenso derramava-se da porta meio aberta para o saguão. Dulce podia ouvir um baixo murmúrio de vozes.


— É bom ver que ela está expandindo o negócio — Simon comentou — é difícil se estabelecer com o trabalho de profeta hoje em dia.


— Você tem que ser sarcástico com tudo? — Dulce replicou.


Simon piscou, claramente tomado de surpresa.


— Eu pensei que você gostava quando eu era espirituoso e irônico.


Dulce estava para responder quando a porta da Madame Dorothea impulsionou totalmente aberta e um homem saiu. Ele era alto com uma pele cor de caramelo, olhos dourados como de um gato e um bagunçado cabelo preto. Ele sorriu ofuscante para ela, mostrando nítidos dentes brancos.


Uma onda de tontura veio sobre ela, a forte sensação de que ela iria desmaiar. Simon olhou para ela preocupado.


— Tá tudo bem com você? Você parece que vai desmaiar.


Ela piscou para ele.


— O quê? Não, eu estou bem.


Ele pareceu não querer cair nessa.


— Parece que você acabou de ver um fantasma.


Ela balançou sua cabeça. A memória de ter visto alguma coisa a importunou, mas quando ela tentou se concentrar, aquilo deslizou pra longe como água.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): pedry

Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

— Nada, eu pensei ter visto o gato de Dorothea, mas acho que foi só um truque de luz. Simon olhou para ela. — Eu não comi nada desde ontem — ela adicionou defensivamente — acho que estou um pouquinho fora. Ele deslizou um confortante braço ao redor de seus ombros. — Vamos lá, vou te comprar alguma comida.   ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • caroline_vondy Postado em 03/11/2014 - 18:00:09

    Continua!!!!!!Amo esse livro eu li um pouco só que não terminei ai assisti o filme

  • caroline_vondy Postado em 01/11/2014 - 20:32:59

    Continua!!!Desculpe esqueci de comentar ontem!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais