Fanfic: Usted Se Me Llevó La Vida | Tema: A Feia Mais Bela
1 MÊS DEPOIS
[Angélica]
Havia terminado de gravar um comercial. Estava exausta por passar a manhã inteira em um sítio filmando sem parar. Os produtores eram perfeccionistas, por isso as cenas nunca estavam boas o suficiente, e sempre gravávamos novamente. Por fim, eles finalmente abriram um sorriso e disseram “Corta. Parabéns Angélica, ficou maravilhoso”. Foi um alívio ouvir aquilo e saber que finalmente eu poderia ir para casa descansar.
Depois de passar no camarim e me despedir de todos, segui para o estacionamento enquanto dava uma olhada nas redes sociais. Durante o ultimo mês, Jaime e eu viramos notícias em várias páginas e sites. Pessoas querendo saber se estávamos realmente juntos, se iríamos nos casar, se tínhamos nos separado. Não tentávamos nos esconder tanto, mas ainda não estávamos prontos para assumir tudo para a mídia, principalmente pelo fato de que o divórcio de Jaime ainda não estava concluído.
Estava tão focada em meu celular, que por pouco não notei um homem de camisa social escorado em seu carro com um buque de flores na mão. Abri a boca sem acreditar e meus olhos encheram-se de lágrimas. Quando me aproximei suficiente, ele colocou o buque em frente o seu rosto e sorriu divertido.
- O que significa isso? – Perguntei sorrindo abobada.
- Uma surpresa.
- Mas qual a data especial?
Ele tirou um envelope que escondia atrás de seu corpo e o juntou com o buquê.
- O que é isso? – Perguntei curiosa.
- Os últimos papéis do divórcio.
- Mas já?
- Eu disse que meu advogado é eficiente.
- Então quer dizer...
- Serei um homem livre... Livre para passar o resto da minha vida ao seu lado.
Emocionada eu o abracei. Estava aliviada por finalmente ouvir aquilo. Todos os dias eu pensava quando poderíamos enfim nos assumirmos e começarmos a constituir uma família. E o que antes parecia um sonho distante, estava enfim se tornando realidade.
- Nada de nos refugiarmos no seu apartamento, nada de almoços em restaurantes desconhecidos. Podemos assumir para todos o nosso amor, mesmo que já seja óbvio. – Ele sorriu e me olhou emocionado. – Eu nem acredito que isso está finalmente acontecendo. Sonhei com isso durante tantos anos...
- Eu estou tão feliz, meu amor.
- Quero te fazer a mulher mais feliz desse mundo, Angélica.
- Você já me faz a mulher mais feliz desse mundo.
Era notável a nossa felicidade, estava estampada em nossos rostos. Ele me olhava com tanta doçura que a minha vontade era de abraça-lo e nunca mais soltá-lo. Nos beijamos para comemorar aquela notícia maravilhosa, mas logo ele se afastou e me olhou com um sorriso maroto.
- O que foi? – Perguntei.
- Quero te levar a um lugar.
- Mas... Agora? Assim?
- Nesse exato momento.
- Meu amor, eu estou desarrumada. Fiquei o dia inteiro gravando esse comercial e...
- Eu não ligo para essas coisas, você sabe. Você está perfeita assim, e é isso que importa.
- Está bem, mas que lugar é esse?
- É uma surpresa que preparei para comemorarmos. Seria para mais tarde, mas estou ansioso demais para esperar.
- Você está me deixando mais curiosa.
- Está bem, vamos no meu carro.
- Mas e o meu?
- Quando eu for levar os papéis para Heidi assinar eu te deixo aqui e você o pega.
- Mas...
- Por favor, não pense muito.
O sorriso dele era tão encantador que eu não poderia recusar.
- Está bem. – Concordei meio a uma risada. – Podemos ir.
- É por isso que eu te amo. – Ele beijou minha mão.
Seguimos até o carro dele e ele abriu a porta para que eu entrasse. Estava morrendo de curiosidade de saber para onde ele me levaria, mas conhecendo Jaime muito bem, eu nunca adivinharia.
- Coloque o...
- Cinto. Já sei. – Ele riu e puxou o cinto de segurança. – Já me acostumei.
- Acho bom. É muito perigoso.
- O mundo precisa de mais pessoas como você, meu amor.
Sorri balançando a cabeça e coloquei o cinto. Seguimos por uma estrada desconhecida, sem nenhuma casa ou comércio ao redor, apenas árvores. Depois da segunda vez que perguntei para onde estávamos indo e ele apenas sorriu, eu desisti. Tentei de todos os modos adivinhar qual seria essa grande surpresa, mas não consegui pensar em nada que misturasse árvores e asfalto.
