Fanfic:  Watermark Fight - 3 | Tema: Enya, Sarah Brightman

Olá, leitores! Mais um cap da fic para vocês! Daqui pra frente, vai ter muita agitação na história!

Espero que gostem!

É bem verdade que a rotina de Enya foi tomada por agitação do início ao fim. Na verdade, é isso que acontece sempre que a irlandesa lança um novo álbum, para alegria dos seus fãs e da gravadora. A tour fez com que a rotina ficasse ainda mais agitada, já que Enya percorreu o mundo.

Porém, a divulgação e a tour já acabaram e a irlandesa resolveu tirar um mês de folga antes de voltar com tudo ao trabalho. Depois de fazer tantas viagens, Brennan decide ficar mais em casa, assistindo suas séries, lendo livros e organizando algumas coisas.

- Vou colocar Better Call Saul em dia! Finalmente!

- Já passou da hora, hein? – diz Roma, ajudando a amiga a organizar os livros da biblioteca.

- Com certeza! Você vai assistir comigo, né?

- Claro, ué!

- Ótimo! Ah, você não me contou ainda o que Ciáran aprontou com você.

Roma suspira.

- Sente-se porque a história é longa.

- Iiiih, já vou até pegar meu chá. Você aceita?

- Claro.

Enya pega chá para as duas e se senta no sofá.

- Bom, você já sabe que Nicholas foi para o antigo apartamento de Bernd, certo?

- Sim, fiquei sabendo. Bernd me contou assim que Nicky pediu.

- Pois bem. Antes disso, pedi para ele ir para o quarto de hóspedes e fui fazer compras sozinha. Depois de fazer compras, resolvi ir numa cafeteria.

- E...

- E aí Ciáran entrou lá. Saí disfarçadamente, mas no caminho acabei esbarrando nele.

- Nossa! E o que houve depois?

- Ele quis conversar comigo, eu disse que não queria falar nada com ele. Ele ficou insistindo e aí um homem apareceu para me ajudar.

- Que homem é esse? E como ele te ajudou?

- Um rapaz muito simpático. Bom, ele encarou Ciáran, e confesso que fiquei com medo de que os dois brigassem e acabassem se estapeando no meio da calçada. Felizmente, isso não aconteceu. Ciáran acabou me deixando em paz e acabei fazendo amizade com esse homem.

- Hum... – Enya faz uma expressão levemente maliciosa.

- Que cara é essa?

- Esse homem é bonito? Agora que você está separada...

- Ai, Enya! Me erra! Esse rapaz tem idade para ser meu filho!

- E daí?

- Não sou dessas!

- Tudo bem, não tá mais aqui quem falou!

- Mas ele é bonito, sim.

- Aaaaaaaaaah, danadinha!

- Ué, qual o problema em achar o tal homem bonito? Só porque me separei de Nicholas não quer dizer que vou me relacionar com qualquer um!

- Está certa.

- Bom, acabamos conversando bastante. O nome dele é Ronan Derrick e ele é de Kerry.

- Vocês estão mantendo contato?

- Sim, conversamos de vez em quando.

- Bem, é sempre bom fazer novos amigos. Mas chega de papo e vamos ver Better Call Saul.

- Está bem. Vamos!

Do outro lado da cidade...

- Derrick, Derrick! Como vão as coisas com Roma?

- Vão bem. Estamos conversando.

- Você acha que vai conseguir ficar íntimo dela em quanto tempo?

- Isso não sei dizer, chefe. Depende dela. A minha parte posso garantir que eu faço.

- Não duvido disso. Você é muito bom no que faz. Bom, pode ir. Faça o seu melhor!

- Ok, chefe.

Derrick deixa a sala de Tom. O espanhol manda uma mensagem para James.

“Venha aqui. Precisamos conversar!”

Em poucos minutos, James chega até o escritório de Esposito.

- O que houve, chefe?

- Antes de mais nada, não quero que Derrick saiba uma palavra sequer do que vamos conversar.

- Entendido.

- Bom, vamos dar início ao plano de vingança. Acho melhor o Derrick não ficar envolvido nisso. Ele já está demasiadamente ocupado em conquistar a amiguinha de Enya. Ele saberá que nós estaremos por trás de qualquer forma, mas não quero que ele saiba dos detalhes.

- O que iremos fazer?

- Vou te mostrar o plano.

Três dias depois...

