Fanfic:  Watermark Fight - 3 | Tema: Enya, Sarah Brightman

Jayden empurra a porta sem parar de beijar Sarah. Ela nem tenta se soltar porque, no fundo de seu coração, queria sentir os lábios de Jay nos seus novamente.

- Amaldiçoo o dia em que eu conheci Dominick Jayden! – mente para si mesma em pensamento. Ela sabe que, apesar de tudo o que aprontaram, Jay ficou do seu lado em um dos momentos mais difíceis de sua vida: o terrível acidente de carro que quase a matou.

Eles sabem que é errado o que estão fazendo, mas a atração que sentem um pelo outro é forte demais.

Jay fecha a porta e carrega Sarah pelo quadril, ainda a beijando, até o quarto da cantora. Ela afasta os lábios e protesta:

- Me solte, seu energúmeno miserável! O que deu em você? Ficou maluco?!

- Sim, fiquei! Louco, obcecado! E a culpa é sua!

- Era só o que faltava! Culpa minha?! É melhor ouvir isso do que ser surda!

- Culpa sua, sim! Se tivéssemos conversado como dois adultos antes, não precisaria disso!

- Você me agarrou, seu imbecil!

- Porque você quis! Eu vi isso nos seus olhos! E não tente negar, sei muito bem quando você está mentindo ou não.

E o pior que era verdade. Jayden sabe muito bem quando Sarah mente ou não.

- Agora você virou vidente, além de mestre da idiotice?

- Não tenho culpa se você é mais transparente do que água!

- Vai se...

Antes que Sarah complete, Jay a cala com mais um poderoso beijo.

Ela morde o lábio dele para que ele pare de beijá-la, mas acaba deixando o italiano com mais desejo ainda.

- Isso foi pra tentar me parar? Não funcionou!

- Que inferno, Jay! Me solte! – grita a britânica.

Ele obedece a “ordem” dela, soltando-a... Na cama.

- Eu nunca te odiei tanto na minha vida!

- Por que será? Por ter vindo aqui te beijar ou por não ter feito isso antes?

Ela emudece e fica sem reação.

- Quer que eu lute por você, não é? Você não é como antes, não é mais facilmente conquistada por um homem. Para o seu azar, ou sua sorte, desistir é um verbo que não existe no meu vocabulário.

Os belos olhos de Jay brilham de maneira que Sarah jamais viu antes.

- Se quiser que eu vá embora, eu vou. Mas não desistirei de você.

Ele começa a andar em direção da porta, mas a britânica o impede de sair com um grito:

- Nããão!

Jayden se vira para a direção de Brightman e a olha profundamente.

- Não farei nada que você não queira.

Ela se levanta e vai até ele. Uma dor invade seu peito.

- Isso é tão errado... E tão certo ao mesmo tempo! – diz, antes de se jogar nos braços de Jay e sentir seu perfume. Em seguida, o beija profundamente, deixando as lágrimas que escorrem de seu rosto se misturarem com o sabor do beijo.

Dominick a leva para a cama e a deita suavemente.

- Se quiser parar por aqui, eu paro. Eu sei que é difícil pra você. E, acredite, é difícil pra mim também. Mas eu já perdi um amor. Não vou perder outro.

- Fique. Fique aqui comigo esta noite.

Ele a beija ardentemente, e em seguida a surpreende, tirando a gravata e amarrando os pulsos de Sarah.

- Ei! O que é isso?! O que deu em você?!

- Você sempre me dominou. Hoje, sou eu quem vai te dominar. Deixe-me te mostrar que eu sou o homem certo para você.

Ela bufa, mas aceita o pedido.

Jay a cobre de beijos pelo pescoço e ombros, que estão descobertos. Sarah se arrepia e fecha os olhos, jogando o corpo para frente num instinto de entrega.

O italiano se despe aos poucos e joga suas vestes no chão. Delicadamente e com facilidade, ele faz o mesmo com a soprano.

