Fanfic: Diário de uma jornalista | Tema: Robert Downey Jr.

Depois de tudo, Robert foi condenado a 7 anos de prisão, rehab e trabalhos voluntários. Ele não reclamava, sequer pretendeu recorrer. Era muito o que pesava contra ele, a morte de Sting em sua casa era um dos pontos que a imprensa adorava tocar. Mas acima de tudo, vinha a culpa a que ele mesmo se declarava.

Um ano se passou, Indio continuava em coma, Deborah tinha finalmente a tutela do filho e Claire tentava esquecer o incidente mais terrível de sua vida, estava até mesmo frequentando sessões de terapia, ela seguia a vida como podia.

Em um dia de março, Claire tomava o café da manhã quando ouviu da TV, Indio havia acordado! Ele finalmente tinha se recuperado completamente. Como por um milagre, não houveram sequelas graves para o menino, apenas uma perda de memória referente ao dia em que tudo ocorreu. Sim, ele já não se lembrava de nada.

Os tabloides revisitariam a desgraça e Deborah estaria em todos os programas de tv. Claire, começou a ver seu esforço de seguir com a vida ser em vão e foi assim que resolveu pôr fim ao passado, de uma vez por todas. Talvez os noticiários estivessem certos, talvez fosse preciso revisitar esse passado para acabar com toda a dor e o ressentimento.

Ela resolveu começar visitando Indio. Indo ao hospital do menino, ela descobriu que ele fazia a descrição de uma mulher, conversando com o médico do garoto, ela descobriu que se tratava dela mesma.

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Indio havia voltado pra casa, a casa de sua mãe. Claire agora estava à porta de Deborah e tocava a campainha, o menino veio primeiro e ficou encantado ao ver que a moça era real. A mãe não pôde impedir sua entrada. Ela se sentou com ele e dessa vez foi diferente, brincou com o menino por um bom tempo, mesmo que Deborah não parecesse aprovar.

Ninguém havia dito uma palavra sobre Robert ou o que havia acontecido àquela criança, mas ele ansiava em ver o pai. E chegou a perguntar a repórter: “Você sabe onde meu pai está?” Ela respondeu que não, mas não pode deixar de voltar seu olhar a Deborah.

Em conversa privada com a agora quase ex-mulher de Robert – pois o processo de separação estava em andamento – Deborah revelou que no que dependesse dela, o filho jamais veria o pai novamente. Mas Robert estava disposto a discutir esse ponto do divórcio, ele precisava da guarda de seu filho, o que era agora quase impossível perante a lei.

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Era a vez de Claire visitar aquele que ela agora tanto repudiava, ela estava gelada, mas havia um vidro entre eles e o contato era apenas por telefone, o que lhe deu certa coragem. Ele presumia que havia ganhado as sonhadas desculpas, o que não era verdade ainda, e perguntou em um ar brincalhão: “E aí, como eu fico no modelito abóbora? Eles não tem espelho aqui.”

Ela não participava da brincadeira dele e ele logo percebeu. Vendo que não havia sido perdoado, Robert logo voltou a ficar cabisbaixo e por fim, ele desabou. “Eu nunca te contaria as piores coisas que me aconteceram aqui...” os intermináveis pedidos de perdão que se sucederam, não pareciam amolecer o coração de Claire, ela ouviu sua versão e viu uma melhora enorme em seu comportamento, ele estava definitivamente limpo, mas ainda assim seria difícil perdoá-lo.

Assim que saiu da prisão onde Robert se encontrava, Claire achou melhor buscar a ajuda de seu psicólogo. Ela estaria trilhando o caminho certo? O Dr. Whitehall apenas disse a jornalista: “Você tem faro, use-o como preferir! Mas porque não perdoá-lo? Antes de mais nada, ele estava fora de si, não era seu verdadeiro eu agindo aquela noite. Vire essa página! Tente enxerga-lo como a boa pessoa que você via antes... Vamos, prometa que fará mais visitas a ele, pode ser bom pra ambos e talvez isso faça mais efeito que suas visitas a mim.” Realmente, ela já frequentava a terapia a algum tempo, era a hora de arriscar, ela prometeu.