Fanfic: Identidade AyA | Tema: Anahi e Alfonso, Ponny, AyA

Desisti do meu plano suicida quando o peso das malas passou a ser maior do que minha vontade aventureira de percorrer. Estava cansada. Parei no primeiro endereço recomendado pela minha tia, e ali fiquei. O carinha da pensão que me atendeu, provavelmente algum tipo de gerente não pareceu ir muito com a minha cara – ou então era apenas antipático mesmo -, mas a diária me atraiu e minhas costas realmente não aguentariam muito mais tempo carregando aquela super mochila. De cara quis que eu adiantasse metade do valor, equivalente aos dias que eu pretendia ficar (mesmo que eu não tivesse a menor ideia). O fato é que eu não tinha tal valor na bolsa... fiquei com medo de viajar com muito dinheiro, e preferi retirar do banco quando já tivesse chegado aqui. No final, fiz o acordo com o cara antipático e paguei apenas uma diária e ele seguraria o quarto para mim até o dia seguinte, quando eu já teria sacado minha grana. Primeiro final feliz, viram?

O quarto até é bonitinho, sabem? Pequeno, mas arrumadinho e limpinho. Tem um banheiro minúsculo, mas só por ser particular eu já estou feliz da vida. Banheiro comunitário nunca! Só a cozinha é comum a todos mesmo... funciona como um tipo de restaurante durante o dia, sabem? Tem cardápio de acordo com os dias, e os hóspedes não pagam, já está incluído nas diárias. Se você não gostar da comida do dia é só sair e comer fora, ou não comer. Eu achei maravilhoso porque, a não ser que me ofereçam suflê de chuchu e vagem ensopada, como de tudo. Sou muito boa de boca. Para começar.

Só foi sentar na cama para testar o colchão (não é dos melhores, não), para meu celular e seu toque desesperado darem o ar da graça. Quem? Mamãe. Prometi ligar assim que chegasse e como perdi tempo andando, ela sentiu minha falta, né... Deu um frio na barriga antes de atender, de falar algo e ela descobrir minha farsa, sei lá... por mais que eu tenha planejado, ela é minha mãe, vai que ela fareja algo errado? Além disso, eu tinha esquecido um pouco a minha insegurança, e tinha sido bom. Mas bem, tive que atender antes que mamãe surtasse e achasse que algo tinha acontecido.

- Oi, mãe – atendi da forma mais casual que consegui.