Fanfic: Unidos pelo destino Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

O tenso silêncio foi interrompido pelo toque do celular de Alfonso. Era uma interrupção bem-vinda, e ele respondeu a cha­mada, ouvindo com atenção, e depois deu algumas duras instru­ções em árabe antes de voltar a falar com Anahí.

— Meu motorista tem seguido os boletins do tempo e disse que se espera ainda mais neve. Temos de partir imediatamente. Não posso arriscar a possibilidade de ficar preso aqui vários dias — disse, impaciente, vendo Erin boquiaberta.

— Você não pode querer que a gente vá com você agora — com tensão em sua voz, pois sabia que era exatamente isso o que ele queria. — Sei que, como seu pai está doente, você tem que levar Kazim a Qubbah para uma visita breve, mas não hoje! A idéia é ridícula. Eu tenho que fazer as malas. E é muito tarde. Logo Kazim tem que ir para a cama...

—  Ele poderá dormir no avião — disse Alfonso, friamente. — Vamos viajar no meu jato privado, e um dos quartos já está preparado para ele. Não é preciso trazer nada. Ele tem roupas e brinquedos, tudo o que poderá precisar em Qubbah. Está tudo arranjado. Basta você arrumar suas coisas rapidamente, se qui­ser. E sugiro que troque de roupa, colocando algo mais confor­tável para a viagem — disse, passando os olhos pelos seus jeans surrados com uma expressão que fez Anahí sentir vontade de dar um tapa na sua cara. — Algo mais leve... em Qubbah está bem mais quente que aqui.

Ele era o mais arrogante, desagradável... Erin desistiu de buscar adjetivos e ficou encarando Alfonso com tal fúria que ele poderia ter se queimado.

— Veja bem...

Atrás dela, a porta da biblioteca se abriu. Ela girou, com res­piração ofegante, e forçou um sorriso quando Kazim entrou no cômodo.

— Então, já tomou o chá? Acho que está na hora de preparar o seu banho.

A hora do banho era uma luta, e Kazim fez que não com a cabeça várias vezes. Parecia fascinado com Alfonso, e mesmo que sempre fosse tímido com desconhecidos, correu pela biblioteca e jogou-se nos braços do tio.

— Em vez de banho, por que não vamos voar no meu avião, Kazim?

Os pequeninos olhos do menino se abriram totalmente, e ele fez que sim com a cabeça:

— Um avião de verdade?

— Claro que é de verdade. É um jato, e vai nos levar direta­mente para o deserto...

— Espere um momento — interrompeu Anahí, murmurando diretamente nos ouvidos de Alfonso: — Não estou certa se seria uma boa idéia para Kazim viajar hoje à noite. — Ela não esta­va convencida se deveria levar o menino a Qubbah, mas Alfonso aproveitava todas as brechas que encontrava pelo caminho, com arrogante desdém.

Após sorrir para a criança, que estava em seus braços, Alfonso olhou duramente para Anahí:

— Kazim quer vir comigo, não quer? Mas e se Anahí não qui­ser vir, podemos ir os dois... o que você acha?

O coração de Anahí pareceu parar ao ver Kazim apoiar a ca­beça no ombro do tio. Parecia completamente entregue a Alfonso — e não era o único, pensou, lembrando-se dos breves instan­tes que esteve colada ao seu peito, sentindo seu tentador odor masculino.

—  Anahí também vem no avião — disse Kazim, decidido, apontando para ela do colo de Alfonso.

Algo da tensão de Anahí se desfez. Alfonso deve parecer o Super-homem para Kazim, mas ele ainda precisava dela, e por isso Anahí sorriu de volta ao menino, sorriso que desapareceu quando ela voltou a olhar para Alfonso.