Fanfic:  Watermark Fight - 3 | Tema: Enya, Sarah Brightman

Happy New Year! Feliz ano novo para todos! 

Depois de uma belíssima celebração natalina, Sarah e Eithne se preparam para mais um festejo: a chegada de um novo ano, que certamente, será agitado para ambas. Brightman vai para a Itália, enquanto Brennan vai para a Alemanha, juntamente com Bernd, Nicky e Roma.

Sarah vai para a mansão de Andrea, localizada em Toscana. A maravilhosa paisagem será o cenário da virada para a britânica.

Durante o trajeto para a residência do amado, Brightman repara em seus braços. Estão praticamente intactos, sem cicatrizes visíveis. É uma dádiva estar viva depois de tudo o que aconteceu. As imagens do acidente ainda povoam seus pesadelos de vez em quando. Andrea, apaixonado por velocidade, evita qualquer tipo de comentário sobre o assunto próximo da namorada. Talvez algum dia ela se recupere completamente do que aconteceu, mas vai levar um bom tempo.

A cantora chega finalmente à mansão. Uma belíssima construção do século XIX, restaurada a mando do dono. Com 10 quartos, e muita imponência, o lar de Bocelli representa a grandiosidade de uma era.

Ela desce do carro e é recebida por um funcionário do local, que a conduz até a sala de música.

Já na Alemanha, Enya, o marido e os amigos chegam ao apartamento de Dopp em Berlim, com uma visão privilegiada de um dos cartões postais da cidade: o portão de Brandemburgo. Com uma pequena bagagem, todos se instalam confortavelmente no local. Enya vai até a janela e relembra um momento com Bernd no portão de Brandemburgo...

- Como a lua está linda!

- Só não está mais linda do que você! – sorriu o alemão.

Ele a puxou pela cintura:

- Não vou deixar ninguém tirar você de mim novamente, Eithne. Faria o que eu fiz hoje e até pior se mais alguém tentar nos atrapalhar...

Aquela briga na festa de comemoração pela promoção de Bernd e Frank deu o que falar. Mas agora é passado.

Enquanto isso, na Itália, Sarah encontra Andrea tocando piano na sala de música da mansão e se emociona. A cegueira do italiano não o impede de tocar maravilhosamente o instrumento. Ela fica em silêncio e o espera terminar a canção.

Ele termina de tocar e Brightman se aproxima sem fazer barulho. Em seguida, o chama:

- Amor?

- Angel? Você chegou! Está aí há muito tempo? – sorri o tenor.

- Não. Estava o vendo e o ouvindo tocar. Foi maravilhoso!

- Não é mais maravilhoso do que ter você na minha vida.

Ela o abraça por trás. Ele se vira e se levanta, a embalando em um doce beijo.

- Vamos explorar um pouco por aqui?

- Vamos. Mas, antes, queria ligar para o Jay.

- Ah sim, espero que ele venha! – sorri Andrea.

Sarah liga para seu amigo:

- Alô?

- Oi Jay! Sou eu, Sarah!

- Anjo das sombras! Como vai?

- Estou bem e você?

- Também estou bem.

- E então Jay, você vem? Diz que sim, por favor!

- Na mansão do Andrea?

- Sim. O convite não é só meu. É dele também. Vem, por favor!

- Ok, ok! Já que você insiste, eu vou!

- Não demore, hein! Estaremos te esperando. Me ligue quando estiver chegando!

- Pode deixar. Até mais!

Ambos desligam os celulares ao mesmo tempo.

- Ele virá. Agora, podemos dar uma volta por aqui! – diz a britânica, feliz.

Sarah, de braços dados com Andrea, caminha pelo belo local. Os animais e as plantas deixam tudo ainda mais bonito.

O tempo passa depressa e escurece rapidamente. Os convidados de Bocelli chegam, inclusive os filhos. Jay não demora a chegar e liga para a soprano:

- Sarah, estou aqui na entrada.

- Ok, vou até aí.

A britânica deixa Andrea conversando com amigos e vai receber Jayden.

Rapidamente ela chega até a entrada e abraça Dominick.

- Jay! Que saudades de você!

- É bom te ver também, dama sombria! Você está muito iluminada hoje! E bonita! – sorri.

- Obrigada! Digo o mesmo de você!

Eles vão até Andrea. Os italianos se cumprimentam alegremente.

