Fanfic: Identidade AyA | Tema: Anahi e Alfonso, Ponny, AyA

                                   Se você não me quer, vou encontrar quem queira

            E eu esperei. Pelas desculpas, digo. O que mais eu poderia fazer? Nem Alfonso nem Jose mereciam que eu fosse procurá-los. E dizer o quê? Que tudo bem, eu estou de acordo com o que ambos fizeram? Pois essa é a mensagem que eu passaria. Além disso, eu já fui muito ‘atrás’ de homens na minha antiga cidade. Não preciso dizer como me saí.

            Acredite, eles não querem que você vá atrás deles. Ao contrário.

            Enfim... as desculpas vieram. De um deles somente, claro. Porém, isso é assunto para eu discutir depois. Agora, preciso relatar como foi meu resto de domingo.

            (Agora minha vida está tão movimentada que eu sempre tenho coisas para contar. *-*)

            Depois daquela conferência sobre minha virgindade, fomos ao cinema. É um hábito que estamos criando há mais ou menos um mês, para evitar um pouco o tédio de domingo. Foi bom, porque eu não conhecia muita coisa além do caminho até o Aloha. Nesse último mês, descobri TUDO. Tem TUDO nessa cidade e eu trancada na escola! Que desperdício! De teatro até bibliotecas e cyber cafés, passando por bares, pizzarias, chopperias, casas de festa e não sei mais o quê. Quando eu tiver mais tempo livre, vou rodar por esses lugares e conhecer muitos outros. Por enquanto, fico no cinema, e com a promessa de quando estiver um evento legal, ir ao teatro. Esse tipo de lugar tem totalmente a minha cara, sabe? Lugares calmos, com música boa e pessoas legais. Totalmente diferente do Aloha aos sábados à noite, né? Com excessões.

            Já me vejo tendo a carteirinha da biblioteca e trazendo uma pilha de livros para casa... Adoro ler. Romances, então! Me deixam tãão arrepiada. *-*

            O cinema de lá não é no shopping. #milagre Ao contrário, é bem desses estilos antigos, na beira da rua, com as bilheterias e entradas enormes. Quando entramos aí temos a lanchonete com todas aquelas guloseimas que custam o olho da cara. E a fila para cada sala de cinema, claro.

            Nós sempre vamos um pouco mais cedo do que a maioria do pessoal para escolhermos com calma qual filme veremos. Eu tenho medo odeio filmes de suspense/terror. Não vejo nem se me oferecessem dinheiro. Sério! Se vejo, não durmo. Se durmo, acordo apavorada. Quando era criança teimava em ver, e acabava na cama dos meus pais, chorando. Trauma de infância. Não, não. Principalmente se envolve espíritos. SAIO CORRENDO! Não vejo, e não faço negociações.

            Sem mais enrolações, depois de gastarmos vinte minutos discutindo qual será o filme da noite, entramos e ficamos conversando, ou entramos na fila para comprar as guloseimas caras. Ou alguém vai para a fila e o resto fica conversando. Tanto faz.

            Naquele domingo, eu estava dividida, entre a fila e conversar. Por quê? Vou explicar.

            Há umas duas semanas, um carinha tinha reparado em mim. Eu não fiz nada, sou desligada normalmente. Fora do Aloha, sou a pessoa mais mundo da lua possível, romanticamente falando. Só quando eu estou de fogo qu não é assim. Mas daí, havia um lá... e só fui percebê-lo semana passada. Tipo ‘Ah, ele ta me paquerando? :O Então é por isso que ele sorriu pra mim semana passada!’ HAHA. É.

            Sim, ele e os amigos dele parecem ter o mesmo hábito que eu: ir ao cinema aos domingos, e pegar a sessões no mesmo horário. É bizarro, mas acontece.

            Aí desde semana passada eu paquero ele. Olho três segundos, quando ele olha, eu desvio. Não consigo olhar direto, tipo encarar mesmo. Me dá vergonha. Normalmente quando eu faço isso, o cara acha que eu não to a fim, mas ele não. Ele fica olhando, tipo com sorrisinho. E é uma graça de se olhar, sabe. Nunca falei com ele, nem oi, nem nada. Acho que nunca nem sorri para ele. Só olho... por três segundos. Meu pessoal já percebeu ele, e fala pra eu dar algum sinal, mas eu tava adorando isso, sabe? Olhar, desviar, sentir um friozinho e não saber se um dia vai ser mais do que aquilo.

            Eu já estava complicada demais para querer mais um homem na minha vida.