Fanfic: Usted Se Me Llevó La Vida | Tema: A Feia Mais Bela
[Angélica]
Eu já estava exausta. Exausta de tantas perguntas, exausta de tantos exames. Só queria ir embora dali, ir para minha casa, e fingir que tudo aquilo era um pesadelo. Já havia perdido a conta de quantas perguntas eu respondi naquele dia, de quantas vezes me esforcei para lembrar de várias pessoas, de vários momentos. Lembrei-me da maioria, mas alguns, era impossível. Minha cabeça doía, eu estava começando a ficar tonta com tantas coisas acontecendo. E para piorar, havia ele. Jaime. Por mais que eu me esforçasse eu não conseguia me lembrar dele, mas sentia que ele fazia parte da minha vida, porque todas as vezes que mencionavam o nome dele meu coração disparava automaticamente.
- E agora a Solange. – Minha mãe disse.
- Trabalha em minha casa desde quando eu morava sozinha e quando eu morei com Otto. Ela estava de férias até ontem, hoje ela teria que voltar para minha casa.
- Incrível, ela se lembra de tudo, mas por algum motivo não se lembra dele. – Doutor Victor disse para minha mãe.
- Por que insistem tanto que eu me lembre dele? - Perguntei impaciente passando a mão em minha cabeça. – Talvez se ele fosse tão importante para mim eu me lembraria, não?! Por que eu não me lembro apenas dele?
Ninguém respondeu. Minha mãe e Otto se olharam e abaixaram a cabeça logo depois.
- Eu só quero sair desse lugar. Eu não quero ficar aqui, eu não gosto de hospitais!
Me levantei impaciente e todos chamaram minha atenção. No mesmo instante a porta se abriu e ele entrou. Por que raios aquele homem entrava toda hora naquele quarto? Senti minha cabeça doer e tudo começou a se embaralhar. Me escorei na cama e fechei os olhos, ao mesmo tempo senti alguém me amparar e me segurar pela cintura. Mesmo confusa, prestes a desmaiar, aqueles toques me fizeram arrepiar. A mesma sensação de quando fazemos algo que nos lembra nossa infância, e uma sensação boa e ruim ao mesmo tempo toma conta da gente.
Ele me levou até a cama e eu me sentei. Abaixei minha cabeça tentando recuperar os sentidos, e ele segurou minha mão. Me senti protegida, como se nada no mundo pudesse me fazer mal. Aos poucos a tonteira passou, e ele soltou minha mão se afastando para que Doutor Victor se aproximasse. Minha vontade era de pedir para que ele ficasse, mas achei que não era próprio naquele momento.
- Você ainda está fraca, não pode se levantar assim. – Enquanto chamava a minha atenção, ele me deitou na cama. – Vou aumentar o seu medicamento está bem?
- Eu só quero sair daqui. – Disse respirando fundo, ainda de olhos fechados.
- Precisa ter calma, Angélica. As coisas não são assim.
Preferi não responder. Eu estava começando a perder a paciência. Abri os olhos e arrisquei olhar para ele. Um misto de sensações passou por mim, algumas boas e outras ruins. Com certeza havíamos passado por várias coisas para que eu sentisse tudo aquilo. Ele estava visivelmente com a aparência cansada, mas mesmo assim o meu coração disparava a cada suspiro que ele dava.
- Está melhor? – Doutor Victor perguntou.
- Sim. – Respondi sem tirar os olhos dele.
Talvez minha mãe tenha percebido os olhares, ou talvez tenha entendido o que se passava em minha cabeça, e então ela disse o que eu esperava que alguém dissesse desde quando Jaime entrou no quarto.
- Acho que devemos deixar os dois a sós um pouco.
Olhei para ela e tentei sorrir, mas não sabia se aquilo era bom ou ruim.
- Tudo bem para você?
- Acho que sim. – Olhei para ele, e ele sorriu de lado, um pouco triste. Meu Deus! Que sorriso!
- Se precisar de alguma coisa, você chama meu amor.
O que ela achava que ele faria comigo? Otto sorriu para mim e logo depois os dois se encararam. Senti que havia um clima pesado ali, mas deixaria isso para depois. Doutor Victor deu alguns tapinhas no ombro dele como se quisesse dizer “boa sorte, amigo”. Realmente, ele precisava de muita sorte para me fazer lembrar de tudo, porque pelo que parecia, eu não me lembraria dele tão cedo.
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[Jaime]
O que me confortava era que ela não tinha mais aquele olhar confuso de algumas horas atrás. Aquilo me dava uma ponta de esperança de que não seria difícil fazê-la se lembrar de tudo. Talvez fosse apenas coisa de momento, e depois que eu contasse algumas coisas para ela, ela finalmente se lembraria. Pelo menos eu esperava que fosse assim.
