Fanfics Brasil - Virgem por acaso: capitulo 48 Virgem por acaso [Terminada]

Fanfic: Virgem por acaso [Terminada]


Capítulo: Virgem por acaso: capitulo 48

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Annie agradeceu a sua chefe e saiu do escritório com o cheque. Ela mal podia acreditar no que havia acabado de acontecer. Fiona estava realmente dizendo que a menos que Annie usasse de prostituição masculina, não teria lugar em seu círculo de negócios? Tinha de haver alguma forma de moléstia sexual naquela equação. Fiona estava apenas meio certa. Annie tinha ficado tentada pelo sexo que Jorge ofereceu. Dolorosamente tentada (ela estava sentindo o ponto doloroso agudamente desde que tinha deixado o quarto de hotel ontem à noite). O dinheiro tinha sido um fator para sua recusa. Mas havia outros fatores também, que faziam com que Annie evitasse pagar por sexo se conseguisse evitá-lo. Ela preferia pegar algum fracassado sem experiência sexual num bar do que pagar um belo e eróticamente treinado e talentoso garoto de programa num glorioso quarto de hotel. Não, aquilo não fazia muito sentido. Ela preferia deixar os dois tipos de lado, o que poderia ajudar a explicar por que estava inativa todo esse tempo. De volta ao seu escritório, sentiu uma necessidade aguda de trocar experiências com alguém que realmente tivesse coração. Ela começou a ligar para o número da sua mãe, mas reconsiderou (ela só tinha meio coração). Em vez disso, ligou para a casa de Janice. A secretária eletrônica atendeu. Se Janice estava doente, não responderia ao telefone? Se tinha feito algo terrível consigo mesma, tipo, se estivesse mentindo, as veias abertas num banho do seu próprio sangue, pegar o telefone seria impossível.


Ou se ela estivesse extremamente deprimida, não poderia levantar sua mão para pegar o fone. Annie tinha de conferir. Ela tinha de ter certeza de que Janice estava bem. Sem alertar as autoridades da vizinhança, Annie pegou sua bolsa de couro vermelho Prada e pegou um táxi para o Greenwich Village. Janice morava na Quinta Avenida, bem na esquina do Washington Square Park. Seu prédio, um triunfo déco do início dos anos 50, tinha status oficial de marco da cidade de Nova York. Isso significava que o edifício não poderia ser demolido para novas construções, e que qualquer modificação na fachada tinha de ser aprovada pela Comissão de Preservação de Marcos (que, se sabia, nunca concordava com qualquer mudança nos prédios designados — até mesmo melhorias inquestionáveis). Janice tinha sido sortuda o suficiente (loucamente sortuda) para herdar seu apartamento "seis aposentos clássico" (dois banheiros, três quartos) da avó do seu ex-marido. A velha, que morrera cerca de vinte anos atrás, deixara o apartamento para Janice e seus filhos, nem mesmo incluindo o nome do seu neto no testamento. Já que Janice ainda era casada na época, e Nova York é um estado de propriedade comunal, houve algumas brigas legais e pedidos públicos para convencer seu marido a deixá-la ficar com o apartamento durante a partilha do divórcio. Ela sabiamente deu a ele tudo o que tinham — o carro, as ações, a poupança, até peças de jóias de família, e mais 50.000 dólares em dinheiro (pagos em cinco anos) para ser a única dona do apartamento, avaliado em 1994 em 200.000. Agora, em 2009, ela poderia vendê-lo em aproximadamente cinco minutos por 2 milhões. Janice, portanto, nunca ficava muito preocupada com dinheiro.


Annie abriu as portas de metal do prédio e entrou no saguão, conferindo sua aparência nos espelhos duplos. O porteiro sorriu enquanto Annie se aproximava. Ela tinha ido ao prédio de Janice dezenas de vezes, entregando documentos, comparecendo a festas da calcinhas.com.


