Fanfic: Unidos pelo destino Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

— Não cabe a mim falar sobre a família imperial, sobre seus assuntos particulares — disse.

Anahí ficou olhando através da janela. Os jardins do palácio eram um lindo oásis de prados verdes e plantas de cores vibran­tes, mas além de seus muros o deserto se extendia para todos os lados que a vista pudesse alcançar — uma paisagem vasta, árida, assustadora. Ver aquilo fez seu coração disparar. Perdera a vontade de nadar quando soube que deveria ir à ala feminina. Que tipo de palácio era aquele, pensou. Ela não pertencia àquela prisão, nem Kazim. Tinha certeza de que Christopher gostaria que ele crescesse na Inglaterra, e mesmo com toda a insistência de Alfonso ela estava determinada a levá-lo de volta para casa.

— Preciso falar com Alfonso — disse. Bisma já tinha dito que os aposentos de Alfonso estavam no lado oposto do palácio, mas quando seguiu em direção à porta, a babá disse:

— Você não pode ir aos aposentos do príncipe sozinha, sem ser convidada — e olhou para Anahí, com medo de que Alfonso a encerrasse no porão do palácio caso ousasse perturbá-lo.

Mas Anahí estava decidida:

— Não se preocupe — disse a Bisma, friamente, preparando-se mentalmente para a batalha, e saiu para o corredor.

Seria fácil desaparecer nos milhares de corredores do vasto palácio, pensou, enquanto planejava seu caminho em direção à ala oriental.

— Posso encontrar o príncipe Alfonso por aqui? — perguntou ao guarda que a seguia desde do outro lado do palácio, e que parecia muito nervoso ao ver seus pedidos de que voltasse aos seus apostentos recusados.

Ele não respondeu, mas Anahí percebeu que trocava olhares com outros guardas, parados no final do corredor. Ela estava certa de que encontraria Alfonso atrás daquelas portas.

— Estou aqui para ver o príncipe — anunciou, levantan­do a cabeça e olhando para eles, com suas faces impassivas. — Ele me espera. — A mentira pedia uma resposta, e com o rosto erguido Anahí deu mais um passo, quando, em uma fração de segundos, os guardas cruzaram suas espadas na frente da porta.

— A sua entrada não está permitida — disse o homem, fi­nalmente, fazendo com que as sobrancelhas de Anahí se levan­tassem.

— Ah, então você me entende? Bem, entenda uma coisa: quero ver o príncipe, e quero vê-lo agora mesmo.

— A senhora não pode.

Quando ela colocou a mão na porta, um dos guardas segurou seu braço, com os olhos brilhando ao dizer algo em árabe ao companheiro. Pelo seu tom e pela expressão no seu rosto, Erin percebeu que o que ele dizia não era nada bom.

— Tire suas mãos de mim — disse, tentando bater na porta para chamar a atenção de Alfonso, mas de alguma maneira, em meio a confusão, ela conseguiu bater no nariz de um dos guar­das, e ele gritou, um grito que ecoou pelo corredor.

— O que está acontecendo? — disse Alfonso, abrindo as portas, espantado ao ver Anahí rodeada por três guardas, um deles com o nariz sangrando.

— Sinto muito... eu não queria fazer isso... foi um acidente — disse Anahí, olhando para o guarda acidentado e para Alfonso, que a encarava, enfurecido. Ela entrou no que parecia uma sala de reuniões, e ficou pálida ao ver seis homens vestidos com rou­pas tradicionais árabes, que se levantaram e olharam para ela, espantados com sua audácia.

— Preciso falar com você — disse, perdendo a confiança e com vontade de abrir um buraco e sumir no chão.

— Isso é óbvio — disse Alfonso, friamente. — Eu estava discu­tindo assuntos de Estado, importantes, mas não deixe que isso a paralise. Estou certo de que qualquer coisa que tenha a dizer é mais importante que os problemas do povo de Qubbah com uma praga — disse, sarcástico.