- Então... – Ela se levantou um pouco para se sentar, e eu me aproximei rapidamente para ajuda-la. – Obrigada.
- Você... Está se sentindo melhor? Não está com dores?
- Minha cabeça dói um pouco, mas talvez seja o excesso de informações e a insistência da minha mãe de me fazer lembrar de todos.
Comecei a suar frio.
- É... E você se lembrou?
- De todas as pessoas que ela perguntou, sim.
Com certeza ela entendeu que eu queria perguntar se ela se lembrou de mim, e quando abri a boca para perguntar, ela fez sinal para que eu parasse.
- Sei o que vai perguntar. Olha, por algum motivo você é a única pessoa de quem não me lembro. Eu me lembro até mesmo da ultima pessoa que me vendeu um café, mas não consigo me lembrar de você. Não sei o que isso quer dizer, não sei qual o seu vinculo comigo, mas...
- Não sabe qual o meu vínculo com você? – A interrompi assustado. Ela piscou para mim sem responder. Apenas me aproximei sem assustá-la e ela não se afastou. Toquei sua mão direita e mostrei o anel para ela, que me olhou abismada e sem reação.
- Está me dizendo que...
- Eu também não sei por que você só não se lembra de mim. Queria ter uma explicação para isso, mas parece impossível. Você disse que se lembrava que durante o acidente estava com raiva de alguma coisa ou alguém. Você estava com raiva de mim. Explicarei tudo o que quiser depois, mas a questão é: Você precisa se lembrar de mim. Angélica, você não sabe o quanto me dói saber que você não se lembra de nada do que passamos juntos, de nenhum momento. Não podemos deixar isso assim...
- Acha que estou feliz por não me lembrar? – Ela disparou impaciente. – Sabe como está sendo para mim saber de tudo isso? Não é nada fácil. E se na hora do acidente eu estava brava com você, tenho o direito de saber por que, com certeza foi algo muito grave para eu me esquecer de colocar o cinto de segurança.
Sim, e a culpa era toda minha.
- Está bem... Quer que eu te conte o que aconteceu?
- Por favor.
Suspirei e puxei a cadeira para me sentar perto dela. Eu sabia que depois que contasse o que aconteceu ela provavelmente não ia querer me ver por um bom tempo, mas ela merecia saber de toda a história. Faria de tudo para que ela se lembrasse de mim.
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[Angélica]
Ouvi toda a história tentando me recordar de cada momento. Depois que ele terminou e deu um longo suspiro, ficamos em silencio. Eu não sabia o que responder, e ele não se atreveu em perguntar o que eu estava pensando. Olhei para a aliança em meu dedo e a rodei, brincando com ela enquanto meus pensamentos martelavam em minha cabeça, deixando-a ainda mais dolorida. Depois de quase um minuto em silencio, eu a tirei do meu dedo e estiquei minha mão para ele, que me olhou sem entender.
- Não posso usá-la sem me lembrar de você. Desculpe.
Aquela frase doeu mais em mim do que nele, mas eu estava seguindo os meus pensamentos, e não o meu coração.
- Angélica...
- Sinto muito. Eu prometo me esforçar para me lembrar de tudo, e se você quiser, pode me ajudar contando algumas histórias do nosso passado. Mas enquanto isso não acontece, não é certo continuarmos com isso. Eu não poderei fingir um sentimento por você, e não quero te prender a mim.
- O que isso tem a ver, Angélica? – Ele se levantou e passou a mão em seu rosto, nervoso. Meu coração disparou com aquele gesto nostálgico.
- É a minha decisão. Sinto muito se não está de acordo, mas peço que respeite.
Ele ficou um tempo me olhando até que pegou a aliança, com um pouco de brutalidade. Olhou para ela por alguns instantes e depois olhou para mim.
- Então essa é a sua decisão?
- Sim. – Minha garganta queimava e meu coração estava disparado como uma bateria de escola de samba.
Ele não respondeu. Estava visivelmente magoado. Apenas guardou a aliança no bolso, e repousou suas mãos ali mesmo. Deu uma ultima olhada para mim e depois fitou o chão. Virou de costas e andou lentamente em direção à porta. Eu não queria que ele fosse, mas não tive coragem de pedir para ficar. Antes de sair, com a porta aberta ele olhou para mim e disse com a voz embargada:
- Eu não vou desistir de você. Não cometerei o mesmo erro que cometi no passado.
Dizendo isso a porta se fechou, e a solidão pairou sobre o quarto. Não sei se aquilo era bom ou ruim, mas ficar sozinha depois de tantas confusões e depois de todo aquele pesadelo era um alívio. Depois de alguns minutos sozinha, ouvi batidas na porta.
- Meu amor? – Minha mãe entreabriu a porta. – Posso entrar?
- Claro.
- Jaime foi embora.
- É, eu sei.
- Vocês brigaram?
- Não exatamente.