O próprio apartamento de Annie no SoHo ficava a uma caminhada rápida de distância. O porteiro tinha pelo menos 70 anos e trabalhava atrás daquela mesma mesa nos últimos 40 anos. Ele era um doce e velho homem que dava proteção zero aos habitantes do prédio. Mas naquela cidade, onde o sindicato dos porteiros era mais poderoso do que o quadro de educação, seu título era escrito em pedra (que era como as coisas eram escritas no tempo dele). Ele disse a Annie que a sra. Strumph estava em casa. Perguntou se Annie queria que ligasse para ela. Annie disse que estava fazendo uma visita surpresa e que apenas subiria e bateria na porta. Se Annie tivesse um porteiro (ela não tinha) e ele deixasse qualquer pessoa, até alguém que ela conhecia bem e que não fosse uma ameaça a sua segurança pessoal, subir a seu apartamento sem aviso, ela ficaria lívida de raiva. Mas Janice era bem mais complacente do que Annie jamais seria, e Annie não queria arriscar que Janice instruísse o porteiro a mandá-la embora. Uma surpresa poderia ser a única maneira de não deixar Janice entrar na banheira com um secador de cabelos ligado numa mão e uma lâmina de barbear na outra. Janice morava no oitavo andar. Annie bateu em sua porta suavemente. Não houve resposta. Ela bateu mais forte. Ainda nada. O medo de que Janice pudesse ter feito mal a si mesma fez crescer o desespero de Annie e ela usou o golpe de pânico para bater com os dois punhos na porta de Janice, gritando o nome dela. Aquilo trouxe uma resposta. Janice, pequena e com olhos sonolentos, os cabelos molhados e encaracolados, abriu a porta.


— Annie? — perguntou, surpresa.


Janice estava enrolada numa toalha branca. Com faixas brancas atadas em torno de cada pulso! Torniquetes? Ela estava tentando fazer as veias saltarem para melhorar sua mira? Ou já tinha feito os primeiros cortes?


— Eu sabia! — gritou Annie. — Deixe-me entrar. Onde está a lâmina? Você não pode se matar, Janice. Você é amada. Eu amo você. Seus filhos amam você.


Annie empurrou sua chefe e entrou correndo no apartamento. Ela quase escorregou no tapete Kilim no corredor, tropeçando no bufê Queen Anne na lateral, chacoalhando a porcelana. Logo que se recuperou, correu para o quarto de Janice (o tecido rosa por toda parte — as paredes, a cama, as cortinas — sempre era um choque). A porta para o banheiro da suíte estava fechada. Janice tinha tentado esconder os acessórios do suicídio, sem dúvida. Annie encontraria a lâmina de barbear e a destruiria. Ou esvaziaria a banheira para que Janice não pudesse se eletrocutar. Ela escancarou a porta. Seus olhos imediatamente foram para a pia de pedestal de porcelana onde ela tinha presumido que encontraria uma lâmina, já avermelhada e pegajosa de sangue humano. Nada ali.


E aí Annie sentiu o arrepio de outra presença no aposento. Ela congelou. Depois, vagarosamente, ela se virou para olhar a banheira. Atrás da porta cheia de vapor do chuveiro, movimento. Annie colocou a mão no pegador de prata e abriu-a. Um homem. Uma cabeça cheia de cabelos cinza no alto de um rosto fino e classudo. Ele tinha um corpo decente para a sua meia-idade. Barriga lisa, pernas longas, com um flácido (mas comprido) pau e um saco enrugado. Ele uivou primeiro, depois se recuperou suficientemente (mas não conseguiu se cobrir) para dizer:


— Desculpe, senhora, se incomodaria de fechar a porta? — mas Annie não conseguiu se mover, sua mente processando ainda a informação. Os braços dele estavam elevados sobre a cabeça, os pulsos atados ao chuveiro com um xale branco.


Annie, agora segura de que Janice não ia se matar tão cedo, bateu a porta do chuveiro. Muda, ela saiu do banheiro e para o quarto exagero-de-rosa de Janice. Sua subchefe estava sentada no canto da cama, sorrindo (orgulhosamente? timidamente?) e dando um tapinha no local ao lado dela.


