Fanfic: Fucking Perfect | Tema: One Direction

Minha respiração acelerou de uma forma inexplicável. Pisquei algumas vezes, e tentei me acalmar antes de me virar e encarar ele. Depois que eu conseguir regular minha respiração, me virei e o encarei.

-Eu não preciso de ajuda.- Falei encarando seus olhos verdes que agora só me fazia sentir nojo.

-Claro que precisa.- Ele disse dando um passo a frente, e eu não exitei em me afastar.

-Eu disse que não preciso.- Falei e dessa vez minha voz saiu mais confiante.

-Eu quero te ajudar.- Ele disse esticando o braço para me tocar, mas eu apenas me esquivei.

-Não se pode ajudar alguém, que não quer ajuda Harry.- Talvez essa frase poderia ser usado pra várias situações que não seja a minha, mas mesmo assim eu a disse.

Ele me olhou por alguns instantes, e depois disse.

-Eu te entendo.- Foi a única coisa que disse, antes de sair do banheiro.

Eu te entendo. Talvez ele saiba a merda que ele e sua mãe me causaram, e por isso de dizer que me entendi.

Depois de muito esforço pra conseguir tirar a blusa, liguei o registro e esperei que a banheira enchesse. Quando finalmente estava transbordando, entrei fazendo com que a água caísse pra fora, e molhando todo o piso.

Não demorei no banho, apenas me livrei de todo o sangue, e sai do banheiro já enrolada na toalha.

Mais uma vez um sacrifício pra poder colocar a roupa, mas felizmente conseguir. 

Tirei o lençol sujo da cama e coloquei outro. Quando acabei de limpar tudo, me deitei e cravei minha cara no travesseiro. Não gosto de dormi de barriga pra baixo, mais assim me parece uma boa forma de não machucar mais meu braço.

Rapidamente peguei no sono. Não tive tempo para lamentações, meu corpo e minha mente pedia por descanso.

Na manhã seguinte, é como se eu não tivesse dormido nada. Estou mais cansada do que quando fui dormi ontem. Isso é normal?, não sei.

Me sentei na cama, e parece que esse movimento, fez com que meu estômago acordasse, pois fez um barulho estranho, que me fez perceber, que eu precisava urgentemente de comida.

Olhei o relógio e são exatamente onze horas. Não foi a escola mocinha. Pensei comigo mesma, e me levantei da cama. Fui ao banheiro fazer minha higiene pessoal e voltei ao quarto. Provavelmente Harry ainda estará na escola, assim não terei que se esbarra nele. É claro, se ele também não tiver faltado.

Sai do quarto e fui para cozinha. Encontrei Maria limpando o fogão, ela estava de costa pra mim, e cantarolava algum tipo de canção que eu não consegui decifrar no momento. Me sentei em uma das cadeiras, sem fazer um único barulho e fiquei a olhando. Quando finalmente percebeu minha presença, parou de cantar rapidamente, e me encarou com as bochechas coradas. Maria não é do tipo que fica envergonhada fácil, então deduzi que a vi fazendo um show que ela não costuma dar. Me levantei, fui até ela. A dei um abraço desajeitado, apenas colocando meu braço direito em volta do seu pescoço. Ela me agarrou pela cintura, e me apertou com seus pequenos braços. Antes de nós nos separamos, depositei um pequeno beijo em sua testa e voltei ao meu lugar. Maria não tinha mais aquela expressão envergonhada, e fiquei satisfeita com isso, não gosto que ela sinta vergonha de mim. Ela me ofereceu um copo de suco e bolo para o café da manhã, disse a ela que não aceitaria nada mais que isso, e ela apenas concordou rindo da minha teimosia.

Quando terminei de comer, me levantei para que pudesse colocar a louça suja na pia, mais a Maria fez um sinal com a mão indicando que eu parasse.

-A menina ainda esta machucada, não faça esforço.- Disse ela nunca deixando seu lado protetora a abandonar.

-Eu ainda tenho outro braço Maria.- Ela fez uma careta e retirou a louça da mesa antes que eu fizesse.

