Fanfic: Unidos pelo destino Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

— Você não me forçou — disse, suavemente. — Eu também queria muito, da mesma forma que você.

E suas bochechas também ficaram coradas enquanto se lem­brava da noite anterior, da maneira como praticamente implo­rara para que fizesse amor com ela. Se alguém deveria sentir vergonha, esse alguém era ela. Mas seu orgulho parecia ter de­saparecido para sempre, e a única coisa que queria era voltar à cama com ele, ao seu lado, e mais uma vez sentir tudo aquilo em seu corpo.

Mas, em vez de tranquilizá-lo, as palavras de Anahí o deixaram mais nervoso — ainda que ela imaginasse que Alfonso estivesse com raiva dele mesmo, e não dela.

Alfonso se levantou e ficou andando pela tenda, parecia pode­roso, com seu corpo repleto de músculos e seu peito desnudo brilhante sob a luz da manhã, vestindo um par de calças de algo­dão atadas com um cordão que envolvia sua cintura.

— Sua honestidade me deixa perdido — disse. — Mas não estou orgulhoso de meu comportamento ontem à noite, você não se casou com um bruto que só pensa em levá-la outra vez para a cama. Quando o tempo passar, vou abrandar meu desejo e quero ter certeza de que você estará preparada para fazer amor.

Só pensar em estar "preparada para fazer amor" a deixou ex­citada, e seus mamilos se enrijeceram, pensando no toque de Alfonso. Anahí não queria que ele abrandasse o seu desejo, queria que a beijasse com a mesma avidez, especialmente no espaço secreto entre as suas pernas, e depois seguir beijando-a, para enfim penetrá-la com força.

Alfonso estava andando pela tenda como um felino, mas por fim aproximou-se da cama e ficou olhando para Anahí, que tinha as bochechas coradas. Disse que não voltaria a fazer amor até que ela estivesse pronta, mas a fúria sexual que escapava de seus olhos a fez afastar o lençol e dizer que já estava pronta, naquele minuto, que não poderia esperar mais.

— Sei que tivemos poucas oportunidades de nos conhecer­mos melhor antes de nosso casamento — murmurou Alfonso, for­çando a si mesmo a não deitar naquela cama.

Apesar de todas as boas intenções, Anahí era uma tentação irresistível, deitada na cama, com seus cabelos sedosos caindo por sobre os ombros, com seus seios firmes visíveis sob a camisola de seda, fazendo com que ele imaginasse ter tudo aquilo entre as mãos. Foi até a abertura da tenda e deixou que mais luz entrasse ali, de pé, de costas para ela, para que Anahí não pudesse ver o ar de confusão estampado em seu rosto.

— Gostaria de conhecer você melhor — disse, tentando ser verdadeiro, e não apenas para deixar de pensar em fazer amor com ela. — Ontem à noite, você disse que estava desesperada para garantir uma boa educação para Kazim. Quantos anos você tinha quando sua mãe morreu?

— Dez — disse Anahí, sem qualquer traço de emoção. Ela percebia que Alfonso estava esperando que continuasse, mas não tinha vontade de reviver seu passado. Tentava manter as lembranças de sua infância trancadas, mas algumas imagens flutuavam em sua mente, sobretudo do pequeno apartamen­to no qual vivia com a mãe, e da própria mãe, extremamente magra, com longos cabelos vermelhos emoldurando seu rosto branco.

Alfonso estava olhando para ela, claramente curioso.

—  Ela morreu num acidente? — perguntou, e a gentileza inesperada em sua voz a fez sentir-se mal.

Alfonso era um príncipe que crescera num mundo de luxo inimiginável — não poderia entender sua infância, quando o vício de sua mãe obrigou Anahí a buscar alívio para sua fome e falta de carinho.