Fanfic: Noiva comprada (Adaptada) Anahí & Alfonso | Tema: Ponny romance

Aquele havia sido o momento decisivo de sua carreira, quan­do ela decidira fugir. Em parte, para não ter que contar a uma família que havia se sacrificado tanto por ela sobre o último prognóstico em relação a seu braço inutilizado para a música; mas, sobretudo para se redefinir, se redescobrir. Talvez ela não pudesse mais ser uma violinista internacional, mas teria de ser alguém. Ela não poderia simplesmente abandonar o barco.

A pequena ilha grega de Kalmos era distante o suficiente para que as pessoas não soubessem quem ela era ou quem ela havia sido. E ela gostava do sol, do mar e de nadar — algo que ela ainda podia fazer, e tinha que fazer se quisesse melhorar os movimentos de seu braço.

À medida que as pessoas começaram a se afastar do cais, Anahí deu um suspiro feliz e voltou-se para o sol, deleitando-se com a ideia de que finalmente estava livre. Livre do passado e livre daqueles que queriam manipulá-la. Ainda era doloroso se lembrar de seu empresário, que cuidava da carreira dela apenas para tentar transformá-la em uma história triste para os tabloides, quando ela já não tinha qualquer utilidade para ele. E ela ainda era atormentada por pesadelos depois do acidente que destruíra muito mais do que sua carreira.

Mas ela não faria o papel de vítima. Ela iria reconstruir sua vida, mas de sua própria maneira. E uma boa maneira de reco­meçar seria alugando um apartamento, desfazendo as malas e encontrando um emprego. Eram suas metas para hoje.

Amanhã, o mundo...

Aquilo era o mais próximo da perfeição que poderia haver. Ela teria uma vista para o mar, de um tom de azul incrível. O céu era ainda mais azul, se isso era possível; na verdade, todas as cores pareciam um pouco mais brilhantes na ilha.

Ela escolhera Kalmos porque a menina na agência de via­gens tinha dito que aquela era a mais pitoresca e menos visitada de todas as ilhas gregas. Bem, certamente era bonita, e seu apar­tamento simples tinha uma localização privilegiada.

E, exatamente como desejava, era próximo de uma taverna.

Ela trouxera poucas roupas, sabendo que não precisaria de muito naquele clima quente, mas havia separado duas roupas especiais no caso de encontrar algum trabalho como cantora. Quando estudou no conservatoire de música, conseguira um dinheiro extra cantando com uma banda. Não era muito, mas geralmente ela recebia uma refeição como parte do pagamento.

Se não conseguisse trabalho como cantora, aceitaria qual­quer outro emprego. Ela estava certa de que tudo o que acontecesse lhe daria uma visão completamente nova sobre a vida. Nem todos tinham essa mesma chance para recomeçar.

O otimismo de Anahí desapareceu de repente. Sua irmã gêmea, Emily, havia encontrado seu príncipe encantado na noite em que uma gripe havia mantido Anahí na cama, colocando Emily no palco em seu lugar. Apenas uma noite havia sido o suficiente...