Fanfics Brasil - Passado sombrio Watermark Fight - 3

Fanfic:  Watermark Fight - 3 | Tema: Enya, Sarah Brightman


Capítulo: Passado sombrio

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Ei gente! Peço desculpas pela demora e pelo capítulo meio "novela mexicana" que vocês lerão a seguir haha. Antes de começar a leitura, peço que, para maior compreensão do mesmo, leiam (ou releiam) o capítulo crossover especial da segunda temporada de Watermark Fight (temporada que, aliás, continua rendendo muito mesmo depois do seu fim há alguns meses atrás, muito obrigada! http://fanfics.com.br/?q=capitulo&fanfic=28110&capitulo=31 )


 


Ah, e mais uma coisinha (prometo que é a última haha). A playlist foi atualizada! Que tal ler ao som das músicas que embalam essa história? Corre lá! http://grooveshark.com/#!/playlist/Watermark+Fight/101755010


Boa leitura e espero que gostem ^-^


 


 


Tom mal acredita no que aconteceu.


- Eu sei que Dublin não é muito grande, mas não imaginava que esse encontro aconteceria tão rápido! Ela não mudou mesmo. Continua linda! Linda e irritada. Ainda bem que esse último detalhe não é um problema. Pelo contrário. – pensa o espanhol, com uma expressão de vitória. Ele desejava ficar frente a frente com a ex-namorada, mas não esperava que isso aconteceria da maneira como aconteceu.


Ele chega rapidamente a um galpão. Desce de seu luxuoso carro vermelho e dá uma olhada na parte dianteira do mesmo.


- Infierno! Vou gastar uma grana alta com esse conserto. Mas com certeza deixei um estrago maior em Eithne.  Que bom saber que ainda tenho um impacto tão forte sobre ela... Que vai pagar caro por tudo o que me fez!


Os pensamentos dele são interrompidos por um chamado:


- Chefe!


- James! Derrick! Vocês não vão acreditar!


- Acreditar? Acreditar no quê? – pergunta James.


- Lembram que eu mandei vocês irem para uma festa meses atrás?


- Claro que lembramos. Fomos chutados de lá pelo anfitrião da festa e seu amiguinho irritado! - relembra Derrick.


- Nem tivemos tempo pra aproveitar e...


Tom fechou o rosto e os homens entenderam o recado.


- Bem, eu estava vindo para cá quando de repente... - Esposito conta tudo o que houve para a dupla, que ouve atentamente.


- Mas afinal de contas, ainda sente algo por ela? – pergunta James.


Tom pensa um pouco para responder.


- Sim. Rancor. Raiva.


- A amou muito, não?


O espanhol dá uma gargalhada:


- Amor verdadeiro apenas com essa aqui! - diz, mostrando uma arma na cintura, sua fiel escudeira. Uma pistola 9 mm - Essa sim nunca me abandonou. Nunca acreditei num amor verdadeiro entre um homem e uma mulher. Eithne foi... Foi talvez o mais próximo que cheguei disso, mas não diria que a amei.


James e Derrick se entreolham. Acham que Tom está blefando, mas como ele é o comandante deles, não falam nada.


- Bom, mas agora vamos mudar de assunto. O carregamento já chegou?


- Sim, chefe. Estávamos lhe esperando para dar uma olhada. – responde Derrick.


- Ótimo. Vamos até lá.


Os três homens andam pelo enorme galpão cercado por inúmeras caixas de diversos tamanhos e diversas origens.


- Há quanto tempo o carregamento está aqui?


- Há cerca de trinta minutos, chefe. – responde James.


- E quantas caixas chegaram?


- Cerca de cento e oitenta. – diz Derrick.


Eles param de andar. Tom escolhe uma caixa.


- Vamos abrir essa aqui primeiro. – ordena Tom.


Com agilidade, James e Derrick abrem a caixa de madeira. Eles retiram cautelosamente a carga de dentro da caixa. É um enorme quadro, que retrata inúmeras e belas árvores verdes.


- Hum... É um belo quadro. – diz James.


- Com tantos quadros no galpão, poderiam dizer até que é contrabando. – fala Derrick.


- Contrabando não é nada perto do que fazemos. – reflete Tom.


- Além disso, teremos um dinheiro levemente honesto para pagar nossa fiança se formos alguma vez presos. Afinal, não são quadros roubados. Pelo menos não roubamos esses...


- Bate três vezes na madeira e na sua cabeça também, Derrick! – James dá um tapa na cabeça do colega.