- Espero que não esteja me levando para uma floresta e me abandone por lá.
- Quanta imaginação, estou admirado.
- Você é um ator, deveria conhecer essas histórias.
- E o que te leva a pensar que eu faria isso?
- Hum, eu não sei... Foi só uma hipótese.
Ele deu uma gargalhada e ligou a seta do carro. Olhei ao redor, e ainda não havia nenhum rastro de civilização por ali. Entramos por uma trilha no meio de uma mata, e foi então que pela décima vez eu abri a boca para perguntar onde estávamos, mas não foi necessário. Ao notar mais a frente o fim da trilha, era possível enxergar um pequeno chalé ao fundo. Eu nunca imaginaria que poderia ter um chalé no meio de tanta mata, e a curiosidade aumentou ainda mais.
- Mas o que é isso? – Perguntei olhando em volta.
- Deve estar se perguntando como eu encontrei isso, não é?
- Sinceramente Jaime Camil, você não me surpreende mais.
- Um amigo o comprou há um tempo, mas ele não o usa por falta de tempo. Perguntei se ele poderia me emprestar por algumas horas, e ele aceitou sem problemas.
- Você é louco, sabia?
- Queria que ficássemos em um lugar diferente, reservado.
- E bem reservado. – Sorri e tirei o cinto quando ele desligou o carro. – É lindo!
- Imaginei que você ia gostar, mas ainda tem mais.
Ele desceu do carro e abriu a porta para que eu saísse. O ar do campo me acalmava e me transmitia paz. O chalé não era muito grande por fora, mas dava a impressão de que era luxuoso por dentro. Jaime pegou a chave em seu bolso e abriu a porta. Olhou para mim e ergueu as sobrancelhas.
- Pronta?
- Claro.
(Play na musica: https://www.youtube.com/watch?v=9RbcR_KSRB8)
Quando ele abriu mais a porta para que eu entrasse, minha reação foi ficar estática. Havia uma mesa ao centro, arrumada para um almoço romântico, com taças, vinho e velas. Mais ao fundo, próxima a janela, havia uma cama com pétalas de rosa delicadas por cima dela. Como eu havia imaginado, o chalé era muito luxuoso por dentro, mas o toque especial foi saber que Jaime havia preparado tudo aquilo para nós dois.
- Eu... Nem sei o que dizer. – Controlei minhas emoções e sorri para ele. – Está... Tudo perfeito.
- Confesso que tive um pouco de trabalho com a parte da decoração, mas talvez você não acredite quem se dispôs a me ajudar mandando fotos e vídeos tutoriais.
- Quem?
- Vanessa.
- Está brincando!
- Acho que ela finalmente se acostumou com o fato de que uma hora ou outra a mídia iria descobrir tudo. Pode até ser que ela não tenha mais raiva de mim.
- Ela não tem raiva de você, mas você a conhece... Mas está tudo perfeito. Tudo tão lindo!
- Fico feliz que tenha gostado. – Ele segurou minha mão parecendo nervoso. – Vem aqui um instante, por favor.
Ele me conduziu até a mesa e puxou a cadeira para que eu me sentasse, mas ele continuou em pé me olhando. Algo estava diferente, mas eu não saberia dizer o que era. Ele parecia tenso, ansioso e nervoso. Abria a boca querendo dizer algo, mas nada saía e ele respirava fundo. Por fim ele começou a rir e colocou as mãos na cintura.
- O que foi?
- Eu não sou bom com essas coisas, nem sei como fazer isso.
- Isso o que?
- Juro que planejei esse momento com cinco alternativas diferentes. Eu havia escolhido uma, mas agora ela parece tão ridícula que não quero me arriscar. Posso fazer do meu jeito?
- Mas eu não sei do que está falando. – Ri tentando disfarçar a ansiedade.
- Está bem. Vamos lá. – Ele suspirou e sorriu de lado. – Angélica...
Eu não estava entendendo absolutamente nada até que ele se ajoelhou em minha frente. Aquilo só poderia significar uma coisa.
- Posso estar sendo um pouco precipitado, já que o divórcio ainda não está concluído, mas é que não consigo mais esperar para ter a certeza de que você quer passar o resto da sua vida ao meu lado. Eu não durmo direito pensando nisso, e às vezes acho que estou sonhando. – Ele colocou a mão em seu bolso e tirou uma caixa de veludos de dentro dela. Levei as mãos em minha boca e meus olhos encheram-se de lágrimas. – Depois de tantos anos, depois de tantos problemas, depois do destino nos separar e depois nos juntar outra vez, eu finalmente posso te fazer essa pergunta tão esperada: Você aceita se casar comigo?
