Fanfic: Identidade AyA | Tema: Anahi e Alfonso, Ponny, AyA

Medo e Esperança

Ah, Deus. Eu sabia que isso ia acontecer. Burra! Sou covarde e medrosa, e.... estou nervosa, muito nervosa. Esperei tanto por isso e no final... para quê? Quem mandou minha família ser paranóica e me fazer fugir de casa? SOCORRO!

Ok, posso surtar? Bem, de fato eu já estou surtando faz tempo, mas isso não vem ao caso. Ou melhor, vem. Vem porque eu não aguentei mais surtar somente na minha cabeça, que com os seus 16382635 miolos neurônios, não para de pensar um só minuto. Pelo menos agora eu transcrevo meus surtos para o papel e me distraio. Ou não?

Estou chorando, e nem sei desde que momento. Não percebi. O vento que entra pela janela do ônibus em que estou faz com que eu tenha uma horrível sensação fria no meu rosto, por estar molhado. Mas se fecho a janela pareço que vou asfixiar. Dá para entender? Minha situação não está nada boa. Eu estou em conflito com uma janela, precisei pegar um caderno e escrever sem parar só para me distrair, mesmo que o movimento do ônibus me faça escrever garranchos, e que eventualmente minhas lágrimas pinguem na folha, borrando tudo ainda mais. Ainda assim... está funcionando.

Então, vamos escrever um livro e contar o drama por inteiro!

Na realidade, eu não bem fugi de casa. Acabo de terminar a faculdade.... literalmente. Pedagogia. Não esperei pela formatura, festa e tudo mais. Não foi algo planejado assim, como uma sabotagem. Acreditem, não sou tão suicida a ponto de sabotar minha própria formatura. Sabe-se lá se um dia terei outra? Eu espero que sim, but... Apenas uma coisa foi desencadeando outra... e aqui eu estou.

Houve um concurso para pedagogos... qualquer um que tivesse o diploma ou uma declaração de formado dentro de seis meses. E isso foi há seis meses. Não me interessei em nada a princípio, afinal, sou uma pedagoga que não aprecia crianças nem pedagogia. Fiz o curso porque não havia nada que eu gostasse de verdade, e porque meus pais sairiam do meu pé com o lance de ‘tomar rumo na vida’. Pelas mesmas razões (e por outras também) eu continuei no curso até me formar, ou seja, hoje. Ok, agora voltando. O concurso passou a me chamar a atenção quando soube que quem passasse poderia ser chamado para outras cidades, ou estados. Opa, viver longe, por muito ou pouco tempo, dos dramas/crises/conflitos da minha casa? Após pensar muito e planejar cada movimento, independente do resultado... fiz a inscrição.

Não foi fácil. Apesar de dizer a quatro ventos o meu desejo de morar sozinha, eu sofro uma forte dependência emocional em relação à minha mãe. Nossa relação é meio de amor e ódio, se pode se dizer assim. Fui mimada, protegida, guardada, escondida debaixo da saia durante toda a minha vida. Bato de frente com isso inúmeras vezes, e me revolto. Me fizeram acreditar, mesmo que sem a intenção, que o único lugar seguro é em casa, ou onde meus pais estiverem. Que nada, nem mais ninguém no mundo vale a pena, é seguro ou confiável. Que eu devo ter medo de tudo e todos. Digo, eu não seria absolutamente nada sem meus pais, e ambos são pessoas incríveis. Mas... São conservadores e pecaram ao acreditar que poderiam me proteger sempre, e que isso seria uma coisa positiva. Conclusão? Não cresci. Não tive experiências. Não tenho quase nada para contar. Não tenho muita iniciativa, sou insegura. Tenho medo de tentar e falhar, tenho medo das pessoas, e do mundo. Sou absurdamente tímida (é, sei que estraguei a alegria de vocês ao dizer que não sou legal assim cara a cara). E nunca fui capaz de mentir para os meus pais. O que nos trás de volta ao tópico principal.

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Volteeei *-*

valerynuness: Hola, postando amore. É perfeita sim  ♥

edlacamila: Postaaaaaando!! Bem vinda a mais uma loucura comigo ♥

layaneponny: "nhoi" Laay sua diva :3 Postaando ♥

Aviso rapido: A historia toda é narrada por ela, então ... *-* Amem muito a Anahi hahha ♥