- Falando em madeira... – Tom abre cautelosamente uma parte da grossa moldura de madeira do quadro. – Aqui está! – Ele pega uma pequena caixa com comprimidos coloridos de metanfetamina – Temos isso aqui em quase todos os quadros. Tirem com cuidado. Como vocês podem ver, há uma indicação de onde exatamente estão os potes com a metanfetamina. Repito: tenham cuidado, pois esses quadros serão vendidos normalmente depois, como se não houvesse nada de errado. Resolvam tudo por aqui e amanhã eu volto. Tenho que mandar o meu carro pra oficina depois da batida de hoje.


- Sim, senhor. – respondem James e Derrick.


Esposito vai para uma oficina de sua confiança e deixa o carro lá para ser consertado, e em seguida, vai andando para seu apartamento, que coincidentemente, se localiza no mesmo quarteirão do apartamento em que Dopp estava morando antes de se casar com Brennan. Seria só coincidência? Talvez não.


Tom não consegue parar de pensar no que aconteceu mais cedo.


- Há coisas que o tempo não apaga. Apenas adormece, para acordar no momento mais inoportuno. Era o que estava estampado em seus olhos. Ela não me esqueceu. – pensa o espanhol.


Ele relembra o dia em que a conheceu, na festa de alguns amigos. Mesmo dia em que a beijou, sem nenhuma cerimônia...


- Ficou louco?


- Se eu fiquei louco? Sim, eu fiquei. Louco por você!


- Me solte! Agora! Por que fez isso?


- Sou objetivo com o que eu quero. Eu queria te beijar, então foi o que eu fiz.


- Você precisa de um psiquiatra!


- Não! Eu preciso de você.


- Vai se tratar! Não se agarra uma mulher dessa forma!


- Talvez eu tenha sido precipitado. Talvez. Mas não pense que me arrependo. Grave isto! Não desisto facilmente...


Realmente Tom não desistiu. Mesmo comprometido com outra mulher na época, ele decidiu se arriscar e conquistar a irlandesa. Mas o relacionamento com ela teve mais momentos ruins do que bons. Brigas eram constantes, terminavam e voltavam em um ciclo que parecia não ter fim. Só que a atração que sentiam um pelo outro era muito intensa, o que os fazia tentar fazer com que a relação desse certo.


Atração tão intensa que Esposito estava pensando seriamente em terminar com a antiga companheira e ficar somente com Brennan.


- Estou sendo um canalha ficando com as duas ao mesmo tempo. Sentimentos confusos desde que coloquei os olhos em Eithne pela primeira vez. Como estou me deixando levar dessa forma por uma mulher?


Por mais que tentassem, parecia que o destino não os queria colocar um ao lado do outro. Quando parecia que tudo ficaria bem, eles brigavam e terminavam. Eles iam constantemente da brisa ao furacão...


- Agora já chega! – Tom não aceitava o fato de que a namorada não tinha tempo suficiente para ele - Você prefere dar atenção à sua vida de frescuras do que a mim!


- Isso não é verdade! Trabalho demais para manter tudo o que conquistei. – E Enya não colocaria o então namorado como prioridade absoluta em sua vida.


- Aham, sei! Não pense que vai me fazer de idiota, porque não vai!


- O que você está fazendo?


- Estou pondo um ponto final no nosso relacionamento. Acabou!


- Como é que é? – berrou Eithne – Você não pode fazer isso!


- Não só posso como já fiz! Adeus!


Quando Tom colocou um ponto final na relação com Enya, refletiu bastante. Estava com muita raiva, mas não conseguiria ficar longe dela por muito tempo. Decidiu ir atrás dela, e reatar mais uma vez, coisa que faziam com freqüência. Se reatassem, ele terminaria com a outra mulher, deixaria de ser bígamo e começaria do zero um relacionamento honesto com Eithne. Porém, daquela vez, as coisas não saíram como o homem havia planejado.


As memórias do fatídico dia em que Enya colocou o ponto final definitivo na relação dos dois ainda estão vivas na mente do espanhol...


- Eithne! Eithne!


- O que você está fazendo?


- Precisamos conversar.


- Não precisamos! Eu NÃO vou conversar com você!


- Eu quero voltar com você!


- Você o quê? Não acredito que você teve a audácia de vir aqui! Eu descobri tudo! Suma daqui!


- Descobriu o quê? Do que está falando?


- Você era casado esse tempo todo!


- Quem... Quem te falou isso?


- Não interessa! Não sou idiota. Desapareça daqui!


- Quem foi que te disse essa mentira?


- Saia! Agora!


- Escute aqui! Pode me dizer quem foi o desgraçado que te falou isso!


- Não vou dizer nada! E solte-me!


- Não vou soltar! Eu não vou sair enquanto você não voltar comigo.


- Então vai morrer esperando! Porque eu NUNCA MAIS vou ficar com você!


Depois da briga (e do mega tapa) que levou de Eithne, Tom saiu atordoado do estúdio da cantora. Parecia que nada do que aconteceu ali tinha sido real.