Não é a primeira vez que eles dormem juntos, mas essa vez é diferente de todas as outras. Agora, um elemento que antes não estava presente entre eles surgiu: amor. Prazeroso, e perigoso ao mesmo tempo.

Ela se contorce de prazer, e de culpa. Sua mente está confusa. Imagens de momentos com Andrea e Jayden se misturam e mexem com ela, que fecha os olhos, derrama mais lágrimas e começa a soluçar.

Jay para imediatamente de beijar o pescoço dela quando escuta o soluço. Ele desamarra as mãos dela e as beija, além dos pulsos. Depois, ele deita ao seu lado e a envolve em seus braços, acariciando seus cabelos e enxugando suas lágrimas.

- Não vou te deixar encarar nada disso sozinha. Prometo.

Ela o abraça e se deixa adormecer nos braços do antigo comparsa, que também cai no sono.

Os raios de sol acordam os dois, que custam a acreditar que a noite anterior foi real. Talvez por terem mantido uma relação de interesses (de vários aspectos) por tanto tempo.

- Como você está se sentindo? – pergunta Sarah.

- Não sei definir. É um misto de sensações. Felicidade, culpa, incredulidade...

Culpa. Aquele sentimento também estava presente em Sarah. Assim como a felicidade por estar com Jay. Nunca sua mente esteve tão confusa. Antes, o sentimento por Bocelli era tão certo, tão firme, mas agora...

Ela olha o relógio ao lado da cama e percebe que falta pouco para começar mais um dia de gravação no estúdio com Frank Peterson.

- Nossa, estou atrasada! Ainda bem que o estúdio fica aqui perto!

- Tinha me esquecido que você estava gravando um novo álbum.

- Sim, estou aproveitando para gravar agora que minha viagem ao espaço foi adiada.

- Que pena! Vai ficar mais tempo sem ver seus primos, os ETs de Marte.

Ela pega o travesseiro e bate no italiano.

- Você é uma ótima pessoa de boca fechada.

- Digo o mesmo de você, querida Sarah!

Ela o ataca novamente com o travesseiro. Ele se levanta.

- Vai trocando de roupa que eu vou preparar o café da manhã.

- Como é que é?! Eu ouvi isso?!

- Se você não tem nenhum problema auditivo, o que me surpreende já que os agudos que você dá deixam qualquer um surdo, sim, você ouviu isso.

- Você na cozinha?! Essa eu quero ver e provar!

- Pois você verá! Bom, deixe-me fazer nosso “la colazione” e...

- La o quê?

- La colazione. Nosso café da manhã, rainha das trevas. Você canta um monte de músicas em italiano e não sabe nem um pouco do idioma?

- Eu sei sim, seu imbecil! Só queria ter certeza de que não estou surda e de que não estou sonhando.

- Quer que eu te belisque para você ter certeza? Faria isso com o maior prazer do mundo!

- Vai pra cozinha logo, idiota!

- Estou indo, dona irritação!

Dominick se veste rapidamente e vai para a cozinha, enquanto Sarah se arruma para ir para o estúdio.

O cheiro de café invade o apartamento e acorda a britânica completamente.

- Vou precisar de um café bem forte mesmo – diz a soprano, pegando uma caneca.

- Na verdade, é cappuccino, querida. Aí tem uns pães, geleia e já vou tirar um bolo do forno.

- Bolo? Você fez bolo?

- Sim. Uma receita de minha mãe.

Eis uma cena que Sarah jamais imaginou presenciar: Jay fazendo café da manhã para eles na cozinha do apartamento dela. A visão e os aromas que invadem sua mente a arrepiam. Porém, ela ainda não decidiu se isso é bom ou se isso é ruim.

- Pronto! Me diga o que achou do cappuccino.

- O melhor que já tomei na vida! Que mágica foi essa que você fez?

