Fanfic: Identidade AyA | Tema: Anahi e Alfonso, Ponny, AyA

            Finalmente, a última semana. A semana de provas. Depois disso, é só esperar saírem as notas e… férias! o/ Nem estou acreditando, mesmo. Certo que ainda tenho que passar pelo pior – as provas – o que significa horas de treinos e Maite pegando super no meu pé. Ela vira uma vaca em época de avaliações. Detesto e torço mesmo para que semester que vem eu não necessite de treinos todos os dias. É muito cansativo. Mas, mesmo com as provas, e com Maite sugando todas as minhas energias, não estou tão desanimada. Estou focalizando o que vem depois das provas.

            Ir para casa.

            Não é irônico? Eu saí de casa sufocada, super necessitada de espaço para pensar por mim, e agir por mim mesma. Agora, não vejo a hora de voltar.

            Ainda falando sobre coisas bizarras, eu quase não tenho nada para contar desta vez. :O Continuo os treinos com Maite, e nossas fofocas conversas durante. Maite sabe tudo, sobre todos! Desenvolvi uma admiração em como ela consegue atrair caras gatos. É daquele tipo que só fica sozinha se quiser, e estala os dedos e tem vários atrás dela. E todos lindos. Única coisa que não me habituo e sinto constante vontade de criticar é a propensão que ela e Dulce tem para fazer o pacote completo logo no primeiro encontro, entendem? Vai ver é o mesmo tipo de estranhamento que elas sofrem ao perceber que minha virgindade continua segura. Pode ser machismo, mas depois elas me perguntam porque não conseguem namorado...

            Dulce e eu não estamos brigando tanto quanto era de costume desde aquela conferência sobre a minha virgindade. Ela ainda tenta me persuadir a fazer o que ela quer que eu faça, como ir ao Aloha e ao cinema nos fins de semana. Nós fizemos um tipo de acordo; nós duas temos conversamos, contamos nossas experiências, nossas dúvidas contanto que a outra prometa não julgar. Conselhos são permitidos, até broncas em casos extremos, mas nunca, nunca podemos levantar o dedo e apontar um defeito da outra sem motivo. É bom, mas ao mesmo tempo, é ruim. Nós ficamos mais amigas assim, e isso nos ajudou a focalizar no que temos em comum ou no que gostamos uma na outra. (é, nós achamos coisas em comum) Em compensação, eu tenho sempre que resistir a vontade de chamá-la de puta... acreditem, era tão bom!

            Christian sempre um amor... não tenho nada ruim para falar dele, e tudo de bom, com certeza eu já disse por aí. Me faz uma companhia danada nas noites no Aloha, e já se ofereceu, em brincadeira, que se eu algum dia precisar de um namorado fictício, ele está ali. Sei que ele faria se eu precisasse de verdade. No cinema, sempre gosto de sentar perto dele, porque com ele qualquer lugar se torna duas vezes mais divertido. Nas aulas de canto que fazemos juntos, ele nunca nega ajuda, e nunca se faz de soberbo. Confesso que me apoiei nele mais de uma vez. É a segunda pessoa que eu mais vou sentir falta quando voltar para casa.

            A primeira é... Alfonso. Eu já sentiria falta dele antes, quando só brigávamos ou nos ignorávamos, agora... vou sentir bem mais.

            Nós evoluimos, sabe? Começamos a conversar, e eu parei de evitar o grupo quando ele estava presente. Ele tem sido tão atencioso. Muito diferente de antes. Ele olha para mim e eu sinto que ele realmente me vê. Ele sorri para mim. *-* Nós nos falamos quando estamos em grupo, quando estamos a sós ou simplesmente quando nos cruzamos no corredor. Se me contassem, há um mês, eu demoraria para acreditar. Ele nunca deu em cima de mim de verdade, mas eu estou suficientemente feliz com o que ele já está me dando. Sempre me cumprimenta com um beijo no rosto, mesmo que rápido. Olha nos meus olhos e meu ar vai todo embora. Tentei mesmo não me iludir, ou fantasiar muito, mas não dei conta. Eu vivo de fantasias, e conquistar o cara que eu quis pela primeira vez na vida, seria a melhor delas. Eu só preciso esperar até que ele perceba que não tem nada nos impedindo agora.

            Ou melhor, quase nada.

            Ainda estou saindo com Fernando. É. O primeiro encontro saiu muito melhor do que o esperado. É o cara que qualquer uma sonha um dia conhecer e sair, sabe? Namorar até. E na época, Alfonso ainda tava naquela onda meio idiota e meio estúpida. Por que eu ia recusar um cara tão legal? Ele dava de dez a zero em Alfonso, sem exageros. Cheguei até me sentir uma otária por olhar para um cara tão indiferente como Alfonso, se eu tinha um outro tão fofo perto de mim. E assim foi, encontro após encontro até chegarmos hoje. Não achei justo dispensá-lo só porque Alfonso resolveu que era a hora de ser educado. Continuei saindo... e fugindo da escola uma ou duas vezes na semana. :x Apenas organizei tudo para que Alfonso não nos visse juntos.

            Por isso, nunca fomos juntos ao Aloha. E nunca conversei sobre isso com ele.