Fanfic: Unidos pelo destino Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

Tentando se distrair, ela olhou para Gordon Striker, que se­guia em direção à porta.

— Anahí, sinto muito, mas preciso mesmo ir embora...

— Claro, claro — e, decidida, deixou Kazim no chão e disse a Alice: — Fique de olho nele enquanto eu me despeço do sr. Striker.                                                                             

E seguiu pelo hall atrás do advogado, parando-o quando estava a ponto de abrir a porta da frente:

— Sr. Striker, quando Christopher deixou a carta que deveria ser entregue ao irmão após sua morte? Ele já estava casado comi­go? — perguntou.

— Ah, não, ele me entregou a carta mais ou menos um mês antes de morrer. Até aquele momento, eu não sabia que Christopher tinha família, e vejo que a revelação também foi um choque para você — disse, gentilmente.

Anahí mordeu os lábios, sentindo uma súbita necessidade de confidenciar-se ao amável advogado:

— Logo que soube estar muito donte, Christopher ficou desespe­rado para garantir o futuro de Kazim — disse Anahí, sem pensar. — Cuido dele desde os seus três meses. A esposa de Christopher mor­reu como resultado de complicações do parto, enquanto dava à luz, e quando a doença de Christopher foi diagnosticada, um ano atrás, ele pediu que eu me casasse com ele para facilitar o processo de adoção do menino por minha parte. Christopher me disse que não tinha ninguém, e não queria que Kazim crescesse sozinho... como eu.

Anahí odiava falar sobre seu passado, e por isso tirou os olhos da face de Gordon Straker ao continuar, baixinho:

— Minha mãe era viciada em drogas, e morreu quando eu ti­nha dez anos, passei o resto da minha infância em orfanatos. Fui uma adolescente perturbada, e não sei onde estaria hoje se não tivesse sido adotada... talvez trabalhando nas ruas para pagar mais uma dose de drogas, como fazia minha mãe — confessou, envergonhada. — Meu pai adotivo trabalhava aqui, nesta casa, como jardineiro, e quando Christopher chegou aqui com seu bebê, logo fui contratada como babá. Apesar de meu passado, ele sa­bia que eu seria capaz de amar e proteger Kazim como se fosse meu próprio filho.

Anahí estava magoada por Christopher não ter sido sincero com ela. Ele tinha uma família, e pouco antes de morrer decidiu contar aos parentes que tinha um filho. Teria feito isso por duvidar da capa­cidade de Anahí para cuidar de Kazim? Decidira que seria melhor para seu filho contar com o apoio da família em sua educação?

Todo o tipo de dúvida e insegurança floresceu em Anahí, mas Gordon Striker abriu a porta da casa e um vento gelado entrou no hall, interrompendo seus pensamentos.

O advogado sorriu, gentilmente:

— Você é a mãe adotiva de Kazim, e ninguém poderá tirá-lo do seu lado. Somente você poderá decidir se seria interessante ou não para ele ter contato com sua família em Qubbah.

E levantou a gola do casaco, saindo em direção à neve, mas parou para dar uma última olhada em Anahí:

— Fiz uma certa investigação, e pelo que sei o sheik Alfonso Herrera é um homem de negócios muito esperto; e adora correr riscos, é muito respeitado por sua brilhantia e cuidado. É um homem acostumado a levar tudo à sua maneira, e que persegue seus objetivos com dura determinação, mas mesmo assim muita gente o considera charmoso e persuasivo... especialmente as mulheres — disse, dando um sorriso ao ver que Anahí ficava corada. — O que quero dizer é: tenha cuidado, Anahí, e não deixe que ele a engane, minha querida.