- Fico feliz em ter vindo, meu caro! – sorri Bocelli.

- A honra de estar aqui é minha! – retribui Dominick.

Enquanto a virada de ano não acontece, muita música, bebidas e animação. Bocelli e Brightman cantam algumas músicas, aplaudidos freneticamente pelos convidados.

Um banquete delicioso está sendo preparado pelos funcionários da mansão, que também participam da festa.

Na Alemanha, apesar de não prepararem uma celebração tão grandiosa, Eithne, Bernd, Nicholas e Roma se divertem. Beneficiados pela localização do apartamento de Dopp, eles assistem “de camarote” a shows feitos em frente ao Brandemburgo.

- Como a cidade está linda! – comenta Roma.

- Concordo totalmente. – sorri Nicky.

- E os shows estão ótimos! – comenta Eithne.

- Tenho orgulho dessa terra! – vangloria Bernd.

Os quatro prestam atenção à todas as apresentações.

Falta pouco para a chegada do novo ano. Seguindo a tradição, todos vestidos de branco. Enya, Sarah e Roma com belos vestidos. Nicky, Bernd e Jayden com roupas um pouco mais casuais, e Andrea com um magnífico terno.

- Atenção, contagem regressiva!  – diz Nicky.

Enya, Sarah e suas companhias contam, todos juntos:

Dez!

Nove!

Oito!

Sete!

Seis!

Cinco!

Quatro!

Três!

Dois!

Um!

Os céus em Berlim, em Toscana e outros inúmeros locais são tomados pelos fogos de artifício, com suas cores, brilhos e magias.

- Feliz ano novo! – as pessoas exclamam animadas, emocionadas, felizes.

Enya e Bernd se beijam, Roma e Nicky fazem o mesmo. Em seguida, se cumprimentam entre si, desejando, uns aos outros, muita felicidade, paz, sucesso e alegria.

Sarah beija Andrea e depois abraça Jayden. Os convidados de Andrea se cumprimentam animadamente. Bocelli abraça os filhos, que também abraçam Brightman.

Champanhes são abertas e os convidados são servidos:

- Um brinde ao novo ano que se inicia! – grita Bocelli.

Barulhos de brindes tomam conta do local.

- E vamos ao banquete! – completa o anfitrião.

Em volta da enorme mesa da sala de jantar, os convidados se ajeitam e o banquete é servido, com variados pratos.

No apartamento de Bernd, o CEO também abre uma garrafa de champanhe, e faz um brinde:

- Que esse ano seja um ano maravilhoso para nós! – diz o alemão.

- E será, meu amor. Nós faremos desse ano um ano inesquecível! – completa Enya.

- Tenho certeza disso. – sorri Dopp.

- Ei! Não vamos comer? - indaga Nicky.

- Ai, Nicholas! Pare de estragar o momento! - ralha Roma.

- Ah, qual é. Estou com fome. - resmunga o produtor.

Bernd ri e diz:

- Não é só você não, meu amigo. Eu também. Vamos partir para a comida! 

Voltando à Toscana, depois de aproveitar o ótimo banquete, Sarah e Dominick passeiam pela mansão. Eles aproveitam para conversar sobre a gravadora, na qual agora Jay trabalha. A inglesa passa algumas de suas experiências para ele. Mas também falam sobre a vida e relembram momentos do ano que passou. Ambos seguram taças de champanhe.

Eles dão voltas pelos corredores do agitado local, que continua a festejar.

No meio do caminho, Sarah esbarra em um dos corredores com um homem, e deixa a taça que estava segurando cair. Rapidamente, Dominick a puxa para o lado, a fim de evitar que ela se machuque. A soprano se assusta e fica nos braços do amigo.

- Você está bem? Está machucada?

- Não, não estou. Foi só um susto.

Jay a olha com muita preocupação. Não há mais ninguém no corredor. Brightman também o olha, mas com curiosidade e se pergunta porque ele a está olhando dessa maneira.

Jayden se aproxima ainda mais de Sarah e continua a olhar para ela profundamente.

E então, o que não deveria acontecer, acontece. Sarah e Jay se beijam subitamente.

O beijo não dura muito, porque Sarah se afasta.

- Isso... Isso não poderia ter acontecido! – exclama Brightman.

