Fanfic: Noiva comprada (Adaptada) Anahí & Alfonso | Tema: Ponny romance

Ela tremeu sob o toque dele em suas costas. Mas quando ela tentou se aproximar, ele se afastou.

— Não, Anahí.

— Não? — Anahí ruborizou. Ela mal podia respirar, mas Alfonso estava perfeitamente calmo.

— Eu não vou fazer amor com você aqui, enquanto esperamos alguém trazer suas roupas.

— Você está certo — retrucou ela, ainda em um turbilhão de emoções e de desejo, se distanciando. Provocar era uma coisa; mas aquilo ali já era demais.

Alfonso a alcançou, já perto da porta, e a puxou para seus bra­ços, segurando-a, até que ela relaxou, e aquela era uma sensação maravilhosa e avassaladora.

Aquela ideia vinha crescendo dentro dele, e agora ele tinha certeza. Ele havia encontrado sua noiva. Ele ainda teria que convencê-la a se casar com ele, é claro.

Havia sido um incrível golpe de sorte Miranda ter decidido ir para Kalmos. Ele precisava de uma esposa, mas sentir aquilo que ele sentia por ela era um bônus inesperado. A óbvia inexpe­riência de Anahí fazia com que ele se sentisse muito protetor; ele olhava para ela e sentia...

As emoções que ele sentia eram novas, e ele não confiava nelas. Portanto, ele usou seu cérebro de homem de negócios para analisar os prós e os contras. Ela era talentosa, ela era bonita, e, pelo que ele lembrava, a irmã dela havia se casado com um prín­cipe. Ela não hesitava em enfrentá-lo, o que significava que ela seria capaz de manter o interesse dele por muito tempo. Geneticamente, ela parecia saudável, e os filhos que viessem a ter se beneficiariam disso. Eles se desejavam isso era óbvio. Era tudo incrivelmente simples, na verdade: tudo parecia muito certo.

Devagar e com cuidado ele foi soltando-a.

— Você é muito especial, Anahí, e eu quero vê-la novamente.

Ele gostava de poder exercer seu autocontrole, mas, se Anahí concordasse em ser sua noiva, eles teriam que se casar rapidamente... E não apenas por causa da saúde debilitada de Dimitri. Ele nunca havia se encontrado naquela situação antes, sabendo que todo seu controle mental não seria suficiente para subjugar o desejo físico que sentia. Mas, por razões que ele desconhecia, ele jamais havia desejado uma mulher como desejava Anahí Portilla.

Ele se afastou da porta para que ela pudesse ver que, se qui­sesse, poderia sair dali. Ela ainda estava um pouco hesitante após o que havia acontecido entre eles.

— Suba um pouco para pegar um ar, Anahí. Pedirei que chamem você assim que suas roupas chegarem.

— Não. Vou ficar aqui.

Ele se sentiu triunfante quando ela se dirigiu para o sofá. Mas quando Anahí se virou para olhá-lo, Alfonso sentiu uma pontada de culpa. Ela teve que lidar com muitas coisas desde o acidente que havia destruído a vida dela e ainda devia assombrá-la. Seria justo se casar com uma mulher como Anahí, quando ele nem sequer sabia se era capaz de amar? Ele não tinha nenhum bom exemplo de uma família feliz em que se espelhar... E será que ela já não tinha muita carga para carregar, sem ele em sua vida?

Alfonso se recompôs. Ele precisava de uma noiva; Anahí pre­cisava de um protetor para cuidar dela enquanto se recuperava do acidente e refazia sua vida. Se ela concordasse em se casar com ele, ele lhe daria o mundo. Em troca pelo acordo, ele iria protegê-la. E o amor viria dos filhos que teriam.