- Ora, Sarah. Na Itália somos apaixonados por café, cappuccino e derivados. E massas e doces, claro. Esse é um bolo de frutas que minha mãe sempre faz para mim quando vou vê-la. Coma.

Ela pega uma fatia do bolo, que é muito macio.

- Está incrível! Macio, saboroso, com um cheiro maravilhoso!

- Que bom que gostou, anjo das sombras! – diz Jay com um lindo sorriso que faz com que Sarah sorria também.

Depois de se alimentar e de terminar de se arrumar, Sarah apressa Jay:

- Já está pronto pra dar o fora daqui?

- Nossa, quanto agradecimento de sua parte!

- Para com isso! Eu fiquei agradecida, estava mais do que maravilhoso! Mas tenho que ir, e se me lembro bem, você não tem dia de folga hoje na gravadora.

- De fato, e inclusive tenho reunião daqui a pouco. Mas calma! Eu já estou pronto para ir!

- Então vamos logo! Peter certamente já está me esperando no estúdio.

Ela pega a bolsa, abre a porta e empurra Jay para ir na frente enquanto ela fecha a porta.

Porém, o italiano fica parado a esperando.

- Vai na frente, peste!

- Ué, não podemos descer juntos?

- Não!

- Por quê?

- Oras, por quê? Até parece que você não sabe que as pessoas podem especular sobre nós.

- Fala sério que você está preocupada com isso depois do que aconteceu ontem.

- Não é só por mim, mas por você também. Seria um escândalo na nossa gravadora, tanto pra mim quanto pra você. E não quero te prejudicar, você ainda é novo por lá.

- Está bem, está bem. Mas, antes de ir, preciso me despedir.

Ele a puxa pela cintura e a beija. Ela reluta, pois sabe que isso pode ser perigoso.

O som de algumas palmas interrompe o beijo. Quando eles se viram na direção do barulho, uma surpresa desagradável.

- Palmas para vocês!

De olhos arregalados, os dois reconhecem a mulher ruiva de cabelos curtos. Amanda Payne, mais conhecida como Mandy, sorri sarcasticamente.

- Eu sabia que vocês dois estavam se relacionando secretamente! Desde o dia em que bati o olho em vocês, percebi que havia algo errado.

- O que você está fazendo aqui? Como você subiu até o corredor do meu apartamento? – pergunta Brightman.

- Consegui espiar o Jay por um tempo e vim atrás dele. Disse que vim lhe visitar, e me informaram onde você morava.

Dominick fica irritado.

- Você me espionou?! A troco de quê? – indaga o italiano, incrédulo pela atitude da assessora de imprensa de Bocelli.

- Eu não faço nada na minha vida por acaso, Jayden. Quando ponho algo na cabeça para fazer, eu faço.

Ela se aproxima de Sarah e olha a soprano bem no fundo dos olhos:

- Parece que sua fama é verdadeira. Sua fama de fácil. De... oferecida. Sua fama de mulher rodada é verdadeira. Não pode ver um homem que já cai em cima, não é?

Sarah tinha prometido para si mesma que, depois do que aconteceu entre ela e Enya, não iria para cima de ninguém nunca mais. E ela até pensa de certa forma que, tudo o que está acontecendo nesse momento, é mais uma punição por tudo o que fez no passado não muito distante contra a cantora irlandesa. Mas ela não se controla. Ouvir aquelas ofensas gratuitamente? De jeito nenhum!

A soprano desfere um intenso tapa no rosto de Amanda, que, com a força do golpe, se desequilibra e cai no chão.

- Não se atreva a me ofender!

Mandy sente o gosto do sangue em sua boca. O tapa da cantora britânica foi poderoso a ponto de ferir a assessora de imprensa.

Jayden fica sem reação. Não que ele não esperasse que Brightman se defendesse. O que ele de fato não esperava é que Mandy pudesse ser uma ameaça para ele e para a amada.