Bernd está com um tremendo abacaxi para descascar. Um problema grave de logística fez com que cds de vários artistas não chegassem em alguns países da Europa, atingindo mercados fonográficos de locais como Rússia, Hungria e Polônia. Isso tem feito com que ele, Frank, e executivos da gravadora fiquem trancados por horas em intermináveis reuniões.

- Muitos caminhões ficaram presos por conta de uma nevasca inesperada na Rússia. Também tivemos problemas na Polônia, na Hungria, na Lituânia e na Áustria. Por um motivo ainda pior.

- Como assim, Frank? – pergunta Bernd.

- Roubaram os caminhões com a carga. – diz Frank, visivelmente incomodado.

- O quê?! Quando foi isso?!

- Ontem à noite, no depósito austríaco. Uma gangue invadiu o depósito da empresa de logística e levaram 80% dos veículos. Infelizmente, mais da metade da carga de discos foi levada, além de alguns produtos de outras empresas.

- Me sinto mal por saber que isso aconteceu, especialmente na Áustria, na qual fui responsável pelo gerenciamento por um certo tempo. Claro que a culpa não é de ninguém a não ser dos próprios ladrões! – lamenta Dopp.

- A empresa disse que suspeita que algum funcionário possa estar envolvido nisso. Estão investigando, mas não sei se conseguiremos recuperar a carga.

- Droga!

Uma batida na porta é ouvida.

- Quem é?!

- Sou eu, Michelle. Posso entrar, Frank?

- Deve!

A mulher entra na sala e cumprimenta os dois executivos.

- Estamos com problemas terríveis de logística! – exclama Dopp.

- O que houve?

Frank explica toda a situação para Michelle, que tem um devaneio.

- Michelle?! Michelle?! Tudo bem?

- Sim, Frank. Me desculpe, estava refletindo sobre isso. Que coisa horrível! O problema na Rússia é bem mais fácil de ser resolvido. Mas esse na Áustria depende mais da polícia do que de nós.

- De fato. Temos que aguardar uma resposta da polícia, mas ao mesmo tempo, temos que pensar em uma solução para não perdermos mais mercado ainda.

- reflete o CEO da Warner Music Europe.

Enquanto isso...

O celular de Roma toca logo após o fim de mais um episódio de Better Call Saul.

- É ele?! – pergunta Enya.

- Sim, é ele.

- Atende, atende, atende!

- Vou atender! Mas nem adianta me pedir para colocar no viva-voz que eu não vou!

- Afff!

Roma atende o celular!

- Alô?!

- Olá, Roma! Sou eu! Espero não estar incomodando!

- Não, meu amigo! Você não me incomoda! Como vai?

- Vou muito bem. E você?

- Felizmente, também estou bem.

- Que ótimo! Bem, eu... eu gostaria de saber se você me concederia a honra de tomar um café comigo no centro de Dublin, apenas para trocar ideias pessoalmente, se você quiser e tiver tempo, claro!

Roma cobre o telefone rapidamente e cochicha com a amiga.

- Ele tá me chamando pra sair!

Enya abafa um grito.

- Vai, mulher! Você não tem nada a perder!

- É verdade.

Roma volta a falar com Ronan Derrick.

- Claro! Podemos sim!

- Se quiser, posso te buscar em casa.

- Ah, não precisa. Só me diga onde você quer ir, que te encontro lá.

- Tudo bem. Te mando o endereço por mensagem.

- Ótimo. Que horas podemos nos encontrar?

- Às sete, se não for problema para você.

- Para mim, está ótimo!

- Que maravilha! Então, nos vemos lá! Até mais!

- Até mais!

Os dois desligam.

- Você até agora não me mostrou uma foto dele, mulher!

- Ai, Eithne! Tá bom! Eu mostro! Só para você parar de encher o saco!

Roma entra nos contatos e mostra a foto do novo amigo para Enya.

- Hummm... ele é bonitão! Que Bernd não me ouça dizer isso! – ri a cantora.

- Bom, então vou indo. Tenho que me arrumar para sair. – diz a letrista, se levantando do sofá.

- Boa sorte, dona Roma! – Eithne faz uma expressão de sarcasmo.

- Aff! Você é detestável às vezes!

- Amiga, você não vive sem mim! – as duas se despedem.

Horas depois, na gravadora...

- Bem, espero que esse plano dê certo. E que a polícia faça o seu trabalho de modo que consiga localizar a carga roubada na Áustria. – diz Bernd, se levantando de sua cadeira.

