Fanfic: Noiva comprada (Adaptada) Anahí & Alfonso | Tema: Ponny romance

— Estou ficando com frio — disse ela de maneira ríspida, não se importando com o que ele pensaria sobre a educação dela.

Voltando-se para a direção do barco, ele pôs a mão em uma alavanca e tirou-a do ponto morto. Ele acelerou, dirigindo-se para a costa.

Ela não falou nada durante a viagem de volta. De qualquer maneira, teria sido impossível com o barulho do motor do iate. Depois que ele a ajudou a descer da embarcação, já próximos da praia, Miranda nadou até a areia, sentindo-se terrivelmente exposta naquele biquíni pequeno, quase esfregando suas cica­trizes nele para que a deixasse sozinha. Mas ela não achava ter muitas razões para se preocupar. Ele era do tipo que certamente não tolerava imperfeições.

Mas, enquanto voltava para casa, Anahí sentiu uma dor crescendo dentro dela. Alfonso Herrera não havia a olhado da ma­neira como um homem olha para uma mulher quando ele a quer em sua cama. Mas por que ele a desejaria, afinal, se ela estava com raiva e ferida... Tanto por dentro quanto por fora?

E agora, ela estava sentindo pena de si, novamente. E isso era tudo o que ela havia prometido não sentir.

Era um absurdo se sentir assim! Alfonso Herrera era, possi­velmente, a pessoa mais detestável do planeta. Mas, mesmo assim, ela sentia algo por ele... Uma quedinha? Na verdade, era uma enorme, gigantesca queda por ele... O que era surpreen­dente, porque ela odiava sexo. Ela só havia tentado uma vez, e fora um desastre. Tinha doído, e ela havia se sentido como um objeto.

O toque de Alfonso havia sido firme e quente. Seguro? Ela não saberia dizer, mas ao menos era algo completamente impessoal.

Quando Anahí fechou a porta de seu apartamento, se sentiu aliviada. 

Tanta coisa havia acontecido, e era bom estar ^sozinha novamente. Ela havia pensado que aquele tempo em Kalmos a ajudaria a se curar lentamente, ao som de gaivotas e das ondas. Não esperava se deparar ali com um homem como Alfonso Herrera.

Mas pelo menos o incidente havia lhe mostrado uma coisa. Ela estava se aproximando de seus sentimentos de novo.

Anahí colocou toda sua energia na preparação para seu pri­meiro dia de trabalho na taverna. Ela tomou um banho e se ves­tiu rapidamente, prendendo o cabelo e não se preocupando em passar maquiagem. Disse a si mesma que se esqueceria de Alfonso Herrera. Ela ia adorar trabalhar na taverna. Podia sentir isso. E ninguém iria tirar isso dela.

— Oy! Anahí! Que bom vê-la! — disse Spiros, enquanto limpava as mesas.

— Quer que eu faça isso? — disse ela.

— Você pode me ajudar se quiser. — Spiros entregou a ela um pano, e eles começaram a trabalhar juntos.

— Teremos uma festa aqui hoje à noite — disse Spiros, ao ter­minarem. — Eu sei que está muito em cima, mas você poderia cantar para nós, Anahí?

Ela havia se oferecido para cantar, havia ido a Kalmos com a esperança de cantar, mas agora ela só conseguia pensar que essa seria a primeira ocasião em que ficaria sob os holofotes desde o acidente. Ela não cantava em público desde que era estudante... Há pouco mais de dois anos, na verdade. Sua carreira profissio­nal havia sido tão curta...