Fanfics Brasil - 2- O Maldito Uckermann Um amor quase impossível

Fanfic: Um amor quase impossível | Tema: VonLy


Capítulo: 2- O Maldito Uckermann

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Texas, 1874


 


Héllen Tibes, jovem, bonita e sedutora estava determinada a tornar-se uma famosa atriz, e brilhar nos palcos de Nova York. Enquanto esse dia não chegava, exercitava seu talento encarnando uma personagem. Uma vidente que se comunicava com o mundo espiritual dos mortos. A opção que encontrara para manter-se não era das mais dignas, porém Nova York estava muito distante da pequena cidade de Fort Worth, no Texas, e seu grande sonho ainda estava muito distante de se tornar realidade.


 


 


 


Naquele instante, via através da cortina que separava os dois cômodos o seu criado negro, Isaiah, acomodar os clientes da noite que acabavam de chegar: uma jovem, uma senhora, um cavalheiro elegante e um caubói de cabelos queimados pelo sol e pele bronzeada. Uma beleza rústica que chamava a atenção de qualquer mulher.


 


 Heitor foi ao seu encontro e sussurrou:


 


 


 


- A sra. Florin, que se acomodará ao seu lado, perdeu a filha de doze anos, Lelly, em um acidente de carruagem. Deseja contatá-la e saber se ela está bem. A sra. North gostaria de falar com o irmão que foi assassinado em um assalto a banco. Infelizmente ele estava no local, no dia e hora em que o fato ocorreu, de acordocom as notícias do jornal. O cavalheiro de terno marrom, sr. Thompson, disse muito pouco. O caubói, sr. Uckermann, está aqui para ter notícias do irmão.


 


 


 


- Uckermann... Parece-me familiar. - Hellen tentou lembrar-se onde tinha ouvido esse nome antes.


 


 


 


 


- A mãe dele veio aqui essa manhã - lembrou-a Heitor. - Era aquela senhora que queria falar com o filho desaparecido, talvez durante a guerra. Não sabe se ele está vivo ou morto.


 


 


 


 


- Ah sim! Agora eu me lembro. Ele quer mais alguma coisa além de notícias sobre o irmão?


 


 


 


- Não disse.


 


 


 


- Vamos ter de descobrir então...


 


 


 


- Está pronta?


 


 


 


Hellen jogou os cabelos escuros e ondulados para trás, ajustou o corpete do vestido e alisou a saia rodada de estilo cigano. Respirou fundo e disse com o treinado sotaque francês:


 


 


 


- Madame Desirée está pronta.


 


 


 


Heitor saiu de trás das cortinas e dirigiu-se para o grupo que estava reunido ao redor da mesa.


 


 


 


 


- Permitam-me apresentar madame Desirée Tibes.


 


 


 


Lely segurou a saia e encarnou a personagem com estilo, fazendo uma breve mesura.


 


 


 


- Boa noite a todos - disse, puxando uma cadeira e sentando-se entre a sra. Florin e o caubói.


 


 


 


 


Correu o olhar em direção aos quatro consulentes que tinham vindo procurar por seus entes falecidos e tentou memorizar as informações de Isaiah. Madame Desirée oferecia às pessoas a chance de aliviarem suas consciências, dizerem as palavras que queriam ter dito, resolverem desentendimentos e, por um breve momento, sentirem-se próximas de quem amavam.


 


 


 


 


 


 


Fosse qual fosse o motivo pelo qual tinham vindo procurá-la, teria de dar o máximo de si, fazendo com que o dinheiro que lhes haviam pagado valesse a pena. Se seu trabalho tinha o poder de fazer as pessoas sentirem-se melhor, então estava mais do que bem-feito.


 


 


 


 


Abaixou a cabeça, fez uma breve concentração e depois, compenetrada, dirigiu-se a todos:


 


 


 


 


- Alors, commençon - pausou dramaticamente traduzindo em seguida. - Então, vamos começar.


 


 


 


Estalou os dedos, balançando as pulseiras em seu braço num gesto ensaiado. Heitor diminuiu a luz do lampião, deixando a sala quase na penumbra. Hellen riscou um fósforo, acendeu primeiro uma vela branca e, em seguida, uma mistura de incensos depositados no incensário de cobre que estava sobre a mesa. Num instante o ambiente impregnou-se de aromas delicados, um misto de benjoim e sândalo, compondo o ambiente daquela noite.


 


 


 


 


- Fechem os olhos e dêem-se as mãos enquanto invoco os espíritos para que eles se aproximem de nós e ouçam nossas súplicas - continuou com sotaque afrancesado.


 


 


 


 


Um elo invisível envolveu os presentes numa agradável atmosfera espiritual. Hellen lançou um rápido olhar para o caubói e percebeu que ele não estava concentrado, ao contrário, ria baixinho.


 


 


 


Já havia lidado com pessoas assim antes, e sabia o que fazer. Apertou-lhe a mão com firmeza, procurando intensificar a corrente de energia que havia se formado. Sentiu seu olhar questionador, mas não lhe fez caso. Ergueu o rosto e dirigiu sua atenção aos demais, dizendo em tom solene:


 


 


 


- Uma verdadeira plêiade espiritual está conosco aqui, esta noite. São espíritos evoluídos, demuita luz que vieram dirigir esta sessão. Permitam-me, irmãos da espiritualidade, que eu fale com os entes queridos dos presentes para aliviar suas dores e aflições - evocou com voz firme.