- Também espero, meu amigo! – suspira Frank.

- Agora temos que aguardar. É terrível essa espera, mas não temos outra saída. – fala Michelle.

Os três pegam o elevador juntos e saem do prédio da gravadora. Porém, ao cruzarem a rua...

- Parados, parados! Mãos ao alto!

Os três se assustam. Um grupo de quatro homens encapuzados e armados arrasta Bernd para dentro de um carro preto, no meio de gritos de Michelle e do choque de Frank. O alemão se debate, mas os homens são mais fortes e conseguem contê-lo.

O carro acelera. Michelle e Frank correm atrás do veículo por um tempo, sem sucesso.

- F.. F... Frank! F... Frank, o que vamos fazer? Precisamos chamar a polícia!

- Sim, sim. Eu... eu vou pegar o celular. Você está com o seu?

- Sim!

- Ligue para a polícia, por favor! Preciso avisar a Enya.

Michelle pega o celular de dentro de sua bolsa e se afasta.

Enya termina a segunda temporada de Better Call Saul quando seu celular toca.

- Alô?! Frank?

- Enya! Ainda bem que você me atendeu! Preciso falar com você urgentemente!

- Mas o que houve?

- Bernd. Ele...

- O que houve com meu marido? Pelo amor de Deus, Frank! Diga-me!

- Ele... ele foi sequestrado!

A irlandesa fica em choque e se levanta do sofá desesperadamente.

- O... o  quê?! Quando foi isso?

- Agora há pouco! Fomos surpreendidos quando atravessamos a rua em frente à sede da gravadora.

- Para onde o levaram?

- Só vimos que foram para a direção sul da cidade, mas duvido que fiquem por aqui.

- Eu vou ir aí agora! Me espere, por favor!

- Sim, estarei aguardando.

Ambos desligam o telefone. Enya, atordoada, mal consegue trocar de roupa.

Brennan liga para Nicholas.

- Nicky!

- Enya! Sua voz está estranha. O que houve?

- Sequestraram Bernd! Eu estou desesperada! – diz a irlandesa, entre soluços.

- O quê?! Quando foi isso?

- Agora, perto da gravadora. Por favor, me encontre na gravadora. Pedirei ao meu motorista que me leve lá agora.

- Sim, estarei lá. Fique calma, minha amiga. Nós vamos encontrá-lo.

- Deus o ouça, Nicholas. Deus o ouça!

No café, Roma e Ronan Derrick saboreiam boas doses de café, além de risadas, ideias trocadas e muitas histórias.

O celular de Ryan toca no meio da conversa. Ela vê que Enya está ligando.

- Me desculpe, preciso atender essa ligação.

- Claro, sem problemas! – sorri Ronan.

A letrista atende a ligação da amiga.

- Alô?

- Sou eu, Enya. Aconteceu algo terrível, minha amiga!

- O que houve? Sua voz está embargada...

- Sequestraram meu marido!

- Quê?! Quando foi isso?

- Não faz muito tempo, após Bernd sair de uma reunião.

- Nossa! Não sei nem o que dizer...

- Se puder me encontrar na gravadora. Meu motorista está me levando para lá.

- Claro! Irei sim! Fique firme, minha amiga!

- Até logo!

Roma coloca o telefone na bolsa e termina rapidamente de tomar o seu café.

- Aconteceu algo, minha querida? – pergunta Ronan.

- Me desculpe, mas tenho que sair correndo. O marido de uma amiga acaba de ser sequestrado.

- Como?! Aqui em Dublin?!

- Sim.

- Eu vou com você.

- Não, por favor, não é necessário.

- Faço questão. Eu tenho amigos que trabalham na polícia, eles podem ajudar. E nem se atreva a pagar a conta! – Ronan paga a conta do café e entra em seu carro, enquanto Roma entra no dela. Ele a segue em direção à sede da gravadora.

No caminho, Derrick é tomado por pensamentos.

“Tom. Só pode ter sido o chefe sequestrando o marido da ex-namorada. O que mais ele vai fazer? E por que ele não me falou nada? Bom, talvez ele se preocupe que eu possa acidentalmente dar com a língua nos dentes. É, quanto menos eu souber, melhor.”

O homem decide se concentrar no volante.

- Pelo visto, a vingança apenas começou. – suspira o irlandês de Kerry.