-Você é uma coisinha muito teimosa, não acha?.-  Perguntou rindo.

-Oh, talvez você não me amaria, se fosse mais obediente.- Ela revirou os olhos pra mim, e se virou pra limpar a louça. O que não era preciso, já que existe uma máquina própria pra isso ao lado.

Quando acabou se virou pra mim, e fez uma careta. Olhei pro meu corpo, e procurei algo de errado, mas não vi nada, o que me fez olhar pra ela com uma sobrancelha arqueada.

-Preciso limpar seus machucados.- Ela disse vendo minha duvida.

-Agora?.- Perguntei.

-Sim agora.- Ela disse rígida.

-Não quero atrapalhar seu serviço.

-Eu já acabei meus deveres, agora vamos.

Andamos até meu quarto, e Maria trouxe consigo a caixinha de primeiros socorros.

-Vejo que você não precisou dos comprimidos.- Ela disse apontando pros remédios em cima do criado mudo.

-É.

-Vamos cuidar disso aqui.- Disse dessa vez se referindo ao meu braço.

Enquanto Maria retirava toda aquela faixa, fechei os olhos pra nao ver o desastre que estava ali novamente. Enquanto ela limpava com todo cuidado do mundo, eu me remexia desconfortável na cama. Assim que senti que ela estava colocando outra vez a faixa, abri os olhos, e mantive meu olhar apenas no rosto de María. Quando ela soltou um "Acabei` me deitei e fiquei olhando para o teto.

-Você esta bem?.- Perguntou preocupada devido ao meu silêncio.

-Sim estou.- Respondi sincera.

-Por que não descemos, e assistimos um filme.- Sugeriu.

-Não quero ver Harry e Anne.- A resposta saiu rápida.

-Harry me disse que não viria cedo hoje, e Anne também.- Pausou, e deu um longo suspiro antes de continuar.- Acho que eles estão com algum tipo de problema.- Falou e eu levantei novamente para a encarar.

-Que tipo de problema?.- Perguntei curiosa.

-Não sei bem, acho que tem haver com uns ex-amigos do Harry que chegaram.

-Que amigos?- Ela me olhou pensativa e disse.

-Não sei o nome deles, eles deixaram de ser amigos antes do Harry voltar pra cá.

-Por que eles brigaram?.

-Acho que tem haver com uma garota.- Ela pareceu pensar um pouco e franziu a testa.

- O que foi Maria?.

-Eu devo ter escutado algo a um tempo, logo depois que Harry chegou.- Respondeu.

-Me diga Maria.- Ela me olhou e estreitou os olhos.

-Não sei se ouvi certo menina, não confie na audição arruinada de uma velha.

-Maria diga.- Minha voz saiu mais grossa do que eu queria. Ela me olhou, e por fim soltou um suspiro.

-Eu acho que ouvi Harry dizer a sua mãe "Ela era imã do Liam mãe, não deveria ter a matado".- Acho que a cor fugiu do meu rosto na mesma hora que ouvi isso.

Um turbilhão de lembranças invadiram minha mente. Agora eu entendi o fato do Liam não gostar do Harry. A história que Harry me contou sobre eles não se darem bem, apenas da o direito de Louis odiar o Harry. Se ele roubou a namorada do Louis, não tem porque os outros garotos ter ficado com raiva dele também. Se Louis naquele dia da escola, disse que não queria mais problemas, e que só deveríamos nos preocupar Liam...DROGA. Bati na minha própria testa, e fiquei frustrada por eu ser tão burra.

-Como não pensei nisso antes.- Deixei meu pensamento escapar pelos meus lábios, fazendo com que Maria me olhasse confusa.

- O que foi Mellanny?.- Ela perguntou preocupada e eu apenas a encarei com a testa franzida, é muito raro ela me chamar pelo nome.

Ignorei essa mudança, e comecei a explicar a ela o que estava acontecendo, ou pelo menos tudo que eu acabei de deduzir. Ela me encarava e fazia careta estranhas que me deva vontade de rir, mas esse não era o momento adequado.