Sentando-se, Annie disse:


- Ele me chamou de "senhora".


— Ele é muito formal — disse Janice.


— É, eu pude ver—disse Annie. —Se eu começar a pedir desculpas agora, há uma chance de que você me perdoe por volta de 2015?


Janice riu (riu!).


— Ele não é adorável?


Do banheiro, uma voz tremeu no quarto.


— Janice?


— Só um minuto, Jeffrey. — Para Annie, Janice acrescentou. — Não Jeff. Ele não gosta de Jeff.


— Ele não parece um Jeff.


— Não.


A confusão desaparecendo, Annie teve de dar um sorriso.


— As orelhas parecem fabulosas.


— Obrigada, Annie. Tudo parece fabuloso hoje. Estou em paz, tudo está certo no mundo. Levou cinqüenta anos, mas eu finalmente encontrei o homem que vinha procurando.


— E você sabe isso depois do primeiro encontro porque...


Janice disse:


— Porque eu tive um milhão de primeiros encontros, e nenhum deles foi assim. Ele é fantástico, Annie. O segundo em que o vi é um momento que não vou esquecer. Apenas completamente satisfatório.


Com encontros pela Internet, você nunca pode realmente saber pelas fotos. As pessoas mentem sobre isso. Vai dizer isso para mim?, pensou Annie.


Janice continuou:


— Mas Jeffrey era exatamente como na foto. Eu achei que demoraria a reconhecê-lo, mas lá estava ele, exatamente como é. Nós ficamos confortáveis um com o outro imediatamente. Como se eu fosse meu verdadeiro eu com ele. Sem invenção. Sem fingimento. Nós tomamos alguns drinques na biblioteca do Hudson Hotel e aí saímos para caminhar pelo Village. Annie ele me puxou para um beco e nós ficamos por lá por duas horas.


— Simplesmente beijando?


Beijar durante duas horas parecia adorável, na verdade. Annie jamais tinha simplesmente beijado tanto tempo.


— Bem, não — admitiu Janice - Não quando eu percebi que ele tinha um enorme pau de elefante. Sem Viagra. Você ficaria surpresa com quantos homens acima de 55 se apoiam no Viagra. Mas não Jeffrey. Ele é natural.


O que era aquilo? Enorme pau de elefante? Todas as evidências para o contrário, pensou Annie, mas por outro lado ela o tinha visto frágil e envergonhado e - por causa da água do chuveiro — em estado de encolhimento.


— E aí — continuou Janice – Nós viemos para cá e não saímos nem paramos desde então.Estou glorificada! Eu o quero; ele me quer. Isso é a vida. A inocente e absoluta alegria do sexo.


— Posso ver que você já se moveu para as páginas seguintes — disse Stacy, tocando as faixas de seda em torno dos pulsos de Janice. — Não quer guardar alguma coisa para depois? — Por quê? — perguntou sua chefe, os olhos azuis arregalados.


— E se ele deixar você amanhã? - Talvez aquele fosse o motivo pelo qual Janice o tinha amarrado, pensou Annie.


Sua chefe ponderou a possibilidade.


 — Vou ficar triste, mas já fui deixada antes. Prefiro não imaginar isso. Bem agora, hoje, minha vida é alegre. Simplesmente totalmente alegre. E se eu puder manter isso por alguns meses ou anos ou décadas, é o que vou fazer. Se não, já estou perigosamente perto da menopausa de qualquer maneira. E vou ter minhas lembranças.


— Até que o Alzheimer tome conta — disse Annie.


Do banheiro, outro gemido:


— Janice, querida, meus pulsos.


— Um minuto, coração!


— Eu devia ir embora — disse Annie.


Janice colocou a mão no ombro de Annie.


— Ainda não. Preciso alertar você. Fiona está planejando alguma coisa. Não tenho certeza do que é; estou por fora. Mas eu a conheço tão bem, e a vi fazer planos antes.


