Fanfic: Identidade AyA | Tema: Anahi e Alfonso, Ponny, AyA

            - É – eu fiz um gesto como se não fosse importante. – Ela viu o garoto duas vezes no pátio e ta me torrando. Quando conhecê-lo, vai querer conhecer outro, e assim por diante...

            - E depois perguntam por que não param com ninguém – ele concluiu.

            - Né?! – ergui os ombros, concordando. – Doidas, doidas.

            Fizemos novamente um período de silêncio.

            - Quer dizer então – ele voltou a falar, se encostando novamente na pilastra. – Que eu sou o único disponível para de distrair?

            Eu sorri imediatamente.

            - É... parece – com o rosto virado para ele, eu o observei. – O que você quer fazer?

            - Ah, isso é fácil...

            Ele olhou para a minha boca, e meu estômago vez uma curva. Um lance, por um segundo, mas olhou. No segundo seguinte, sem perder tempo, já estava com a boca na minha. Eu larguei a mão que erguia, e fiquei inerte, desejando que ele demorasse muito para terminar.

            - Você quer sair? – murmurou ele, depois de liberar meus lábios.

            - Sair? Para onde? – perguntei, meio boba.

            - Não sei... dar uma volta, andar um pouco. O que você quiser fazer.

            Podia dizer que queria que ele voltasse a me beijar agora e só parasse amanhã?

            - Então tá – aceitei. – Vamos dar uma volta. Mas tem que ter sorvete.

            - Ta bom – ele respondeu, rindo. – Terá sorvete.

            Nos levantamos em seguida, fomos andar e tomar sorvete.

            Mesmo com todo o ócio, eu to com uma pena enorme dessa semana acabar. A partir de amanhã, nós iremos às aulas, no meu caso o dia inteiro, dormirei pouco, comerei com pressa, não terei tempo para escrever e para ver minhas séries preferidas. Ou ler meus romances. Eu trouxe alguns de casa para me distrair, sabe. E, principalmente, não verei tanto Alfonso.

            Preciso acostumar a chamá-lo de Poncho.

            Depois de sairmos e tomarmos sorvete na quinta feira, ele preferiu fazer outra coisa na sexta, sozinho. Não foi ao cinema comigo, e com o grupo, e tudo bem. No sábado fomos ao Aloha, o que não foi uma grande novidade. Ele estava lá quando cheguei. Não estava trabalhando ainda, assim que estava lindo naquela camisa azul, e com os primeiros botões escapando das casas. Uma delícia. (controle-se, Anahí) Cumprimentei-o de longe e fiquei onde estava. Ele também não se moveu.

            Executei a rotina habitual: cheguei, cumprimentei todos os amigos de Dulce, o mais educada e sorridente possível. Maite e Christian vieram atrás de nós, já com uma mesa reservada. Sentamos, eles começaram a encher a cara. Essas coisas de sempre. Fomos dançar e abandonamos a mesa. No caminho da mesa até a pista, vi Alfonso novamente e quando o olhar dele cruzou com o meu, ele sinalizou, me chamando.

            - Achei que não ia conseguir te tirar deles – falou ele, ao encontrar-me no meio do caminho.

            - Era só ter ido até lá – falei, e fazendo uma careta de surpresa quando o senti segurar minha mão.

            E não, ele não viu minha careta. Consegui ser o suficientemente discreta.