Fanfic: Noiva comprada (Adaptada) Anahí & Alfonso | Tema: Ponny romance

Os casamentos na Grécia pediam certa dose de burocracia, mas logo Anahí descobriu que, para homens como Alfonso Herrera, as regras que todos seguiam não se aplicavam a ele.

Anahí percebeu que estava desordenadamente entrando em um mundo desconhecido, enquanto discutia com Alfonso sobre as possíveis datas para o casamento, durante um jantar na taverna.

— Eu não quero apressá-la — disse ele.

Mas ele estava fazendo exatamente isso, ela sentiu, e se per­guntou por quê. Lembrando-se da animação de Agalia, ela colocou as dúvidas de lado.

— Agalia já organizou tudo para que meu vestido de casamen­to seja feito aqui na ilha...

Aqui em Kalmos? Mas eu ia levar você a Paris.

— Você não precisa me levar a Paris, Alfonso. — Ela tocou nas mãos dele para consolá-lo, porque ele parecia desapontado. — Você não poderia decepcionar Agalia, conseguindo alguma outra costureira. — Ela pôde ver que Alfonso estava lutando para contro­lar o impulso de discordar dela. Ele estava acostumado a fazer tudo de sua própria maneira, mas isso teria que mudar. Ela não tinha a intenção de passar sua vida de casada seguindo ordens.

— Tudo bem — concordou ele, finalmente. — Se você tem certeza que é isso o que você deseja tudo bem. Acho que um vestido simples será mais apropriado para uma cerimônia pequena...

Aquele era um uso estranho das palavras. O que ele estava dizendo? De repente, a paranoia de sua antiga vida e as suspeitas que ela possuía sobre Alfonso voltaram.

— Por quê? Você quer dizer que assim vai ficar bem para você, Alfonso? Isso vai mostrar você de uma forma melhor para o resto do mundo? O magnata grego que aprecia as coisas simples da vida e para provar isso se casa com uma mulher com um problema físico?

— O quê? — Ele olhou para ela, horrorizado. — E isso o que você pensa de mim?

— Eu não sei Alfonso. Eu não sei o que pensar! Por que você está se casando comigo com tanta pressa?

— Você sabe por quê! Porque eu te amo, e algumas coisas não podem esperar.

Algo ainda a incomodava, mas ela não tinha mais argumen­tos para continuar a discussão. Por que um homem como Alfonso Herrera estava se casando com uma pessoa que ele mal conhe­cia, em uma minúscula ilha no meio do nada, com tanta pressa? E por que ela estava deixando aquilo acontecer, sem resistir? Porque aquele caminho era mais fácil para ela, talvez?

— Eu não ligo para a forma como o mundo vê nosso casamento — disse ele. — As únicas pessoas que importam somos você e eu, e depois todas as pessoas que amamos. Estou surpreso que você tenha duvidado dos meus motivos. Será que você não me conhece?

— Não, Alfonso, este é o problema. Eu realmente não o conheço. Em vez de responder, como ela esperava, ele ficou quieto.

Mas, aos poucos, Anahí viu o humor voltando ao rosto dele.

— Será que nós estamos tendo nossa primeira briga? — sorriu ele.

Como ela poderia ficar com raiva de Alfonso quando ele olhava para ela daquela forma? Ela estava sofrendo um terrível caso de tensão pré-nupcial, só isso. Ela respirou, e depois compartilhou esse pensamento com ele.

— Você está preocupada com a noite de núpcias? — disse ele, brincando, e ficou surpreso ao vê-la empalidecer. Ela parecia tão jovem, às vezes, tão vulnerável...