Fanfic: Unidos pelo destino Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

Palácio Real no reino desértico de Qubbah

O PRÍNCIPE ALFONSO Herrera entrou no palácio, seguindo em direção aos aposentos do rei Kahlid. Em seu rosto bonito havia uma expressão tão dura que os guardas imediatamente abriram caminho para que passasse.

— Como ele está? — perguntou, assim que o servo de seu pai o saudou, curvando-se.

— Dormindo, senhor. O doutor deu um sedativo e disse que Sua Majestade deveria descansar — murmurou o servo, de-monstrando ansiedade em frente à porta do quarto do rei.

— Tudo bem. Não tenho intenção de perturbá-lo — assegurou ao servo. — A notícia da morte do príncipe Christopher foi um grande choque para todos nós, especialmente para o meu pai.

— Sua Majestade está profundamente triste. Não se recuperou totalmente do vírus que contraiu recentemente, e tenho medo que as notícias sejam fortes demais para ele — disse, demonstrando preocupação. — A única alegria de seu pai foi ter descoberto que tem um neto... um menino órfão.

Tentando manter o controle, Alfonso contraiu a mandíbula enquanto o servo prosseguia:

— O maior desejo de Sua Majestade é que o senhor vá à Inglaterra e traga a criança de volta a Qubbah.

— Conheço muito bem os desejos do meu pai — disse Alfonso, decidido.

Foi em direção à janela e ficou olhando os jardins perfeitamente desenhados e os chafarizes ornamentados que jorravam água em um reservatório azul-celeste. Nos domínios do palácio, o deserto fora controlado, mas além dos muros da fortaleza se espalhava um mar sem fim de areias douradas.

O sol se punha dourado, e o céu ao redor brilhava em camadas de rosa e vermelho. Alfonso se lembrou dos tempos em que, junto a Chistopher, cavalgavam por aquelas areias, ou soltavam seus falcões e ficavam observando enquanto cruzavam o céu de um azul puro. Mais que irmãos, haviam sido melhores amigos, mas o laço entre eles fora quebrado. Tudo porque haviam se apaixonado pela mesma mulher. O amor é um sentimento destruidor, e Alfonso nunca deixaria que voltasse a governar seu coração ou sua mente.

O servo voltou a falar:

— Como o senhor sabe, seu pai sempre esperou se reconciliar com o filho mais velho. Também esperava que, no momento de sua morte, o príncipe Christopher retornaria a Qubbah para governar. Mas o príncipe está morto, e todos estamos ansiosos pelo momento em que o rei anunciará seu sucessor. Peço desculpas por tocar neste assunto... — o velho servo, nervoso, desviava seus olhos da expressão dura de Alfonso — mas sei que Sua Majestade espera que o senhor escolha alguém que tome conta de seus negócios nos Estados Unidos, para que possa fixar residência em Qubbah... e casar-se. Agora, mais do que nunca, é este o seu dever, meu senhor.

Alfonso levantou a cabeça, orgulhoso, e respondeu ao servo:

— Não preciso que me diga sobre meus deveres — disse, friamente. — Mantenha-se no seu lugar. — Alfonso entendera muito bem: a morte de seu irmão significava que já não seria dono de seu destino. Ele não se desviaria da responsabilidade junto ao reino que sua família governava há séculos... mas casar-se não estava nos seus planos. — Caso se lembre, estive a ponto de me casar seis anos atrás, com uma mulher escolhida por meu pai... e veja o que aconteceu. Eu me casarei quando estiver pronto e decidido. — De forma abrupta, afastou-se da janela e atravessou o quarto, parando brevemente para responder ao servo: — Quando meu pai acordar, diga que fui para a Inglaterra.