Disfarçadamente, Rose levou um dos pés, descalço, para baixo da cadeira, até encostar a sineta de metal. Segurando-a entre os dedos fez com que soasse três vezes. Soltou a mão do caubói e a levou à testa, dando início ao contato espiritual.


 


 


 


 


- Oh... tão jovem. Tão trágico... Uma garotinha com tranças douradas vem em minha direção, usando um vestidinho rosa. Sally... ela diz que se chama Sally.


 


 


 


 


A mulher a seu lado, foi tomada pela emoção.


 


 


 


 


 


- O nome da minha filha é Sally, mas seu cabelo era castanho, não loiro. Será mesmo minhapequena Sally? Fale mais sobre ela, por favor. Ela está bem?


 


 


 


Hellen ignorou o comentário da mãe sobre a cor dos cabelos da filha e continuou:


 


 


 


 


- Sally pede para que eu lhe diga que está com sua avó e que está bem. As duas sentem saudades e estão aguardando o dia em que poderão reencontrá-la no outro plano.


 


 


 


A mulher começou a chorar.


 


 


 


- Graças a Deus ela não está sozinha! Graças a Deus ela estábem!


 


 


 


 


 


- Familiares geralmente se unem depois de mortos, na erraticidade - explicou Lely fingindo estar profundamente emocionada. - Sinto agora a presença de um homem que foi assassinado. Um homem de bem, morto em um assalto.


 


 


 


- Meu irmão! - disse a outra mulher sentada à mesa. Rose massageou suas têmporas, num esforço de mais concentração. .


 


 


 


 


- O nome dele é Robert?


 


 


 


 


- Sim - respondeu a senhora, perplexa. - Como sabe?


 


 


 


 


- Ele me disse. Diz também que não deve se preocupar e nem chorar sua morte. Ele está bem em companhia do avô.


 


 


 


 


- Mas meu avô ainda está vivo!


 


 


 


 


Hellen teve um momento de pânico mas logo consertou:


 


 


 


 


- Eu quis dizer seu bisavô.


 


 


 


 


- Ah, nunca o conhecemos.


 


 


 


 


 


O caubói riu alto, o suficiente para que todos ouvissem. Héllen irritou-se. Aquele homem estava começando a causar-lhe problemas!


 


 


 


 


- Oh... o nome Burnett vem a minha mente. Alguém conhece Bruno Uckermann?


 


 


 


 


 


- Eu - a voz grave veio de sua esquerda.


 


 


 


 


Era de novo o caubói. Até mesmo na penumbra, ela conseguialembrar-se do homem alto e musculoso, e olhos que pareciam mais perigosos que amigáveis.


 


 


 


 


 


- Tem certeza de que essa pessoa está morta? - ele perguntou. - Ele sumiu há mais de dez anos!


 


 


 


 


 


Lely pôde quase sentir seu olhar penetrante e desconfiado.


 


 


 


 


- Eu o vejo em uma batalha. Há perigo a seu redor.


 


 


 


 


Ele bateu com o punho cerrado sobre a mesa, espalhando pequenas centelhas de incenso sobre a toalha, fazendo com que todos se desconcentrassem.


 


 


 


 


- Mentira! A quem você pensa que engana? Farsante! Golpista! Não pode ver meu irmão!


 


 


 


 


- Monsieur. - Com os dedos do pé, Lely tocou novamente a sineta, sinalizando o fim da sessão espírita. - O som da sineta indica que os espíritos foram embora - disse, por entre os dentes. - Você desfez a corrente! Os espíritos nos deixaram e a sessão encerrou-se por sua culpa!


 


 


 


 


Heitor acendeu o lampião. Hellen sentiu um arrepio percorrer sua espinha enquanto encarava o olhar furioso do caubói. Em seguida, dirigiu-se imediatamente para os demais.


 


 


 


 


- Senhores, sinto muito, os espíritos não retornarão esta noite. Graças ao monsieur, nosso encontro terminou mais cedo. Acontece às vezes, quando a corrente é desfeita. Por favor, voltem outro dia e tentaremos fazer contato com seus mortos novamente. Sem monsieur Uckermann, naturalmente.


 


 


 


Ele riu sarcasticamente.


 


 


 


 


 


 



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Autor(a): Cami

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • lara_11 Postado em 01/12/2014 - 22:00:47

    leitoRA NOVA ^^ HEHHEHEHEHE AMEEEEEEEEIII A FIC SIMPLESMENTE AMEIII E VC ESCXREVE SUPER HIPER BEIN ^^ HAHHA SOY MUCHO LOCA ENTAO NO LIGA OK KKKK POSTAaaaaaaaaaaaaaaaaaa ........... YO tambiem és fã de Lely ..... A Lely fas fics maravilhosas ^^

  • hellentibeshotmail.com Postado em 11/11/2014 - 23:30:20

    Woooont minha linda que honra! Obrigada! Estou amando a fic *-* tu escreve perfeitamente bem *-* Posta mais

  • heitorvondy.com Postado em 11/11/2014 - 23:00:52

    tem como me colocar na fic? Por favor me coloque *-*

  • vondy.siempre.com Postado em 11/11/2014 - 22:43:31

    aaaaaai que lindo *-* YO tambiem és fã de Lely. Voce esta certa! A Lely faiz fics maravilhosas! Começa essa fic logo !!!!


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