Fanfic: Unidos pelo destino Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

— Não vou embora sem Kazim — gritou Anahí. — Eu disse que não iria sem ele. — Desesperada, segurou o braço de Alfonso, e o carro se desgovernou um pouco. Alfonso murmurou algo e soltou os braços. Lágrimas escorreram pelo rosto de Anahí, que tentava abrir a porta do carro. — Não vou me separar dele, en­tendeu? Volto andando ao palácio, se for preciso.

A areia não foi um impedimento quando ela finalmente de­cidiu pular do carro em movimento, mas logo percebeu que não conseguiria e ficou parada, mal podendo respirar. 

Alfonso parou o carro pouco depois e correu para pegá-la de volta, gritando furiosamente numa mistura de inglês e árabe. Se abaixou ao seu lado, respirando fundo, tentando ver se ela se machucara ao sair do carro.

— Você é a mulher mais louca que já conheci. Poderia ter se ferido.

— Eu não me importo — disse, enxugando o rosto suado com uma das mãos e olhado para ele. — Kazim é meu filho, não vou deixá-lo sozinho.

— Para que você quer Kazim? Já tem a casa, e a fortuna de meu irmão. Para que mais poderá usar o menino?

— Eu o amo! — gritou Anahí. — O que preciso fazer para que você perceba isso, para que veja que eu não ligo para casa e dinheiro? Você pode ficar com tudo isso. Vou assinar um papel oferecendo tudo a você, e assim talvez entenda que só me preo­cupo com Kazim.

"Estou convencido de que seu amor por Kazim é verdadei­ro", pensou. Alfonso lembrou-se das palavras do pai, e encarou Anahí. Ela não estava mentindo. Mesmo ele, tão cínico, podia ver que seu desespero não era um plano para que lhe oferecesse mais dinheiro. Disse que abriria mão da casa e da fortuna, e Alfonso já não podia negar que se tratava de uma mãe devotada. Mas não poderia levá-la de volta ao palácio. A situação era mais complicada do que ela imaginava.

— Quero que me leve com você — murmurou, com os olhos cheios de lágrimas. — Por favor.

— Não posso — disse Alfonso, ajudando-a a mover as pernas. — Meu pai sabe que você fugiu do palácio com Alfonso — disse, em tom grave. — Também ouviu que esteve sozinha nos meus aposentos e que mais tarde esteve olhando... — parou, e mes­mo no escuro pode ver as bochechas de Anahí corando. — O rei imagina que eu a desonrei pelo simples fato de estar na sua pre­sença sem ninguém mais por perto. Para proteger sua honra e evitar fofocas no palácio, ele declarou que eu deveria organizar sua viagem de volta à Inglaterra imediatamente. A única forma de continuar no palácio — disse, quando Anahí estava abrindo a boca para protestar — é se casando comigo.

Anahí balançou a cabeça, parecia querer recuperar o bom sen­so. Mas a expressão dura no rosto de Alfonso a fez perceber que não estava louca. Ele estava sendo sincero.

— Não quero me casar com você — disse, imaginando que talvez tivesse fraturado uma costela ao pular do carro, pois lhe custava respirar. — E tenho certeza de que você também não. Talvez, se puder explicar ao seu pai que nada aconteceu entre nós, e que minha... — disse, corando — ...que minha honra está intacta, ele certamente...

— Não — disse Alfonso, com uma dureza que fez seu coração parar de bater. —Além disso, eu estaria mentindo se dissesse ao rei que nada aconteceu entre nós dois. Se não tivéssemos sido interrompidos, teríamos feito amor, nós sabemos disso — afir­mou, com os olhos sendo invadidos pelo desejo.

No silêncio do deserto, Anahí sentiu toda a sensualidade que emanava do corpo de Alfonso.

— Eu estaria mentindo se dissesse ao meu pai que não gosta­ria de me casar com você — murmurou.

Anahí ficou chocada com o que ele disse, e sentiu um arrepio pelo corpo. Estaria apaixonado por ela? Contos de fada eram coisa de crianças... não queria ver aquele homem apaixona­do por ela. E suas próximas palavras a deixaram ainda mais confusa.