Fanfic: Begin Again ♥ | Tema: Ponny, AyA, Alfonso, Anahí

- Qual o nível de responsividade? – A médica questionou.

- Compreensível até o momento, doutora.

- Certo – Any respondeu, aproximando-se da maca onde estava o paciente. – Sr. Herrera, meu nome é Anahí Portilla e eu serei sua médica. O senhor sabe o que aconteceu?

- Não – Alfonso disse quase inaudível.

- Qual seu nome completo?

- Alfonso Herrera Rodríguez – o moreno respondeu.

- O senhor sabe que dia é hoje? – perguntou, pondo um termômetro sob o braço de Alfonso.

- Três de maio – tornou o homem.  – Eu não consigo respirar direito. Dói.

- Isso é porque suas costelas estão fraturadas – constatou -, logo estará melhor. – virando para o enfermeiro, disse: - Isso está bem longe de ser um PCR. O homem tem quatro costelas fraturadas, óbvio que não conseguiria respirar. Por favor, quero aqui 500 mg de naproxeno. - Ela sorriu, vendo a preocupação no rosto do enfermeiro que fez o diagnóstico erroneamente. – Está tudo bem, vê? Só seja mais cuidadoso da próxima vez, Juan.

Any pegou o termômetro e viu a temperatura pouco acima do normal. Pediu aos enfermeiros que o levassem para o CTI e o estabilizassem lá. Terminou sua ronda de onde tinha parado, e então às 07:45  foi tomar um café da manhã decente.

- Dra. Portilla, que milagre a senhorita aparecer por aqui. – Maggie a garçonete, disse.

- Bom dia, Mag. É, acho que a agitação de hoje me deixou faminta. – Any sorriu doce.

- E o que vai ser querida?

- Quero um mocaccino e um sanduíche de peru, por favor.

A moça pegou a ficha do Sr. Herrera que lhe fora entregue poucos minutos atrás:

Alfonso Herrera Rodríguez, empresário, nascido em 28/08/1983, residente na Calle Montecito, 145. Mexicano, solteiro. A ficha dizia que Alfonso fora encontrado por um morador de rua às 03h50 perto do Centro. O paciente não conseguia lembrar o que estava fazendo lá. Any franziu a testa, e baseando-se naquelas informações, pôs-se a escrever seu prontuário com as devidas recomendações e requerimentos.

Tomou o lanche, e foi cuidar de alguns afazeres pendentes. Quando foi para o quarto de Alfonso, ele já estava bem mais consciente.

- Bom dia, Sr. Herrera. – ela falou, sorrindo. – Como se sente?

- Como se tivesse sido atropelado – o homem respondeu, fazendo graça. Any riu.

- Isso seria realmente muito ruim – a médica falou, aproximando-se. – Com licença – pediu, levantando a manta que cobria o rapaz, para analisar suas ataduras. – O senhor recorda-se do que aconteceu?

- Hm... Não. Não muito, na verdade. Eu estava em um jantar de negócios e quando estava saindo do restaurante fui atingido por alguma coisa, e acordei aqui.

- Percebo que já não sente dores ao falar, isso é bom. – A médica comentou, anotando no prontuário.

- O remédio que me deram aqui é muito eficaz. Já sabe quando poderei sair?

- Receio que não. Vou pedir alguns exames, avaliar a extensão das fraturas e do resto das escoriações, só então poderei ter uma média do seu tempo aqui, sim?

- Fico feliz por isso.

- Hein? – Any franziu a testa.

Alfonso riu – Eu gostei de você – respondeu, simplesmente.

Anahí balançou a cabeça, levantando um dedo. – Sabe? Eu também gostei de você, caso contrário você estaria deitado em uma cama de pedra agora, Alfonso.

- Pode me chamar de Poncho. Aliás, obrigado por... hum... não me pôr em uma cama de pedra.

- De nada, Poncho. – A morena riu, saindo do quarto.