Fanfic: Unidos pelo destino Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

Anahí se recusava a ficar sequer mais um dia. Na manhã se­guinte, jurou que não ficaria ali ao olhar pela janela do quarto de brinquedos, enquanto seus olhos vertiam lágrimas de raiva. Não permitiria que Alfonso a manipulasse e a tratasse como uma mulher sem qualquer valor — especialmente nos assuntos que envolvessem Kazim.

Arregalou seus olhos em direção ao brilho do sol e ficou ob­servando cada detalhe dos jardins do palácio. Apenas os pavões passeavam por ali, não havia qualquer sinal de homem ou crian­ça pequena.

Passara a noite anterior invadida pelas memórias de sua res­posta vergonhosa a Alfonso, e preocupada com o que ele dissera sobre nunca deixar Kazim voltar à Inglaterra. Mas acabou cain­do num sono pesado e, consequentemente, levantou-se tarde. O sol já estava ofuscante quando correu em direção ao quarto de Kazim, onde Bisma, a babá contratada por Alfonso, disse que "Sua Majestade" levara o "príncipe Kazim" para um passeio de camelo no deserto.

Como ousou levar Kazim sem consultá-la? Ela era a repre­sentante legal e, gostasse ele ou não, deveria respeitar seu papel na vida do sobrinho. E quanto tempo ficariam por lá? Já tinham saído há duas horas. Será que Alfonso tinha mesmo levado um menino de três anos para o deserto? Deve ser fácil perder-se nessas dunas altas, e se Kazim sofresse de insolação ou ficasse desidratado?

O som de vozes vinha do andar de baixo, e um alívio to­mou conta de Anahí quando viu Alfonso caminhando em volta do lago ornamental com Kazim em seus ombros. O sorriso feliz de Kazim chegou até a janela de Anahí, e ela sentiu uma ponta de ciúme. Devotara sua vida àquele menino há três anos, mas como poderia competir com a sala lotada de brinquedos e com o pas­seio de camelo? Como poderia competir com um homem que era seu parente de sangue? Especialmente se tratando de sangue real — descoberta que ainda não assimilara de todo. Ser rico era uma coisa, mas como poderia competir com a realeza?

Seus olhos seguiram os dois enquanto caminhavam em baixo da janela. O coração de Anahí acelerou ao ver Alfonso. Ele parecia relaxado aquela manhã, quase um menino, e ela gostaria que pudesse rir para ela da forma como sorria para Kazim. Seus ca­belos brilhavam como seda sob o sol, e mesmo à distância era impossível ignorar o impacto de sua virilidade. Era um homem diferente de todos os outros que já encontrara, e ainda que de­testasse admitir, estava fascinada por ele.

Logo depois Alfonso olhou para cima, e seus olhos encontra­ram os dela, acelerando ainda mais os batimentos de seu cora­ção. Anahí afastou-se da janela, sem graça por ele ter visto que os vigiava.