Fanfic: Unidos pelo destino Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

Poucas horas mais tarde, Erin olhava pelo retrovisor do carro, mal podia acreditar que não estava sendo seguida por guardas no deserto. Parecia loucura que seu plano de tirar Kazim do palácio dera certo, mas talvez Omram tivesse algo a ver com a ausência de guardas controlando os portões do palácio.

Ela conseguira, estava livre. Tudo o que precisava fazer era localizar a Embaixada Britânica e voltar para casa com Kazim.

— Aonde vamos, Anahí? — perguntou Kazim, sentado no banco de trás.

— Vamos para a cidade, e talvez a gente pegue outro avião hoje à noite. O que você acha de tudo isso?

O menino fez que não com a cabeça vigorosamente, e Anahí sentiu uma pontada de culpa. Era um menino inocente perdido numa batalha entre dois adultos que o amavam — e, por mais que Anahí odiasse Alfonso, tinha de admitir que ele parecia adorar o menino quase tanto quanto ela. Ela sabia que Kazim via seu tio como um herói. Como poderia explicar a ele que Alfonso não voltaria à Inglaterra? Estaria pensando somente em seu bem, ou também no bem de Kazim?

Logo as muralhas do palácio já não podiam ser vistas, e o de­serto parecia vasto e intimidador. O sol baixava no horizonte, e o céu dourado estava ficando lilás ao entardecer. As palmas das mãos de Anahí estavam empapadas de suor. Ela acendeu os fárois e ficou olhando atenta através do parabrisa. Omram dissera que Al Razir estava no final da estrada, mas não disse que ela se bifurcava, e Anahí não tinha idéia de para onde deveria seguir. Deveria ser em frente, imaginou. Não se lembrava de ter dado muitas voltas no caminho para o palácio mas, para ser honesta, aquela viagem não fora para ela mais que um momento de areia interminável.

Após dirigir por mais meia hora, percebeu que tomara o ca­minho errado. As luzes de Al Razir já deveriam estar aparecen­do no horizonte, mas a escuridão era total, opressora, e a estrada ficava cada vez pior, um caminho tortuoso com muitos buracos. Estava perdida, e a única coisa a ser feita era voltar atrás, até o entroncamento, pensou, tentando domar seu pânico.

Ela parou e deu marcha à ré, mas quando deu a volta no vo­lante escutou um ruído de metal rangendo contra algo duro, e quando acelerou o carro não andou.

— Espere aqui — disse a Kazim, tentando manter o nervo­sismo longe de sua voz ao abrir a porta e descer à areia. Uma rápida inspeção revelou que um dos pneus dianteiros ficara pre­so entre pedras, além disso, a barra de metal que prendia o pneu estava torcida, e mesmo que pudesse tirar o carro dali, ele não poderia ser governado. Estava presa no vasto e escuro deserto, e a temperatura descia.

Viu Kazim tremendo, e percebeu que cometera o maior erro de sua vida. O que estava pensando? O deserto era um grande desconhecido para ela, e devia ser mesmo louca para se arriscar dirigindo por ali sozinha, colocando a vida de Kazim em risco. Nesse momento sentiu medo e raiva. Alfonso chegou a dizer que ela era maluca, e naquele momento não poderia negar a acusação.