Fanfic: Unidos pelo destino Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

— Isse foi um truque sujo, baixo, você sabe muito bem — disse, furiosa.

— Eu posso jogar sujo se for preciso, e é bom que se lembre disso — avisou, friamente.

A ameaça em sua voz plantou o medo em Anahí. E ele saiu pela porta, carregando Kazim.

— Vem, Kazim, vamos brincar enquanto Anahí arruma as ma­las — e sorriu ao ver a felicidade do menino, mas sua expressão era bastante séria quando olhou mais uma vez para Anahí: — Su­giro que se apresse... ou corre o risco de ser deixada para trás.

Quando saíram, já tinha parado de nevar. O ar noturno era pe­sado e frio, e Anahí tremia com sua leve saia de linho e com a jaqueta que vestira para a viagem. Alfonso avisou que faria calor em Qubbah, e ela rezava para que tivesse razão.

Pelo menos já não parecia uma "mera doméstica", pensou, lembrando-se da horrível descrição feita por ele quando se vi­ram pela primeira vez. Por isso vestiu também uma camisa azul pálido de seda e enrolou seus cachos em um coque no topo da cabeça, chegando mesmo a colocar alguma maquiagem — ape­nas um toque suave de sombra nos olhos e um brilho rosa nos lábios.

Sentia-se muito insegura ao descer as escadas, enquanto os dois a esperavam no hall de entrada, quando o olhar com teor sexual de Alfonso, fez seu coração pular.

Suas dúvidas sobre levar ou não Kazim para visitar a família em Qubbah foram intensificadas neste momento, mas ela pare­cia não ter escolha. Alfonso entrara na vida dos dois com a força de um furacão, e Anahí ainda sofria com o impacto.

Ela e Kazim voltariam em breve para a Inglaterra, pensou, enquanto o carro deixava a porta da casa, e voltou sua cabeça para dar uma última olhada no único lugar que chamou de lar em sua vida. Ela adorava aquela casa. A beleza selvagem dos arredores era um forte contraste com o prédio de cimento no qual crescera.

Se o pai de Alfonso estava mesmo doente como ele dissera, será que não gostaria que os dois prolongassem a visita? Ela ficaria em Qubbah o tempo necessário para que Kazim conhecesse seu avô e os outros parentes, e depois voltaria com ele para casa.

Kazim não parou quieto no caminho de casa ao aeroporto, e sua animação cresceu quando subiram no avião privado de Alfonso. Anahí sentia-se entrando em outro mundo quando viu a cabine luxuosa. Em vez de filas de apertadas poltronas, haviam grandes sofás e um fofo carpete de veludo. A luz discreta criava um ambiente de luxo refinado, e o pessoal de bordo — duas aeromoças incrivelmente bonitas — eram muito atenciosas. Es­pecialmente com Alfonso, ela notou. Por isso ele era tão arrogante, já que todas as pessoas envolvidas em seu mundo o tratavam daquela maneira. Mas estar rodeado de gente que só diz sim talvez seja uma das regalias de ser riquíssimo.