Fanfic: Unidos pelo destino Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

— Tudo bem: não quero uma lista detalhada de seus namora­dos — disse, cortando o assunto.

Claro, ele parecia um homem moderno, disse a si mesmo. As mulheres eram iguais aos homens, e tinham o mesmo direito de experimentar vários parceiros sexuais. Mas ele não entendia por que pensar em Anahí com outros amantes o deixava tão nervoso. Deveria ficar contente com sua experiência, e naquela noite usa­ria toda a experiência dele para fazê-la feliz. A ensinaria coisas que provavelmente a deixariam louca, e daria a ela mais prazer do que jamais experimentara — até que pudesse afastar de sua mente a memória de todos os seus amantes anteriores, e pensas­se somente nele.

— Mas, Alfonso...

— Esqueça, Anahí. Eu também não pretendo dar a você uma lista de todas as mulheres que já passaram pela minha cama. Estaríamos a noite inteira fazendo isso — disse, com um pe­queno sorriso —, e tenho outros planos para a nossa primeira noite.

E atravessaram o deserto num silêncio que levou Erin aos nervos, até chegarem a um oásis. Uma tenda beduína apareceu na escuridão, entre várias palmeiras e iluminada por lamparinas a óleo. A luz da lua pintava de dourado uma piscina natural, e mais estrelas do que Anahí jamais imaginara existir enchiam o céu de pontos brilhantes.

À distância, podia ver mais tendas, e Alfonso explicou:

— É a ala dos empregados. Mas não tenho muita gente aqui, e todos têm ordens estritas de não nos perturbarem.

E segurou o braço de Anahí para que ela descesse do carro. O pequeno contato foi suficiente para que Anahí sentisse um arrepio em suas veias. Sentir o toque da camisa de seda entre os seus dedos e o odor sensual de sua colônia a deixaram embriagada, e suas pernas ficaram bambas. Quando ele abriu a porta da tenda, ela viu a enorme quantidade de travesseiros em cores fortes e tapetes desenhados, e também a enorme cama, baixa, envolta em um véu de tule e drapeada de cetim.

Era como uma fantasia árabe, e se aquele fora um casamento real, nascido do amor, não da conveniência, ela teria adorado o cenário romântico. Mas Alfonso se casara por dever, e porque queria fazer amor com ela. Saber que ele gostaria de estar ao seu  lado naquela cama enorme a fez sentir-se como sua mãe. Não era mais que uma prostituta — pois qual a diferença entre aceitar doar seu corpo em troca da presença de Kazim ou de dinheiro vivo?

O pânico começou a crescer em sua mente desde o fim da ce­rimônia e a saída do palácio, e naquele momento parecia pronto a dominá-la por completo. Por isso disse, com voz decidida, quase gritando:

— Eu não vou dormir com você.

— Mas eu não estou pensando em dormir — disse Alfonso, aproximando-se de uma mesa e pegando uma garrafa de cham­panhe. — Sou capaz de pensar em várias formas melhores de passarmos nossa noite de núpcias.

E encheu duas taças, oferecendo uma a Anahí, mas ela fez que não com a cabeça e cruzou os braços. Fazia calor na tenda, mas seus dentes tiritavam e ela se sentia mal. Comera pouco na fes­ta de casamento, seu mal-estar não poderia estar relacionado à algo que comera. Era medo, pura e simplesmente, pensou, com os olhos fixos em Alfonso. Quando ele começou a desabotoar a camisa, ela perdeu o fôlego. Ver aquela pele dourada, coberta de finos pelos negros, e seus músculos abdominais, a fizeram perder o controle.