- Ele estava inquieto e parecia chateado. Você está bem?
- Acho que sim. Ficaria pior se me lembrasse dele.
- Então ainda não lembrou?
- Não...
- Eu sinto muito.
- Mas ele me contou o que aconteceu na noite do acidente.
- E?
- E talvez tenha sido melhor assim. Eu provavelmente estaria muito brava com ele nesse momento se nada disso tivesse acontecido. Talvez lembrar tudo o que passamos um dia e lembrar a cena que eu provavelmente vi seria pior do que não me lembrar dele.
- Mas você não pode deixar as coisas assim. Eu não sei se ele te contou, mas vocês... Estavam...
- Noivos. É, eu sei. Devolvi a aliança para ele.
- Então... O que farão agora?
- Ele eu não sei, mas eu irei retomar minha vida. Continuar trabalhando, voltar para o meu apartamento e...
E eu não sabia mais o que faria. Eu tinha outros propósitos para minha vida antes do acidente, e agora não sabia como prosseguir. Tudo havia mudado, e o meu futuro era mais inserto do que nunca.
- Tudo vai se resolver aos poucos. – Minha mãe acariciou o meu cabelo. – Otto está querendo se despedir, ele precisa trabalhar. Posso chama-lo para entrar?
- Claro. Quero agradecer por ele ter ficado aqui esse tempo todo.
Depois que Otto foi ao quarto eu me senti um pouco melhor. Mas apenas quando Doutor Victor chegou com a notícia de que eu poderia voltar para casa no dia seguinte que as coisas começaram a melhorar. Não via a hora de finalmente descansar a minha mente, meus pensamentos e o meu coração.
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Como prometido, no dia seguinte Doutor Victor me liberou para voltar para casa. As dores de cabeça não me incomodavam como antes, mas eu ainda tinha um pouco de cuidado para andar. Qualquer movimento rápido demais eu voltaria a sentir tonteira e demoraria um pouco para me recuperar.
Otto e minha mãe me ajudavam a andar, caso eu sentisse tonteira a qualquer momento. Por sorte estava tudo bem, e eu não precisaria voltar tão cedo para aquele hospital, apenas para os exames que seriam mensais.
Ao sairmos do hospital, do lado de fora havia alguns fotógrafos. Sorri de lado para eles e acenei sem muita empolgação. Por sorte não havia muitos e eles respeitaram não se aproximando e me enchendo de perguntas. Otto me ajudou a entrar em seu carro e minha mãe sentou-se ao meu lado, segurando minha mão o tempo inteiro.
- Então, está tudo bem?
- Sim. – Respirei fundo e sorri.
Otto deu partida e seguimos em direção ao meu apartamento. Minha mãe ficaria comigo até que eu me recuperasse cem por cento. Não reclamei, já que eu precisaria de uma companhia para não ficar sozinha com meus pensamentos. Quando finalmente chegamos, Otto teve que entrar com seu carro na garagem do prédio por ter tantos fotógrafos e repórteres do lado de fora. Há muito tempo não via tantos assim em frente a minha casa.
Conseguimos sair do carro sem que nenhum fotógrafo visse, e Otto me ajudou a chegar até o apartamento. Solange abriu a porta e me abraçou com cautela, dizendo sem parar que agradecia a Deus e aos Santos por eu estar bem e não ter acontecido nada de grave. Depois de muitos abraços, finalmente sentei no sofá e respirei fundo, estando aliviada por estar ali.
- Preparei um café da manhã do jeito que a Senhora gosta, Dona Angélica. – Solange disse andando de um lado para o outro, terminando de arrumar a mesa.
- Muito obrigada. Está linda. – Disse olhando para a mesa. - Otto você fica para o café?
- Obrigado, mas não posso. Tenho que ir trabalhar. Mas prometo que assim que eu puder eu passo por aqui para ver como você está. E qualquer coisa me liguem.
- Muito obrigada, por tudo. – Fiz menção de me levantar, mas ele se apressou em me impedir.
- Não pode se levantar com tanta pressa, não esqueça.
- Obrigada. – Sorri e ele se inclinou para beijar meu rosto.
- Volto depois, está bem?
- Irei esperar.
Ele se despediu de minha mãe e de Solange, e logo depois saiu. Minha mãe sorriu para mim querendo dizer algo sobre aquilo, mas eu não estava interessada em saber.
- Então, Solange... Alguma novidade por aqui?
- Ah! É claro! Quase me esqueci! A Senhora Vanessa passou por aqui e disse que mais tarde passará por aqui para te visitar. E também... Outra pessoa veio aqui.
- Outra pessoa? Quem?
- O Seu Jaime.
Meu coração disparou imediatamente.
- O... O que ele veio fazer aqui?
- Disse que não queria incomodar a Senhora, e que só queria deixar uma coisa.