-Se ele mentiu pra você, significa que eu não deveria ter te contado nada.- Revirei os olhos pra ela, e resolvi não discutir isso.

-O que eu quero saber é...Porque Anne matou a irmã do Liam, e porque Liam culpa Harry por isso.-Ela me olhou pensativa, e disse.

-Anne matou a irmã do Liam, e agora ele que se vingar da Anne usando o Harry.

Isso realmente faz sentindo, mas se Harry sabe que Liam que o pegar, porque convivem no mesmo espaço? Talvez Liam esteja tramando alguma coisa, ou o próprio Harry.

-Quanto tempo faz que Harry chegou aqui?.- Perguntei.

-Bom, eu estava de férias, e quando eu voltei, encontrei Harry, Anne e sua mãe. Eles estavam conversando, mas assim que me viram pararam. Isso faz exatamente três meses.- Análisei as palavras delas, e foi a primeira vez no dia que eu pensei em minha mãe.

-Minha mãe não me disse que Harry estava aqui, e muito menos que Anne tinha um filho.

-Anne escondeu bem o garoto.

- Por que ela esconderia ele?.- Perguntei.

- Não faço ideia.- Respondeu sem me olhar.

-Então temos que descobrir.- Ela me olhou como se eu tivesse falado a pior coisa do mundo, e balançou a cabeça freneticamente negando.

-Não se meta nisso menina, você já tem problema de mais.

-Mas...

-Mas nada, não vou deixar você se meter nisso.- Bufei irritada e me levantei da cama.

-Aonde você vai?.- Perguntou confusa.

-Pra sala.- Respondi e sai do quarto.

Chegando na sala, me joguei no enorme sofá, e esperei que Maria descesse também. O que não demorou muito, pois segundos depois ela já estava na frente da TV.

-Que filme você que assistir?.-Perguntou.

-Qualquer um.- Respondi indiferente.

-Okay.

Maria colocou um filme qualquer de terror, e se sentou ao meu lado. Pra falar a verdade, não prestei a atenção em nenhuma cena do filme, minha mente estava viajando pra vários lugares diferentes.

Uma chuva violenta começou cair, fazendo cada trovão me assustar. Maria se levantou com a desculpa de que precisaria fechar as janelas, e preparar algo para comemos. Já estava no segundo filme, e esse eu estava prestando atenção. Quando o filme já estava para acabar, Maria volta e me entrega uma tigela.

-Canja de galinha.- Anuncia.

Tomo toda a sopa, e a entrego a tigela já vazia.

-Estava maravilhosa Maria.- Ela sorriu agradecida, e voltou para cozinha.

Depois de alguns minutos que o filme já tinha acabado, gritei avisando a Maria que estava indo tomar um banho.

Fui ao banheiro e me esforcei ao máximo pra não molhar a faixa. Tomei meu banho, escovei os dentes e logo sai do chuveiro.

Voltei ao quarto, e coloquei um shorts bem curto de pano fino, e  blusão de frio que apenas cobria o shorts. Arrumei meu cabelo, e tentei da um jeito no meu rosto, pra não continuar parecendo de uma morta viva.

Olhei pela janela do quarto, e observei a chuva caindo. Duas garotas passaram despreocupadas com a quantidade de chuva que caia. Elas sorriam e balançavam os braços no ar como se fosse líderes de torcida. Me peguei desejando ter uma vida completamente despreocupada, assim como a delas, mas sera que elas são realmente felizes, ou isso é apenas uma mascara?.

Sai de perto da janela, e sai do quarto indo ao encontro de Maria na cozinha. Ela estava limpando o armário, e novamente cantarolando só que dessa vez um pouco mais alto.

I`d give my all to have

just one more night with you

I`d risk my life to feel

your body next to mine

Cause I can`t go on

living in the memory of our song

I`d give my all for your love tonight.

-Você canta bem Maria. - Disse assim que ela terminou de cantar.

-Oh menina, você me assustou.

- Não tinha percebido que tinha-lhe assustado.