Payne os olha furiosamente.

- Vai se arrepender para o resto de sua vida do que acabou de fazer! – exclama a mulher, se levantando.

Ofegante, ela afirma:

- Tenho provas para acabar com vocês dois! Mas, vou deixar que vocês dois tenham uma chance.

- Como assim? – pergunta Sarah.

- Se vocês fizerem o que eu quero, não deduro vocês.

- É isso mesmo o que estou ouvindo? Você quer nos fazer uma chantagem?

- Chame do que quiser, Dominick Jayden. Eu chamo isso de... Oportunidade. Parceria também pode ser um bom termo.

- Diga o que você quer.

- Para começar, quero que minha empresa tenha privilégios dentro da gravadora. Quero que meus agenciados tenham prioridade e quero ter informações privilegiadas de dentro da empresa. De você, Sarah, quero que me conceda a divulgação de sua nova turnê através da minha nova empresa.

Ambos arregalam os olhos. É um jogo perigoso e terrível.

Antes de sair, Mandy dá um aviso em tom de ameaça.

- Vou dar uma semana para vocês pensarem se querem ou não aceitar essas condições. Irei procurar vocês na sede da gravadora. Acho bom terem um parecer até lá ou... Ou eu posso manchar a imagem de vocês, que ainda não se recuperou completamente.

A ruiva vai embora rapidamente do local, deixando Jayden e Brightman perplexos.

- Eu não acredito que isso aconteceu!

Sarah se joga nos braços de Jay, o abraça e começa a chorar.  

- Calma, calma. Vamos resolver esse... Inconveniente. Já passamos por perigos muito, mas muito maiores do que esse. Sairemos dessa, bambina!

Ele beija os longos cabelos da cantora inglesa.

- Eu... Eu não tenho condições de ir gravar hoje.

- E nem eu de ir nessa reunião.

Sarah abre novamente a porta e tira os sapatos. Em seguida, ela os joga na parede. Jayden fecha a porta e tenta acalmar a britânica.

- Pelo amor de Dio! Não se descontrole! Vai ser pior.

- Eu deveria ter acabado de vez com aquela maldita!

- Nós vamos encontrar uma alternativa. Mas antes, temos que desmarcar nossos compromissos.

- De fato.

Brightman pega o celular e liga para Peter, disfarçando a voz, fingindo uma rouquidão.

- Alô?!

- Peter, pode me ouvir?

- Sarah! O que houve com sua voz?

- Então... – ela começa a tossir – Parece que peguei uma friagem. Minha garganta está arranhando e estou tossindo bastante. Não estou em condições de gravar nada hoje. Me desculpe, Peter. – ela tosse mais uma vez.

- Oh, Sarah! Não precisa se desculpar. Você precisa descansar e se recuperar.

- Me perdoe mesmo, Peter! Deveria ter tomado mais cuidado comigo mesma.

- Isso acontece, minha querida. Descanse sua linda voz, se recupere e assim que você estiver melhor, me avise para que retomemos nosso trabalho.

Enganar Peter daquele jeito corta o coração de Brightman. Mas que outra opção ela tem? Não se sente bem para gravar, e não pode revelar o motivo para o amigo.

- Muito obrigada, Peter! Você é um anjo!

- Não precisa agradecer, anjo da música. Não deixe de me manter informado sobre seu estado, por favor.

- Tudo bem, creio que amanhã estarei melhor. Irei avisá-lo, fique tranquilo. Um beijo!

- Melhoras!

Ambos desligam os telefones.

- Pronto. Já avisou ao presidente da gravadora?

- Sim, eu liguei para ele.

- O que você disse para se justificar?

- Disse que tinha um problema pessoal sério para resolver. Pedi desculpas por não poder estar presente, mas falei que era muito urgente.

- E ele?

