Fanfic: Se eu sorrir é por você! | Tema: Vondy

Capítulo 1 - Continuação do Prólogo. - Giovanna

Ela subiu as escadas rapidamente preocupada buscando saber se sua mãe tinha escutado alguma coisa. Secou as lágrimas que ainda insistiam em cair com as costas das mãos e abriu a porta devagar procurando saber se sua mãe estava acordada.

- Mãe - sussurrou baixinho na expectativa de tua mãe está dormindo.

Soltou um suspiro de alívio ao ver que ela apenas se remexeu e soltou uma palavra sem nexo. Abriu completamente a porta sem fazer barulho e caminhou até sua mãe sorrindo em meio a lágrimas. A cobriu e lhe deu um beijo no rosto e soltou um pequeno sussurro dizendo "Eu te amo muito, boa noite."

Dulce sabia que sua mãe era a única pessoa que mais a amava nessa terra, e sabia que aquele sentimento era recíproco. Saiu do quarto de sua mãe fechando a porta devagar caminhando para o seu quarto. Sentou na cama e sentiu dores espalhadas por todo seu corpo.

Encostou-se na cabeceira da cama e abraçou o joelhos se permitindo a chorar como todos os dias. Lembrando como era feliz. Sempre havia acreditado que crescerá em uma família que esbanjava felicidade. Mais estava enganada, quando completou 16 anos começou a perceber que seu pai batia em sua mãe freqüentemente quando chegava bêbado em casa, mais sempre sua mãe ou ele procurava disfarçar para que a mesma não descobrisse. Uma vez que Dulce se meteu na briga e acabou apanhando junto com sua mãe. A parti daquele dia tua mãe fez jurar-lhe que nunca permitiria que teu pai batesse nela.

Abaixou a cabeça chorando descontrolamente lembrando que não foi capaz de cumprir a promessa que havia feito a tua mãe.

Alguns meses depois sua mãe descobrirá um câncer no fígado que ficava pior a cada dia. E se não tomasse as precauções poderia de espalhar por todo os órgãos. E foi nesse dia que Dulce perdeu seu chão. Com tua mãe doente em cima de uma cama seu pai começou a usá-la como saco de pancadas, a maltratando constantemente.

Dulce escutou uma batida de porta vinda do andar de baixo e deduziu ser seu pai. Enxugou as lágrimas rapidamente se levantou da cama e se pôs a pensar como ganharia dinheiro. Começou a tirar as roupas, olhando os hematomas roxos espalhados por seu corpo e se permitiu a chorar baixinho. Tomou banho, se vestiu e foi dormir, pois amanhã seria outro dia que teria que administrar. Amanhã iria a escola e poderia falar com Anahi, sua única e melhor amiga. Dulce cursava o 3• ano do ensino médio.

Antes de dormir lembrou de Christopher, sabendo que teria que o encontrá-lo no dia seguinte.

Christopher era seu melhor amigo, junto de Anahi. O conheceu no colégio quando estava no 2 ano e ele no 3. A parti daquele dia ele virou seu confidente, sabendo tudo que acontecia na vida de Dulce. Permitindo lhe dar conselhos e lhe acalentar quando precisasse.

- Oh! Como sentia falta de ver Christopher todos os dias. Desde de que acabará de estudar, Christopher entrou em uma faculdade de administração onde estudava a noite. Pois de manhã e logo de tarde estagiava na Hotéis Premius. Uma empresa quem que administrava alguns dos mais luxuosos hotéis da cidade. Sorriu ao lembrar quando Christopher a beijou pela primeira vez a fazendo acreditar que teria sido um erro de ambos, pois eram amigos. Nunca mais ousaram outro ato daquele, mais cada um dentro de si sabia o que sentia. Não podia faltar o encontro com Christopher amanhã, pois sabia que seria difícil pegar uma vaga no trabalho a tarde pra conversar. Christopher e Anahi era os únicos que ainda lhe proporcionavam felicidade, além, claro, de sua mãe. Os amavam muito, e agradecia a deus todos os dias por ter companheiros maravilhosos.

Sentiu sua barriga roncar denunciando que não havia comido desde do almoço, por falta de comida. Mais uma lágrima escorreu por sua face. Dulce buscou seca-lá, virou-se de lado permitindo dormir, sabendo que acordaria cedo amanhã.

Cidade do México - 5pm

Dulce sentiu um frio repentino e um forte estralo em sua coxa descoberta.

- Acorda Imprestável! - Fernando gritou, e se pôs a sair do quarto batendo a porta com força.

Dulce abriu os olhos viu que estava de manhã sentou-se e automaticamente sentiu lágrimas cair por sua face. Mais ela era forte, ela agüentaria. Sempre agüentou, por que todos os dias era a mesma coisa.

Se levantou, olhou as horas e viu que era 5:00 da manhã. Horário normal que acordava todos os dias. Levantou tomou banho, vestiu-se com o fardamento de seu colégio, pegou sua bolsa e saiu em direção ao quarto de sua mãe.

Abriu a porta devagar vendo que ela já havia acordado e sorriu entrando no mesmo.

- Bom dia mamãe. - disse sorrindo, e pondo sua bolsa no chão ao lado da cama se preparando para a mesma rotina de sempre. - Como a senhora está? - Viu a senhora lhe sorrir amorosamente.

- Estou bem minha filha. - tentou sentar sem sucesso. Dulce lhe empurrou devagar pelos ombros impulsionando ela a deitar novamente.