Ela colocou a mão no bolso do seu avental e tirou uma carta um pouco grande de dentro dele.
- Disse que a Senhora entenderia quando lesse. Ele não ficou muito tempo, só me entregou isso e foi embora.
- Obrigada.
- Solange, sabe o que eu estou com vontade? De comer o seu bolo de banana. – Minha mãe obviamente estava querendo me deixar sozinha para que eu lesse a carta, e eu agradeci por isso. – Podemos ir para a cozinha e fazermos ele?
- Podemos sim Senhora. Sabia que durante as minhas férias eu aprendi a fazer um bolo de banana com canela?
- É mesmo?!
- Pois sim! Irei ensinar para a Senhora tudo direitinho, é muito fácil.
As duas se afastaram e foram para a cozinha. Dava para ouvir as duas conversando de longe, mas minha mente se fechou completamente quando olhei para a carta em minhas mãos. Ao mesmo tempo em que eu estava ansiosa para lê-la, eu tinha medo do seu conteúdo. Achei melhor não pensar demais, e então a abri, quase a devorando. Olhei para a caligrafia e mais uma vez uma nostalgia tomou conta de mim, e então comecei a lê-la com o coração disparado. (play na musica: https://www.youtube.com/watch?v=uYDOuUbsvj8)
“15 de Janeiro de 2007, ...
... Foi a primeira vez que me dei conta de que não poderia viver sem você. Passei a noite em claro, pensando no que poderia fazer para te dizer que eu estava completamente apaixonado por você. Pensei em mil maneiras, mas quando chegou o momento, nada saiu como planejado.
♫ (Prometi te amar para sempre. E era verdade não havia dúvidas em minha mente. Se o destino teve planos diferentes e te machuquei por acidente, perdão). ♫
Eu não era romântico, tampouco era criativo. Me lembro que quando disse “eu te amo” pela primeira vez, você perguntou três vezes seguidas “está falando sério?”. Por um instante pensei que você diria que eu estava ficando louco, e nunca mais olharia para minha cara. Mas para a minha sorte, depois de perguntar “isso é serio” varias vezes, você abriu um lindo sorriso que fez o meu coração disparar, e logo depois disse “eu também te amo”.
♫ (Não espero amor nem ódio, já tenho o bastante com minha dor. Maldigo o episódio, o pior é que eu fui quem o escreveu). ♫
Já havíamos falado “eu te amo” outras vezes, mas nenhuma tão sério como daquela vez. Foi então que percebemos que não éramos apenas melhores amigos ou irmãos como sempre dizíamos. Éramos mais do que isso.
Deve estar se perguntando por que estou lhe contando isso, e principalmente, como me lembro de tudo isso. Bem, esse é um dos meus defeitos (ou qualidades, como quiser) que me lembro de cada momento ao seu lado. O ruim de tudo isso é me lembrar, todas as noites, de que eu já te magoei tantas vezes. Já que estou disposto a te ajudar a se lembrar, preciso dizer (infelizmente) os dias ruins que tivemos, e que por culpa minha, não foram poucos. É... Me desculpe.
♫ (Se te afastei de mim, se falhei e fui embora foi porque minhas mentiras me davam medo. Você acreditou em mim e me tornei tão bom fingindo). ♫
Mas antes de mais nada quero que saiba que eu não sou o mesmo homem de antes, e acho que você percebeu isso quando aceitou o meu pedido. Estou disposto a te mandar cartas, todos os dias, com datas importantes que passamos juntos (foram muitas, acho melhor arrumar uma grande caixa para guarda-las). Prefiro dizer por cartas porque quero que isso te ajude a pensar, e quem sabe se lembrar desses momentos. Mas preciso que saiba que eu não irei desistir, e que não aguentarei ficar muito tempo longe de você. Estou respeitando esse tempo para que você resolva a sua vida, mas, por favor, não se assuste se um dia eu aparecer em sua casa sem avisar. Porque pior do que não te ter ao meu lado, é dormir sem ter visto o seu sorriso e escutado sua risada.
♫ (Me esperam os demônios que deixa seu esquecimento, que brincam comigo. Já sei que é covarde te pedir em uma canção. Perdão, perdão). ♫
Eu espero que não tenha te assustado com tudo isso, e espero principalmente que se lembre desses momentos que passamos juntos. Passamos por momentos difíceis, mas são os bons que importam nesse momento. Espero que esteja bem, e principalmente espero que esteja pensando em mim, porque eu estou a todo tempo pensando em você.
Eu te amo, Kkita. Não se esqueça nunca disso.
Com amor,
James”
Terminei a carta e me peguei sorrindo. James... Ele sempre tinha o dom de me fazer sorrir.
Autor(a): solotumiamor
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
[Angélica] Acordei com o barulho infernal do telefone. Justo quando eu queria dormir até mais tarde, alguém r ...
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