Fanfic: Unidos pelo destino Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

Não existia nada mais além da firme pressão de sua boca sobre a dela, os movimentos sensuais de sua língua e o peso de suas mãos tão próximas de onde ela gostaria que a tocasse. Per­dida em seu novo mundo de prazeres sensuais, ela se aproximou ainda mais, colou seu quadril no dele — e neste momento, de repente, ele afastou a boca, e com os dedos empurrava Erin para longe de seu corpo.

O silêncio que se seguiu revelava uma tensão sexual que quase se podia tocar, e por alguns segundos Anahí queria ver­se outra vez entre seus braços, queria que voltasse a beijá-la, os dois estavam loucos de desejo. Mas quando Alfonso abriu a boca para falar, ela teve vontade de sumir, de morrer de tanta humilhação.

— Vejo que eu não estava errado sobre a sua natureza — dis­se, num tom sarcástico. — Meu irmão está enterrado há menos de três semanas e você já está sexualmente dependente. Quanto tardará até que convide algum de seus amiguinhos para vir a esta casa? E que tipo de cuidado Kazim receberá a partir deste momento, quando você estará muito ocupada para cuidar dele?

—  Quero que vá embora — disse Erin, firme, respirando fundo.

Erin não queria olhar para ele. Tentar defender-se era inútil — era inútil explicar que nunca tivera um namorado de verdade em seus 22 anos. Alfonso imaginava que ela seria uma espécie de Mata Hari, e após sua reação ela não seria capaz de desmentir.

Abriu a porta da biblioteca e deixou espaço para que ele pas­sasse — e ficou ofegante quanto ele segurou seu braço e voltou a fechar a porta, a raiva nos olhos de Alfonso a fizeram tremer.

— Vim até aqui para pegar o filho do meu irmão, e não vou a lugar nenhum sem ele — avisou, em tom selvagem.

— E o que pretende fazer? Sequestrá-lo? Levá-lo à força? — perguntou Anahí.

À casa estava distante pouco mais de dez quilômetros do po­voado mais próximo, e Anahí sempre gostou deste isolamento, mas Alfonso era forte e poderoso, ela e Alice não seriam páreo se resolvesse levar Kazim embora dali.

— Se não sair agora, vou chamar a polícia — disse, num tom rude que não sabe de onde saiu, especialmente se levarmos em conta a ineficácia da ameaça. Ele poderia levar Kazim para o seu carro, estacionado em frente à casa, e desaparecer na es­curidão antes que qualquer carro de polícia saísse do vilarejo mais próximo. — Você diz que quer o melhor para Kazim, mas realmente acha que assustá-lo poderá ser bom para ele?

— Eu não disse que pretendo assustá-lo — disse Alfonso, impa­ciente. Mas as palavras de Anahí foram duras, e ele ficou olhando para ela, podia ver o medo em seus olhos.

Ele não queria perder a cabeça, e estava furioso consigo mes­mo por ter perdido o controle. Não a deveria ter beijado daquela maneira — mas nunca sentira tanta raiva de alguém antes, e ela se entregara a ele, claro. Ainda podia sentir o gosto de Erin, a doçura momentânea de quando ela parou de lutar contra ele, deixando os lábios menos tensos e seu corpo relaxado, pousan­do os seios macios contra o peito de Alfonso.

Murmurando, ele se afastou de Anahí e passou as mãos por entre seus próprios cabelos. Era a viúva de seu irmão, lembrou a si mesmo, e ainda assim ela não demonstrava qualquer respeito por Christopher.