-Não se preocupe com isso.

-Okay. Então quem canta essa música.

-Mariah Carey, ela é fantástica.

-Sim ela é.

Ouvi um barulho de vozes que vinha da sala, e eu e Maria nos encaramos ao mesmo tempo.

-Pensei que eles chegariam mais tarde Maria. -Falei baixo pra ninguém além dela escutar.

-Foi o que eles disseram pra mim.- Falou no mesmo tom que eu.

-Eu vou lá.- Avisei.

-Acho melhor não.- Tentou me impedir, mais apenas segui meu caminho até a sala.

Encontrei Harry, e o garoto que vi com ele no seu primeiro dia de aula. Eles me olharam, e o garoto moreno de topete apenas me deu um sorriso malicioso. Harry me encarava, e eu não consegui decifrar o que sua expressão facial queria dizer. O garoto de topete, fingiu uma tosse forçada fazendo com que Harry olhasse pra ele.

-Não vai me apresentar Harry?.- Falou.

-Claro, Zayn essa é a Mellanny.- O garoto veio até mim e colocou a mão na minha cintura juntando nossos corpos, e deixou um beijo suave na minha bochecha.

-É um prazer te conhecer Mell.-Disse ainda com a mão na minha cintura.

-O prazer é todo meu.- Respondi educada.

-Ótimo. Já se conhece.- Harry disse fazendo com que Zayn largasse minha cintura, e virasse para o encarar.

Dessa vez Harry estava com uma expressão de raiva no rosto. Zayn quebrou o silêncio perguntando o que tinha acontecido com meu braço. Mas Harry não deixou eu responder, apenas disse que eu tinha caido e o cortado. Zayn não pareceu acreditar muito nessa história, mas também não disse nada.

-Quando estiver melhor, acha que poderíamos sair?.- Zayn Perguntou e pude ver Harry fechar as mãos em punhos.

Não sei porque, mais achei que essa seria uma Ótima oportunidade pra da o troco nele.

-Claro, sera um prazer.- Respondi, e ele sorriu automaticamente pra mim.

-Mellanny, você poderia buscar um copo de água pra mim?.- Harry Perguntou extremamente educado.

-É claro.- Me virei pra ir a cozinha, mais antes pude ver Zayn mordendo o lábio.

-Quem está lá na sala?.- Maria Perguntou assim que entrei na cozinha.

-Zayn e Harry.- Respondi.

-Quem é Zayn?.

-Um amigo dele.

-E porque você voltou pra ca?.

-Harry pediu pra mim pegar água pra ele.

-Eu acho que ele não te quer lá.- Falou cuidadosa com as palavras.

- Ou talvez ele só esteja com sede.

-Não volte lá Mell.- Avisou.

-Ele pode ficar bravo se eu o deixar com sede.- Falei.

-Não seja teimosa.

-Não seja mandona.

Estava começando a me divertir com a preocupação dela. Mas antes que ela pudesse falar mais alguma coisa, peguei o copo de água e levei pra Harry, que me recebeu com uma cara de poucos amigos.

-Obrigado.- Agradeceu me olhando severamente.

-De nada.- Dei um sorriso debochado pra ele e olhei pro Zayn.- Você precisa de alguma coisa?- Perguntei.

-Não Obrigado.- Respondeu olhando diretamente pra minhas pernas sem nem disfarçar.

-Tudo bem se precisarem de algo, me chamem.- Falei.

-Por que não nos faz companhia?.- Zayn Perguntou.

-Ela tem que ajudar Maria na cozinha, não vamos interromper seu trabalho.- Harry Respondeu por mim visivelmente irritado.

Não esperei que Zayn dissesse nada, apenas me retirei da sala e voltei a cozinha.

-E ai, como foi lá?.-Perguntou.

-Não seja curiosa Maria.

-Oh menina, me diga logo.

Contei a ela o que aconteceu na sala, e ela me olhou com uma careta.

-O que foi?.- Perguntei.

-Se eu não conhecesse o menino Harry, diria que ele esta com ciumes.

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