— Alguma hipótese? — Certamente, a teoria de Janice tinha algo a ver com o que Fiona tinha insinuado mais cedo, sobre "um grande".


Janice sacudiu a cabeça.


— Tenho medo de imaginar. Mas, quando toda a poeira baixar, Fiona vai aparecer mais rica e poderosa. Quanto à equipe, duvido que haverá muito para recolher.


— E você? — perguntou Annie


— Vou ficar aliviada de sair—disse Janice. — Uma porta se fecha, outra sempre se abre. É impressionante como isso funciona.


— Não tenho certeza se funciona para mim — disse Annie, parecendo com muito mais pena de si mesma do que queria ter. — Fiona me fez algumas promessas hoje de manhã. Ela deixou implícito que iria me proteger.


Do banheiro:


— Janice, meu anjo, minhas mãos estão ficando azuis.


Annie ficou de pé.


— Vejo você mais tarde?


Janice corou charmosamente.


— Quanto mais tarde?


— Você diz tchau para o Jeffrey para mim?


Janice assentiu e depois deu um abraço apertado.


— Sei que Jonatas não teve nada a ver com esses brincos.


Annie abraçou-a de volta, temendo que fosse quebrar Janice como um galho.


— Vai me odiar se eu ficar com Fiona? — teve de perguntar.


— Eu não a culparia — disse Janice.


Aquela foi a melhor resposta que poderia conseguir e Annie aceitou-a. Ela desceu de elevador até o saguão. O velho e murcho porteiro estava agora dividindo a mesa com um homem bem mais jovem (e bonito), também de uniforme, com as ridículas dragonas de franjas douradas. Annie sorriu para ele e ele piscou, o que ela achou audacioso e um tanto quanto ousado para o seu posto. O homem mais velho disse:


— Siga-me — para o mais jovem. — Faça como eu faço. — Os dois, um par combinado com seus bonés e luvas brancas, marcharam para as portas duplas déco do saguão, cada um mantendo uma das portas abertas com a mão, retirando o boné e inclinando-se levemente. Annie teve apenas de decidir por qual porta iria passar.


 


 



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Autor(a): narynha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 74



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  • rss Postado em 24/11/2009 - 16:17:22

    aaaaaamei o final da web
    ficou muito linda pena que só pude elr hoje.
    bjss
    posta ++++++++++++++++++++

  • rss Postado em 05/11/2009 - 17:10:41

    encontor aya, muito lindo, posta ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • rss Postado em 03/11/2009 - 14:54:32

    aaaaaaaaaaaaaaaaaaaamei a web ta muito linda, essa fiona en?
    até garoto de programa pagou pra any se revirginar.

  • rss Postado em 02/11/2009 - 11:53:11

    coitada da any até com o cara ++++++ galinha o seu plano ñ dar certo. posta ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ +++

  • rss Postado em 01/11/2009 - 23:52:49

    a any faz de tudo para não rerviginar e não consegue coitada.posta ++++++++++++++++++++++++++++
    anciosa para o encontro com o garoto vampiro.
    bjssssssssssssss

  • rss Postado em 01/11/2009 - 23:50:50

    a any faz de tudo para não rerviginar e não consegue coitada.posta ++++++++++++++++++++++++++++
    anciosa para o encontro com o garoto vampiro.
    bjssssssssssssss

  • rss Postado em 01/11/2009 - 23:47:54

    a any faz de tudo para não rerviginar e não consegue coitada.posta ++++++++++++++++++++++++++++
    anciosa para o encontro com o garoto vampiro.
    bjssssssssssssss

  • rss Postado em 01/11/2009 - 23:47:04

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    anciosa para o encontro com o garoto vampiro.
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  • rss Postado em 01/11/2009 - 23:46:47

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  • rss Postado em 01/11/2009 - 23:46:32

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    anciosa para o encontro com o garoto vampiro.
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