- Compreendeu perfeitamente. Desejou que eu pudesse resolver o problema o mais rápido possível e que eu possa estar lá amanhã. Bom, eu não menti, não é? De fato, estou com um grave problema pessoal. Aliás, bota grave nisso! – ele dá um longo suspiro e se joga no sofá da sala de estar do apartamento.

- Ai, tive que mentir para Peter, dizendo que estava com um terrível problema de garganta. Me sinto tão mal por mentir para alguém tão querido! Mas que opção eu tinha? Não podia contar para ele o que de fato me aconteceu. – ela se senta ao lado de Jay e o abraça.

- É difícil mentir para quem queremos bem, não é? Eu sei que menti muito para muita gente, principalmente quando estavaw envolvido naquela armação para prejudicar Dopp.  Mas nunca menti para alguém que amo.

Os dois ficam em silêncio por algum tempo. Brightman sente uma terrível dor de cabeça. Sua mente está em um verdadeiro turbilhão de pensamentos, memórias e emoções.

“Como pude fazer isso com Andrea? Ele não merece uma mulher como eu, que o trai dessa maneira! E como pude me apaixonar por Jay? Não que ele não tenha qualidades. Ele é bonito, atencioso, atraente, carismático... Mas meu amor por Bocelli era tão certo! Como... Como tudo mudou assim... Tão rapidamente, tão subitamente? O que estou sentindo por Jay é muito mais do que uma mera atração física, disso tenho a mais absoluta certeza! E isso me deixa desesperada, completamente apavorada!” – pensa Sarah, enquanto toma um medicamento para aliviar a forte dor de cabeça.

- Então... Temos que pensar em algo para parar aquela mulher.

- Eu sei, mas o que? Ela nos viu, disse ter provas contra nós dois...

- Nós não vimos essas provas. Pode ser algum blefe dela.

- Duvido muito, Jay. Conheço Mandy há muito tempo.

- Mesmo a conhecendo há muito tempo, você não sabia que ela poderia ser capaz de nos espionar!

- Sim, não podia imaginar que ela teria coragem de fazer isso. Mas sei que ela é muito esperta. Tenho certeza de que ela tem alguma gravação da nossa conversa no corredor para nos entregar.

- Vamos supor que sua intuição, que diz que ela tem uma gravação contra nós, esteja certa. O que iremos fazer, princesa das trevas mais sombrias?

- Acho que não temos outra opção a não ser ceder às exigências dela, pelo menos por enquanto.

- Também acredito que essa confusão não irá durar para sempre. Mas não temos como prever até quando teremos que encarar essa situação.

- Precisamos descobrir se ela tem mesmo essa prova.

- Mas como faremos isso?

- Antes de aceitar ou não a tal “proposta” dela, pedimos que ela mostre a prova que tem contra nós. Se ela tiver, cedemos temporariamente, pelo menos até darmos um jeito de sumir com a prova.

- É, faremos isso.

- Mas tem algo mais que precisa ser resolvido.

- Não precisa me dizer o que é. Eu sei que é sobre o Andrea. – Sarah suspira.

- Sim, exatamente.

- Depois de tudo o que aconteceu, não posso mais ficar com ele. Porém, não sei quando nós poderemos conversar. Ele ainda ficará um bom tempo em tour.

- Quanto tempo, mais ou menos?

- Se não me engano, uns dois ou três meses. Ele vai passar pela América e pela Ásia. E eu também estou fazendo shows. Não posso encontrá-lo. E não posso resolver esse assunto pelo telefone. Seria desumano e covarde de minha parte.

- Bem, então o que nos resta é esperar, pelo menos em relação a ele. Quanto à Mandy, não podemos esperar.

- Não podemos mesmo.

Eles se entreolham.

- Será que teremos que agir como agimos no passado, só que agora contra Mandy?

- Algo me diz que isso pode acontecer, Sarah. Só que dessa vez, não somos os vilões. Agora a vilã se chama Amanda Payne, nosso maldito pesadelo ruivo.