Andou pelas ruas, sem saber o que fazer, até que viu um pub, no qual decidiu entrar, e afogar as mágoas em bebidas. Tomou inúmeras doses de Guinness e Whiskey.


- Como... Como ela descobriu? Ainda vou por as mãos no maldito que arruinou a nossa vida! – pensou, com ódio.


E como se tudo já não estivesse ruim o suficiente para ele, o espanhol ainda teve mais uma desagradável surpresa.


Não somente Enya descobriu a bigamia dele. A companheira espanhola de Tom também descobriu. Apesar da cantora nunca ter confirmado a identidade do namorado, apenas que estava comprometida, o nome de Tom foi conectado ao dela. Como? Ninguém sabe. Talvez alguém próximo de Enya, ou de Tom, que para ganhar dinheiro, resolveu entregar a identidade dele para algum jornalista de tablóide sensacionalista. O anonimato do namorado de Enya era bom para os dois lados. Para Enya, que não gostava de ter sua vida exposta (apesar de abrir uma exceção para Bernd tempos depois, já que o relacionamento deles ficou sério a ponto de um casamento), e para Tom por motivos óbvios.


- A fama tem dessas coisas. – disse Eithne para Tom uma vez, quando teve que desmentir mais um boato sobre sua bem sucedida carreira. - Boatos sobre a vida, especulações sobre carreira. Por muitas vezes, por mais que se possa desmentir, acreditam de olhos fechados nessas invenções! Por isso não gosto da fama. Sucesso e fama são coisas bem distintas. A fama pode até ser conseqüência do sucesso, mas não quero minha vida exposta pela imprensa marrom.


 


Sem Enya, Esposito voltou para casa em Madrid, e decidiu recomeçar do zero seu antigo relacionamento. Porém, ao chegar ao lar, se deparou com uma cena terrível.


- Carmen?! Carmeeeeeen! – gritou, ao ver a mulher inconsciente. Ao lado dela, uma carta:


“Eu descobri tudo. Você estava comigo e com outra ao mesmo tempo! Como pôde fazer isso? Dei-lhe todo o meu amor, e não foi suficiente... Uma mulher linda, rica e bem sucedida. Que chance eu teria de competir com ela? Não suportaria ficar sem você. Portanto, prefiro dar fim à minha própria vida. Se não posso viver com você ao meu lado, qual o sentido de “continuar vivendo”? Foi bom o tempo que ficamos juntos. Mas agora acabou. Seja feliz com ela.”


Tom entrou em desespero. Juntamente com a carta, ao lado da mulher de negros cabelos ondulados, pele como oliva, olhos negros como a noite e altura mediana, vidros de calmantes, tarjas pretas. Estava abatida, muito magra e triste. Tinha perdido sua beleza. A mulher tentara o suicídio com uma overdose de remédios.


Ele a levou ao hospital às pressas, mas não adiantou. A companheira de anos acabou morrendo.


Os antigos amigos dele descobriram toda a história, e Tom fugiu para Barcelona, deixando para trás a vida construída na capital espanhola. Na cidade, ele se perdeu em sentimentos, largou definitivamente a música, se meteu em confusões, e acabou entrando para uma vida de crime, na qual se estabeleceu como chefe de um cartel internacional. Já pensou várias vezes em sair dessa vida criminosa, principalmente depois de conseguir abrir uma bem sucedida empresa de transportes, mas desistiu da ideia, e inclusive passou a usar parte da empresa para seus negócios ilícitos.


- Sou respeitado, sou temido. Apesar de sempre ter tido uma aparência mais bruta, eu era um completo idiota. Agora não. Meus inimigos me invejam! O perigo me fascina! – pensa o homem, limpando a arma que a acompanha há anos, já dentro de seu apartamento.


Desde então, Tom culpa a ex-namorada pela perda de Carmen, apesar dele ser o culpado o tempo todo. Agora, ele deseja vingança. E quer tirar de Enya o que ela considera mais precioso:


- Eithne que aproveite os momentos de paz que ainda possui... Pois eles acabarão em breve! Eu juro! Juro por Carmen! E juro principalmente por mim!



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Autor(a): bruninharz10

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • maiitita_ Postado em 28/12/2016 - 17:00:52

    Ja gostei, vou Ler e ja comentooo!

    • bruninharz10 Postado em 02/02/2017 - 23:35:47

      Ei! Muito obrigada! Espero que goste mesmo! Tem na descrição da fic os links para as temporadas anteriores :)

  • bruninharz10 Postado em 29/01/2015 - 00:07:20

    Ei! Obrigada por ler! :D

  • lu_morena Postado em 28/01/2015 - 20:43:59

    Nossa e muito boa essa sua fic continua.


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