Fanfic: Unidos pelo destino Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

Não teve oportunidade de falar com Alfonso antes do jantar. Ele chegou, acompanhado de Maite, alguns minutos mais tarde que a hora prevista, e continuou conversando com ela enquando os empregados serviam à mesa.

Para sua frustração, Anahí ficou relegada a uma posição entre dois senhores árabes, enquando Alfonso sentou-se entre o rei e Maite. Em respeito ao rei Kahlid, ela sorriu e tentou seguir a conversa, mas estava cansada de política e em certa hora calou-se. Os olhares de Maite e o respeito de Alfonso por sua assis­tente reafirmaram a crença de Anahí de que, neste momento, ele encarava o casamento com um erro.

Já no final do jantar, a conversa era Kazim, assunto preferido do rei Kahlid.

— O senhor deve estar contente ao ver que seu neto se adap­tou tão bem ao palácio — comentou Maite. — Deve estar vivendo uma vida muito diferente da que tinha na Inglaterra — e parou de falar, olhando diretamente para Anahí, com um ar de vingança nos olhos. — É claro que a sua vida também deve ter mudado muito, Anahí — murmurou.

Algo na sua voz chamou a atenção de todos na mesa, e o coração de Anahí pulou do peito. Ela entendera. Maite estava louca só de pensar na idéia de sua gravidez. Tinha medo de que Alfonso mudasse de idéia sobre o divórcio, ou pelo menos adiasse seus planos até que a criança nascesse. Maite tinha deixado claro que faria de tudo para ser esposa do príncipe, e nada a deteria.

— Deve ser muito chocante o contraste entre o envelhecido abrigo de menores onde viveu e este palácio. É claro que, depois de casar-se por dinheiro, você já não precisa roubar... ou seguir os passos de sua mãe... a profissão de sua mãe. — E deu um olhar frio a Alfonso, que parecia nervoso, com as sobrancelhas arqueadas e a testa franzida. — Quem imaginaria que um prín­cipe da família real de Qubbah se casaria com uma ladra, filha de prostituta?

O rei e o pai de Maite, sheik Fahad, comentaram algo em árabe, mas Anahí não os escutou, nem ouviu os murmúrios dos demais convidados. Tinha os olhos fixos em Alfonso, que parecia perdido entre sensações de choque e raiva.

Anahí estava confusa, sentia um zumbindo em seus ouvi­dos quando afastou a cadeira e se levantou. Além do mar de rostos assustados pôde enxergar a porta, mas foi detida pela voz do rei:

— Isso não é verdade... certo, Alfonso?

Anahí respondeu antes que Alfonso pudesse abrir a boca:

— Sinto muito, mas é verdade, Sua Majestade. Acho que não sou o tipo de pessoa que o senhor buscava como nora. — Maite tinha razão. Como Anahí, com o passado que tinha, poderia ser mãe de um futuro rei? — Mas o senhor também sabe que minha posição como es­posa de Alfonso é algo temporário. Ele se casou comigo apenas para se tornar pai do filho da mulher que tanto amou, e agora que já tem a custódia de Kazim poderá casar-se com Maite, exatamente como tinha sido planejado.

Ela ignorou o murmúrio do rei e encarou Alfonso, que se levan­tara, com seu rosto bonito marcado por rugas de preocupação.

— Quero que saiba que não vou me opor ao divórcio ou... — e sua voz falhou, pois tinha a garganta afogada em lágri­mas — lutar pela custódia de Kazim. Você tem razão... ele está melhor vivendo aqui, com sua família, e não com uma pessoa como eu.