Fanfic: Unidos pelo destino Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

As sobrancelhas negras de Alfonso se levantaram, e ele ficou olhando para Anahí com tanto desdém que os dedos dela pareciam prontos para atacá-lo. Era um arrogante, um porco, mas infelizmente parecia um semideus de pele dourada, vestindo calças negras muito bem-cortadas e uma camisa branca tão bo­nita, que marcava os músculos de seu abdômen.

Ela sentiu um frio na espinha e seus seios se excitaram ao lembrar-se do que aconteceu logo que chegaram ao palácio. Ele a beijara como se a quisesse possuir, e sua boca fora tão dura e dominadora como se a pretendesse subjulgar. Mas de alguma maneira a paixão abriu caminho, e ele passou suas mãos e lábios pelo corpo de Anahí como se não pudesse resistir à sua pele perfu­mada. Parecia querer levá-la a uma excitação enorme, a um pico de desejo, e a lembrança de como a acariciara com suas mãos e boca estava gravada na mente de Anahí.

Ela tentou limpar sua mente de todos esses pensamentos. Seu rosto estava pegando fogo, e pelo olhar de Alfonso se podia perce­ber que ele entendera o que ela pensava.

— Já discutimos isso antes — disse, num tom rude. — E eu disse que estava livre para ir aonde quisesse. Mas Kazim vai ficar aqui em Qubbah. É o seu lugar, a terra natal de seus ances­trais, aqui está a sua vida — disse, frio, num tom que indicava não estar disposto a ouvir argumentações.

— Além disso, ele é o herdeiro do trono... um pequeno fato que você esqueceu de mencionar na Inglaterra, quando me per­suadiu a trazê-lo aqui — disse, fria. — Imaginei que estivesse perdido resolvendo os problemas de um pai à beira da morte... tão doente que não poderia viajar à Inglaterra para visitar o neto. Você mentiu para mim. Fez com que eu acreditasse que o rei tinha pouco tempo de vida, e que estava louco para ver Kazim antes que morresse. Mas o seu pai está tão próximo da morte quanto eu. Para um homem de 80 anos, parece muito saudável.

Louca de raiva por ter sido manipulada, ela não enxergou o olhar estupefato de Alfonso.

— Você me enganou ao trazer Kazim para cá, mas não vai ficar com ele. É o desejo de Christopher que seja criado na Inglaterra, comigo. Eu sei o que Christopher queria — disse, em tom de ameaça.

O corpo de Alfonso parecia rejeitar tudo o que ela dizia, um ciúme humilhante que sentia ao imaginar Anahí com seu irmão. Eu sei o que Christopher queria. Ela se referia aos desejos de Christopher quanto à educação de Kazim após sua morte, mas aquelas pala­vras ficaram rondando a mente de Alfonso. Ela sabia o que Christopher queria fazer na cama e ofereceu a ele todo o prazer possível? Ou, sabiamente, usou seus desejos como parte do plano de per­suadi-lo a casar-se com ela, sabendo que, depois de passar um tempo entre os mesmos lençóis, herdaria a casa?

Ele queria ver Anahí longe dali, pensou, fora do palácio, de Qubbah, de sua cabeça. Ele odiava a força com a qual estava presente em seus pensamentos — odiava o fato de, apesar de desejá-la mais que qualquer outra mulher, não pudesse fazer amor com a viúva de seu irmão. Já era bastante ruim que a tives­se beijado. Se o telefone de Omram não o tivesse interrompido, não poderia ter resistido à tentação. Por razões que não era ca­paz de entender, Anahí causava um efeito devastador nele, em seu auto-controle, e Alfonso detestava ter de encarar sua fraqueza.