Vê-lo ajoelhado em minha frente, segurando um delicado anel, sorrindo nervoso e com as mãos tremendo, parecia realmente um sonho, do qual eu nunca queria acordar. Por tantos anos imaginei esse momento, mas nem em meus pensamentos eu imaginei que seria tão perfeito. Não pude evitar em deixar as lágrimas rolarem, e logo depois sorri emocionada.
- É claro que eu aceito me casar com você!
Soltando um suspiro de alívio ele se levantou, e segurou em minha mão para me levantar. Estiquei minha mão para que ele colocasse o anel, e depois que o fez, ele a beijou delicadamente e logo depois me puxou para um abraço apertado. Quando olhei em seus olhos, notei que eles estavam vermelhos e ele estava se esforçando para não chorar. Acariciei seu rosto sorrindo, e ele riu olhando para o lado.
- Eu não planejei isso. – Ele respirou fundo.
- Não precisa ter vergonha de mim. – Disse rindo.
- Viu o que faz comigo, Angélica Vale? – Ele passou a mão nos olhos.
- A culpa é sua por me deixar emocionada assim. Mas não poderia ter sido mais perfeito. – Segurei novamente em seu rosto e ele olhou para mim. – Eu te amo, e não vejo a hora de passar o resto da minha vida com você.
- Eu também te amo. – Ele me puxou pela cintura e me beijou. Era diferente a sensação de nos beijarmos depois daquele momento. Antes eu era capaz de sentir todos os sentimentos que ele tinha por mim, mas dessa vez eu tinha certeza. Quando percebi que os beijos ficavam mais quentes, me afastei calmamente.
- Preciso de uns minutos.
- Eu posso te ajudar com isso. – Ele sorriu maroto.
- Hum, não é uma má ideia.
Novamente ele me puxou para um beijo e nos conduziu para o banheiro. Estávamos eufóricos para aquele momento, e quando me dei conta, estava apenas com a peça íntima. Olhamos divertidos um para o outro e eu o ajudei a tirar sua camisa, enquanto ele tirava os sapatos e a calça. Ele abriu o chuveiro e começou a se molhar. Antes de acompanha-lo, tirei a minha parte de cima e ele me olhou mordendo os lábios.
- Você me mata todas as vezes que faz isso. – Ele sussurrou e me puxou para debaixo do chuveiro. Enquanto a agua corria por nosso corpo, ele acariciou meu corpo até suas mãos pararem sobre meus seios. Me enlouquecia o modo como ele os acariciava enquanto beijava meu pescoço. Arranhei suas costas e soltava suspiros em seu ouvido. Com a outra mão ele me colou em seu corpo, fazendo com que eu sentisse seu membro já rígido.
Eu precisava provoca-lo e excitá-lo ao extremo, assim como ele fazia comigo. Segurei em seu membro e o acariciei, fazendo-o soltar gemidos tombando sua cabeça para trás. Com a outra mão, eu arranhava seu abdômen, e ele me olhava com excitação. De repente ele me escorou na parede fria e se apoiou em suas mãos, colando seu rosto no meu.
- Não consigo mais esperar.
Apenas mordi os lábios e sorri, e ele entendeu que poderia dar um passo adiante. Jaime adorava me provocar, e não perdia a oportunidade. Antes que ele me penetrasse, ele passou seu membro por minha intimidade, me fazendo apertá-lo contra meu corpo, até que finalmente terminou com aquela tortura. Enquanto ele se movimentava, eu sentia seu membro se enrijecendo por dentro de mim e queria mais. Muito mais.
Com apenas um movimento, ele me levantou do chão, me fazendo entrelaçar as pernas em sua cintura. Ele acelerou os movimentos e fez questão de colocar seu rosto de frente ao meu. Olhá-lo tão excitado me enlouquecia e eu já sentia todo o meu corpo em chamas. Percebi que ele estava do mesmo jeito quando seus gemidos ficaram mais altos e consecutivos. Fechei meus olhos e aquilo o excitou, pois ele se movimentava mais rápido e me apertava mais contra o seu corpo. Senti que já não conseguia mais segurar, e apertei seus ombros. Ele me apertou mais contra a parede e me penetrou com mais força. Meu corpo tremia, me faltava ar, perdi a noção de tudo ao meu redor. Ouvi seu ultimo gemido e então me apertou contra seu corpo por longos segundos. Abrimos os olhos e sorrimos um para o outro, antes de nos beijarmos enfim.
- Sempre terei que dizer que você é maravilhosa. – Ele sussurrou recuperando o folego.
- Ainda podemos treinar bastante.
- Não diga isso. Eu vou querer ficar o dia todo em casa me aproveitando de você.
- Não seria uma má ideia.
