Fanfic: Unidos pelo destino Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

— Não se preocupe, não vou deixar — respondeu Anahí, de­cidida.

Mas ao voltar pelo hall em direção à biblioteca, onde deixara o sheik com seu filho, sentiu seu corpo estremecer. Quando viu Alfonso pela primeira vez, ficou completamente paralisada por sua beleza e magnetismo sexual. Aquele homem cheirava a perigo, e o brilho predatório que era capaz de enxergar em seus olhos obrigaria Anahí a manter-se sempre em guarda.

Ao desviar os olhos da janela e dos campos nevados, Alfonso percebeu que Kazim olhava diretamente para ele, e seus olhos cor de chocolate, bem abertos, demonstravam curiosidade. De­vagar, ele se ajoelhou, ficou à altura do rosto do menino, e sen­tiu uma dor no peito. Aquele menino era muito parecido com seus pais, e a visão de seu rosto pequeno e vivo, e de sua risada levada, fez a tragédia da recente morte de Christopher e Dulce pa­recer ainda mais dura.

A raiva e a amargura que assombraram Alfonso por seis longos anos abrandraram em seu coração e foram substituídas por uma nova emoção, algo feroz. Um amor — puro e descomplicado — corria por seu corpo, e o fez aproximar-se e agarrar o rosto de Kazim com os dedos.

O pequeno filho de Christopher era órfão, mas nunca se sentiria sozinho ou sem amor. Ele, Alfonso, faria de tudo para que isso não acontecesse. Graças ao seu orgulho desmedido, ele demo­rou muito em aceitar uma reconciliação com o irmão, mas es­tava pronto a amar o sobrinho como se fosse seu próprio filho. Kazim pertencia a Qubbah, e nada poderia impedir sua viagem até lá.

Sua mente voltou-se rapidamente para a segunda esposa de Christopher, e logo tentou desviar este pensamento. Anahí era um in­conveniente com o qual teria de lidar. No momento, focaria toda a sua atenção no filho de seu irmão.

— Ele parece alto para três anos — comentou com a cozi­nheira, que estava sentada em uma cadeira ao lado da lareira.

— Ah, sim... e é muito forte — concordou, alegremente. — E é muito vivo, também. Kazim é uma criança adorável, e sabe exatamente o que quer. Certas vezes, Erin luta para vencer seu temperamento, sobretudo na hora de tomar banho.

Alfonso fez uma cara feia.

—  O que você quer dizer com luta? Ela perde o controle com ele?           

Kazim era um menino muito levado, mas estava só no 1 mundo desde a morte do pai, e dependia completamente dos 1 cuidados de Anahí. Quem era essa mulher a quem Faisal con­fiara seu filho? Erin dissera amar Kazim, mas ele, Alfonso, estava ligado a Kazim por sangue, e uma onda de protecionismo invadiu seu corpo.

—  Não, por Deus — disse Alice, balançando a cabeça.: — Anahí tem muita paciência com ele. Ela realmente cuida dele como se fosse seu próprio filho... e, afinal de contas, é a única mãe que ele conheceu.                                                       

As palavras da cozinheira não foram bem-recebidas, e a face de Alfonso contraiu-se novamente, mas quando levantou o rosto suas feições estava controladas, com um sorriso medido.

— Sei que Anahí se casou com meu irmão um ano atrás, mas já trabalhava para ele antes?

— Sim. O sr. Christopher contratou Anahí como babá de Kazim logo que veio para cá — confirmou Alice, completamente à vontade frente ao charme de Alfonso. — Ela morava na casa dos zeladores com seus pais adotivos, mas quando eles se aposentaram e mu­daram-se para o sul, para viver mais próximo de seu filho, Anahí veio para cá. Ela sempre amou esta casa — disse Alice, com a voz embargada. — Após a morte de Christopher, foram ouvidos rumores desagradáveis no vilarejo dizendo que Anahí persuadira o sr. Christopher a casar-se com ela, prometendo tomar conta de Kazim, mas que na verdade queria mesmo era herdar a casa — resmungou.— Tudo mentira, claro. Anahí não tem espírito mercenário, mas algumas pessoas são tão mesquinhas, e sempre julgam os outros pelo seu passado...