Ela sai rapidamente do ambiente, assustada, antes de ouvir qualquer pedido de desculpas de Dominick. Ele pensa em ir atrás dela, mas, igualmente sem graça, ele resolve sair da mansão rapidamente e vai embora, com um certo peso na consciência.

- O que deu em mim? Por que a beijei? – pensa, intrigado.

No meio do caminho, Sarah acaba encontrando Bocelli.

- Amor?

- O que foi meu anjo? Seu tom de voz me parece tenso. Aconteceu alguma coisa?

- Nada, foi só um susto com uma taça que caiu.

- Você se machucou?

- Não, não. Jay... Jay me salvou.

- Ah, esse homem é um cara incrível. Falando nele, onde ele está?

- Ele... Ele já foi embora. Inclusive pediu desculpas por não poder se despedir corretamente, mas teve que ir. – disfarça a soprano.

- Que pena. – lamenta o tenor.

- Mas... Mudando de assunto... Acho que estou te devendo algo.

- Me... Devendo algo?

- Sim. – diz Sarah, com uma voz aveludada.

Brightman conduz Bocelli até um dos quartos da belíssima mansão do italiano, longe da bagunça da festa. Ela tranca a porta.

- Onde estamos? – pergunta Andrea.

- Estamos em um dos quartos. – responde Sarah.

Ele logo percebe o que a namorada pretende fazer.

- É o que eu estou pensando?

- Bom... Talvez. Quem sabe? – a inglesa conduz o namorado até a cama, e tira o seu paletó.

- Devo descobrir?

- Hum... Você quer descobrir?

- Só se for agora. – ele agarra a cintura de Brightman e a beija calorosamente.

Ambos caem na cama e não param de se beijar. A inglesa conduz o namorado como se fosse uma dança. Ela guia as mãos dele pelo seu corpo. Ele abaixa as alças do belo vestido dela, que escorrega pela pele de Brightman facilmente. E ela se entrega totalmente a ele, tentando esquecer o beijo de Jay que aconteceu momentos antes.

A soprano também ajuda o amado a se despir. Ele explora cada pedaço, cada mistério de Sarah.

- Esqueça o mundo lá fora... Finja que apenas nós dois existimos... – sussurra Andrea.

- É o que eu quero... – sussurra Sarah.

Pelo menos por um momento, ela pode esquecer dos erros que cometeu, dos pesadelos e da culpa. Está nos braços de alguém que a ama de verdade.

Na Irlanda, duas semanas depois...

- E então, vamos almoçar fora hoje? – sorri Bernd.

- Hum... Eu topo! – sorri Enya em resposta.

- No restaurante de sempre?

- Uhum!

- Então vamos nos arrumar.

Ambos sobem as escadas e se arrumam. Enya escolhe um leve vestido preto e Bernd escolhe uma camisa da mesma cor, com uma calça jeans.

- Já disse que você é maravilhosa? – sorri o alemão, ao ver a esposa pronta para sair.

- Inúmeras vezes! – sorri em resposta.

Os dois entram no carro de Bernd.

Durante o trajeto até o restaurante, a irlandesa vai cantarolando Amarantine.

You know when you give your love away

it opens your heart,

everything is new...

Ela para de cantar assim que um carro vermelho, na direção contrária, perde o controle e vai em sua direção, quer dizer, na direção do carro deles.

- Bernd, cuidado!

A vida de Eithne passa como um filme pelos seus olhos, e ela se recorda de um acidente de carro que sofreu há muitos anos. É como se ela estivesse revivendo aquele terrível momento. Chegou a ficar com alguns ferimentos na época e com a péssima e eterna lembrança daquilo.

Em um reflexo rápido, Dopp consegue desviar o carro, porém não totalmente. Os carros colidem na parte dianteira direita, mas não de forma muito violenta.

- Eithne! Eithne, você está bem? Se machucou? – pergunta o alemão, aflito.

Depois de alguns segundos, ela responde:

- Não me machuquei, estou bem. E você?

- Também estou bem. Vamos ver o estrago que esse maluco causou no carro.

Os dois descem do automóvel. Primeiramente, Bernd. Em seguida, Eithne.

O CEO verifica a parte dianteira do carro, enquanto a cantora ainda tenta se recuperar do choque.

O motorista do outro carro desce. E Enya, que tenta se recuperar do abalo provocado pelo acidente acaba ficando ainda pior ao ver o motorista do outro veículo.

- Você?!