- Mãe, vamos devagar Ok? - a senhora afirmou e aos poucos Dulce lhe tirou o lençol a pôs sentada, tirou suas roupas a colocou na cadeira de rodas e lhe levou para o banheiro. Era gratificante para Dulce saber que ajudava sua mãe. Ela fazia aquilo sem ao menos pensar sobre, pois era um prazer e vendo sua mãe sorrir, pois a felicidade da mãe era a felicidade dela.

- Filha. - a senhora disse cortando o assunto que conversavam, enquanto já devidamente banhada e vestida, sentada em sua cadeira de rodas Dulce lhe penteava.

- Oi mãe - prendeu os cabelos da mesma em um simples rabo de cavalo e se agachou em frente a sua mãe.

- Filha, eu escutei uns barulhos ontem. - suspirou triste. Dulce arregalou os olhos levemente tentando arranjar alguma desculpa para tal zuada. - Não precisa dizer, eu sei que foi seu pai. Desculpa por isso filha, você não merecia. - Blanca deixou uma lágrima escorrer sobre sua face. Dulce a secou rapidamente.

- Mãe, não chora tá bom. Ele estava nervoso a senhora o conhece. Vive quebrando tudo. - sorriu tentando enganar a si própria também com aquele fato. - O papai só está precisando de dinheiro e eu vou conseguir ok? Não se preocupa. Ah! E eu faço isso por que eu te amo ta bem? - beijou-lhe a testa. E sentiu uma leve ardência no lábio inferior lembrando da noite passada e agradecendo mentalmente que sua mãe não viu. Sentou Blanca na cama, pegou a cadeira de rodas a colocando no andar de baixo e segurou blanca até o mesmo.

Fez um rápido café para seu pai, onde só tinha pão e o próprio café preto sem açúcar.

Levou sua mãe até a a fundação Ajuda-me. Lugar onde sua mãe ficava todos os dias até a noite.

Onde era bem cuidado e bem medicada. Para conseguir a vaga nessa instituição Dulce teve que dormir na fila dias.

Balançou cabeça tentando afastar esses pensamentos tristes. Empurrando a cadeira de rodas e conversando animadamente com sua mãe ela chegou a fundação.

Tocou-lhe a companhia e a Dona Rosa veio lhe atender com um sorriso animado.

- Bom dia Rosa! - sorriu empurrando a cadeira de sua mãe. A mesma lhe respondeu de bom grado. Depois de alguns minutos foi caminhando até seu colégio. Quando chegou no mesmo olhou o pequeno relógio que tinha em seu pulso e viu que era 7:55. Sorte! Sempre chegava no horário certo. As 8h não entravam mais alunos. Se encaminhou para dentro da instituição a procura de Anahi.

Avistou sua amiga entrando dentro da sala e caminhou até a mesma. Uma vez que Dulce não iria gritar, pois era muito tímida em relação a esse tipo de coisa. Dulce entrou na sala e foi recebida com um abraço caloroso.

- Bom dia amiga! - retribuiu o abraço, afundando a cabeça em seu pescoço. Viu que só tinha umas 2 pessoas dentro da sala e deixou umas lágrimas escaparem.

- Dul, o que aconteceu amiga? - passou a pelos longos cabelos ruivos e a abraçou mais fortemente.

- O de sempre - deixou um soluço escapar. - Eu não agüento mais Annie. - a mesma pegou o rosto de Dulce com as mãos, limpou as lágrimas.

- Vem - a pegou pela mão impulsionando a caminhar. - Vamos sentar ali no fundo e você me conta direitinho o que ele quer dessa vez.

Dulce contou tudo a Annie e no mesmo momento a mesma queria ir denunciar o Fernando, mais não faria isso sem a permissão e o consentimento de Dulce. As duas assistiram as aulas e logo tocou um sinal irritante denunciando ser o intervalo.

- Dulce - perguntou enquanto sentavam em uma mesa distante. - Qual a ultima vez que você comeu? - Dulce lembrou que a ultima refeição tinha sido o almoço no dia anterior.

- Ontem pela tarde - suspirou triste. - Mais não se preocupe amiga eu vou comer agora quando eu chegar em casa e...- Anahi a interrompeu.

- Dulce! - exclamou temerosa pela amiga. - Você tem que comer, qualquer dia desses você pode passar mal. - apalpou os bolsos - Eu não to com dinheiro aqui mais eu vou pedir pro poncho perai.

Poncho era muito gente boa, namorado/noivo de Anahi. A namorava desde da 8 série. E ela confiava muito nele. A ponto já de está noiva. Ele estudava também no 3 ano, mais em outra turma por ser de idade diferente. Olhou pro lado e viu Anahi falando com ele e o mesmo olhar pra ela de relançe e soltar um sorriso de canto como se dicesse "fica bem, sinto muito". Uma vez que Poncho já tinha virado seu colega e sabia desses seus problemas em relação a seu pai. Viu ele tirando uma coisa do bolso que deduziu ser dinheiro e anotou mentamelte que iria pagar ele depois. Anahi deu um selinho no mesmo e a viu andando em direção a cantina. Decidou abaixar a cabeça em sua mochila que estava em cima da mesa e fechou os olhos. Sorriu ao lembrar que veria Christopher e pensou que o mesmo poderia ajuda-lo a conseguir dinheiro. Sentiu um pouco de dor de cabeça e sua barriga roncar denunciando que estava com fome, no mesmo momento veio a mente o a sua ultima noite e os ultimos meses. Sentiu seus olhos encherem de lagrimas, mais as secou pois havia decidido que não choraria mais por isso.