Fanfic: Unidos pelo destino Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

— Não quero levar meu sobrinho para longe de você — ele disse, gritando. Alfonso vira o menino buscar a ajuda de Anahí quan­do se machucou, e no fundo sabia que não seria capaz de separar Kazim da mulher que via como sua própria mãe.

— Não? — murmurou Anahí, confusa, sentindo sua tensão diminuir. Um minuto antes, ele dissera que não sairia dali sem Kazim.

— Não — disse Alfonso, com a mandíbula trincada. A última coisa que pensava fazer era levar esta mulher em luta com seus hormônios para o seu país, mas não tinha outra alternativa. — Sabendo que ele precisa de você, tenho certeza que deveria vir a Qubbah também.

Ele falava sério, percebeu Anahí, reconhecendo a determina­ção em seus olhos.

— Acho que você não entendeu — ela disse. — Eu não vou para Qubbah nem para lugar nenhum com você, e digo o mesmo de Kazim...

— E você quem não está entendendo — respondeu Alfonso, friamente. — Meu pai está desesperado para conhecer o neto.

— Eu disse que... o seu pai pode vir aqui visitar Kazim sem­pre que quiser, será bem-vindo — afirmou Anahí, defensivamen­te, corando ao encarar Alfonso diretamente nos olhos.

— Essa viagem o mataria. Há dois meses meu pai contraiu um vírus que atacou seu coração. Está tomando medicamentos para controlar sua condição e, se tudo der certo, evitar um ata­que do coração, mas tem que repousar o máximo possível. Os médicos receitaram oxigênio para evitar um problema maior. Um voo longo está fora de questão — disse Alfonso, decidido. — A única solução seria que você acompanhasse Kazim a Qubbah. E, para ser honesto, não tenho muito tempo para ficar ar­gumentando — disse, num tom de aviso, quando a boca de ANahí se abria, provavelmente para um protesto. — Meu pai queria muito reconciliar-se com Christopher, e ficou louco com a notícia de sua morte. 

É um homem velho, e sua vida está por um triz — disse, de forma áspera. — Tudo o que quer é conhecer o neto... o filho de Christopher. E você quer negar este simples desejo.

Anahí mordeu os lábios, sem saber o que fazer frente ao em­bargo na voz de Alfonso. A culpa rondou sua consciência. Mais do que ninguém, ela entendia a importância dos laços familiares. Viveu toda a sua vida sentindo falta de uma vida em família, e mesmo que sua mãe não demonstrasse muitas habilidades neste sentido, ela se sentiu muito mal após a morte do único parente de sangue que lhe restava.

E se o velho sheik morresse sem nunca ver Kazim? Ao que parece, o pai de Alfonso amava Christopher, esperava uma reconcilia­ção com o filho e, de acordo com Alfonso, estava desesperado para conhecer o neto. E Kazim? Será que uma batalha pela custódia do menino seria boa para ele? E como Kazim se sen­tiria se, um dia, descobrisse que ela impedira uma visita ao seu avô?

A verdade é que tinha o dever de permitir o encontro de Ka­zim com sua família, em Qubbah, ela sabia disso, mesmo não querendo admitir. Não poderia permitir que Alfonso levasse Kazim — teria de ir junto. Mas a ideia de cruzar meio mundo com o incrivelmente sexy irmão de Christopher a deixava desconfortável.