Fanfic: Unidos pelo destino Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

Claramente nervosa, Fátima resolvou mudar o tema da con­versa para Kazim, que crescia rapidamente. Mas ainda que Anahí tenha sorrido e entrado na conversa, sua mente estava em pol­vorosa. Se a família de Maite queria o casamento com Alfonso, seria ela a tal prometida há muitos anos? A tal mulher que Bisma disse que ele amaria para sempre? Mas, se fosse assim, por que não se casaram? Não fazia sentido, pensou, olhando para Alfonso. Ele sorria para Maite e parecia gostar de sua companhia. Tal­vez tenham brigado e rompido o noivado. Mas será que Alfonso não se arrependia de ter perdido uma chance de casar-se com uma mulher tão bonita e inteligente, e árabe, que o poderia ter feito feliz?

Daquele momento em diante, a festa se transformou num emaranhado de informações perdidas e conversas com pessoas que ela não conhecia. Tinha certeza de que a viam como uma estranha, e que notavam sua total falta de sofisticação.

Não se pode dizer que ela não tenha tentado, cortejando mes­mo os convidados que passariam a noite no palácio. Maite e seu pai eram dois desses convidados, e isso fez com que Anahí se sentisse pior, especialmente após o que lhe contara Fátima e após saber que Alfonso os convidara para ficar ali para sempre, pois dessa forma o sheik Fahad poderia acompanhar os negó­cios de Estado mais de perto.

Não tinha ciúme de Maite, disse a si mesma, enquando subia as escadas com Alfonso, com o salto de seus sapatos machu­cando o piso de mármore no caminho para o quarto. Fora uma noite difícil, e estava louca para escapar de tudo aquilo — mas Alfonso seguia logo atrás, e quando tocou seu braço ela se virou e olhou para ele.

— Sei que deveria andar alguns passos atrás de você, mas ninguém está nos olhando agora, e não acho que seja necessário seguir as regras do protocolo quando estamos sozinhos — disse, irritada.

—Não sabia que essas coisas a irritavam—murmurou Alfonso, seco. — Você é muito decidida, kalila — disse, empurrando-a para dentro do quarto e tirando seu paletó e gravata. — Gostaria de um chá, ou café?

—  Não, obrigada — disse, tirando os olhos do peito de Alfonso. — Vou dormir no meu quarto de vestir hoje, tenho dor de cabeça.

— Que pena — murmurou Alfonso, com as sobrancelhas uni­das —, pois eu tive um dia muito cansativo, e só pensava em suas carícias e na promessa de seu corpo. Acho que não preciso lembrar que você é minha mulher, kalila, e hoje quero que fique na minha cama.

— Qual o sentido de me levar para a cama quando você pre­feria estar com outra pessoa? Ou está pensando em fazer amor comigo imaginando estar com ela?

— Com quem, exatamente?

— Maite Perroni. Ou você acha que não percebi suas conversinhas hoje à noite? Que não notei a forma como olhava para ela?

Anahí ficou com raiva por ter demonstrado tanto ciúme. Dis­sera a si mesma que não se importaria com aquela mulher. Mas só de pensar que ele já poderia ter beijado Maite, talvez feito amor com ela, a deixava em brasa.

— Fátima me disse que a família de Maite esperava que você se casasse com ela. Não sei por que terminaram o noivado, mas hoje à noite ficou claro para mim que você se arrepende de ter feito isso. Maite é uma mulher inteligente e bonita, per­tence ao seu mundo. Seria uma esposa muito melhor que eu — disse, sentindo-se triste.

— Isso é verdade, não resta dúvida.

E a confirmação de Alfonso foi uma punhalada em seu coração, e a fez ter certeza de que não significava nada para ele.