Demos uma gargalhada e nos separamos. Tomamos nossos banhos e depois nos preparamos para o almoço. Jaime sempre adorou cozinhar, e fazia isso com perfeição. Sua macarronada era a minha favorita, e não poderia faltar naquele momento especial. Depois do almoço tivemos que aproveitar a cama que estava tão bem arrumada, e mais uma vez nos surpreendemos com várias sensações diferentes. Embora estivéssemos de roupão e eu não estivesse maquiada e com o cabelo arrumado, aquele momento era o mais especial. Não apenas pelo fato de ter sido o dia mais feliz da minha vida, mas sim pelo fato de estar acompanhada do homem que eu amava, e amaria para todo o sempre.
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[Jaime]
Há muito tempo eu não me sentia tão bem. Me sentia leve, em paz, e completamente feliz. Seria impossível explicar o quanto eu estava feliz naquele momento. No caminho de volta, fazíamos planos o tempo inteiro. A ansiedade de começarmos nossa vida juntos só aumentava a cada plano que fazíamos.
- Eu não me importaria de morar no campo. Com uma casa não muito grande, mas com um jardim bem espaçoso. – Ela dizia durante a conversa.
- Acho que é uma ótima ideia. Precisamos de espaço para as crianças.
- Realmente quer ter três?
- É claro que sim. Só não digo mais porque sei que já vamos enlouquecer com três crianças em casa.
- Realmente. – Ela riu.
- Posso confessar uma coisa?
- Claro.
- Você sabe que eu nunca tive planos de ser pai, pelo menos no passado. Quando Heidi e eu nos casamos, eu ficava tenso apenas de imaginar que um dia teríamos um filho. Eu não me sentia preparado, não sentia que tivesse nascido para isso. Mas quando te reencontrei, quando os sentimentos que eu tinha por você despertaram, isso se tornou um sonho para mim. Nada me faria mais feliz do que ter um filho com você, fruto de todo esse amor que temos um pelo outro. Será a melhor coisa que acontecerá em minha vida, além de estarmos juntos, é claro.
Me sentia mais aliviado por ter sido sincero com ela. Ao olhá-la, percebi que ela estava emocionada, e apenas acariciou a minha mão que estava sobre a embreagem do carro. Sem desviar a minha atenção, comecei a imaginar como a vida reservava algo esplendido para nós dois.
Estacionei quando chegamos no local em que o carro de Angélica estava. Ela tirou o cinto de segurança e virou-se para mim, sorrindo.
- Hoje o dia foi maravilhoso. Ainda penso que estou sonhando.
- Você merece isso e muito mais. – Respondi sincero.
- Aposto que estão se perguntando por que meu carro ainda está aí. – Ela se inclinou para olhar pela janela.
- Aposto que nem perceberam. Então, nos vemos mais tarde?
- É claro.
- Vou levar os papéis para Heidi assinar, mas não demoro. Podemos nos encontrar no meu apartamento?
- Perfeito. Enquanto você leva os papéis eu irei passar em casa para tomar um banho e dar um jeito nesse cabelo.
- Você fica linda de qualquer jeito.
- E você é um mentiroso.
Ela riu e me beijou.
- Vai tirá-lo? – Perguntei olhando para o anel.
- Acho que agora não precisamos mais esconder.
- Está preparada para as notícias? “Jaime e Angélica se assumem publicamente um mês depois de divórcio”.
- Será uma grande bomba, mas acho que todos já esperavam por isso.
- Eu concordo.
- Então, até daqui a pouco.
- Até.
Nos beijamos novamente e ela desceu do carro. Esperei até que ela entrasse no seu, e dei partida indo para o meu apartamento. Era incrível como não conseguia parar de pensar em Angélica um minuto sequer. Eu a amava tanto, que mal cabia em meu peito. Queria conseguir gritar ao mundo que eu amava, e que ficar ao lado dela me fazia ser o homem mais feliz do mundo. Mas por algum motivo, eu estava me sentindo um pouco diferente. Senti o coração apertado, um frio na barriga, e não saberia explicar por que.
Virei a esquina do meu apartamento e vi um carro conhecido parado na porta. Estacionei o carro e desci, rezando para que não fosse quem eu imaginava. Me aproximei e pude vê-la escorada no carro de óculos escuros e uma bolsa pendurada no braço.
- Heidi. – Não disfarcei a surpresa e a frieza. – O que está fazendo aqui?
Autor(a): solotumiamor
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
- Brandon me ligou e disse que você estava com os papéis. Quis te poupar e vim até aqui. - Poderia ter avisado, eu não estava te esperando aqui. E como foi que você achou o meu endereço? - Sua mãe. - Ah... - Podemos subir? - Não sei se é uma boa ideia. - Só vou assinar os papeis. Ou você prefere ...
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